A aplicação de bioestimulante no sulco de semeadura estimula o crescimento inicial do feijão-comum

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/agrarian.v16i56.16987

Palavras-chave:

Phaseolus vulgaris L. , Bioestimulação., Tratamento de sementes.

Resumo

Os efeitos de doses de dois bioestimulantes aplicados no sulco de semeadura em relação ao tratamento padrão de sementes (TS) foram avaliados através dos componentes de produção. O experimento foi conduzido em blocos casualizados, com oito tratamentos [controle (T1); doses da formulação 1 (0,2; 0,3; 0,4 L ha-1 – T2, T3, T4); doses da formulação 2 (0,25; 0,5; 0,75 L ha-1 – T5, T6, T7); dose comercial da formulação 1 como TS (T8)] e seis repetições. A dose de 0,5 L ha-1 da formulação 2 promoveu estande final de plantas 6,5% e 5,6% superior ao verificado na testemunha e no padrão comercial, respectivamente, e a dose de 0,75 L ha-1 da mesma formulação proporcionou emergência 21,4% mais rápida que o padrão comercial, demonstrando que essas doses melhoraram o desenvolvimento inicial das plantas. No entanto, a aplicação de bioestimulantes no sulco de semeadura e no tratamento de sementes proporcionou resultados semelhantes para os componentes de rendimento e produtividade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Hariane Luiz Santos, School of Agricultural Sciences – UNESP – Department of Crop Production – Agriculture

Engenheira Agrônoma pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) (2019) e Mestre em Agronomia (Agricultura) pela mesma instituição. Fez estágio Monitoria durante a graduação na disciplina de Iniciação à Agronomia (2016-2017); foi bolsista PIBIC no Núcleo de Pesquisa e Otimização em Bem-estar animal e Ambiência de Precisão (BAAP) junto ao departamento de Engenharia Rural e Socioeconomia (2017); foi bolsista PIBIC e estagiária no Laboratório de Ecofisiologia Aplicada à Agricultura (LECA) junto ao departamento de Produção Vegetal - Agricultura (2018) e realizou estágio curricular supervisionado na University of Georgia, na área de fisiologia do amendoim (2019). Atualmente é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Agricultura) da Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP, atuando principalmente nos seguintes temas: Cana-de-açúcar, Saccharum spp., bactérias promotoras do crescimento vegetal, bactérias solubilizadoras de fosfato, bioestimulantes vegetais e deficiência hídrica.

Jeferson Oles dos Santos, School of Agricultural Sciences – UNESP – Department of Crop Production – Agriculture

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2010) e Mestre em AAgronomia/Agricultura (2020) pela mesma instituição. 

Carolina Ruv Lemes Gonçalves Mendes, School of Agricultural Sciences – UNESP – Department of Crop Production – Agriculture

Graduada em Zootecnia na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FMVZ/UNESP, no ano de 2010. Durante este período participou de programas de vivência e aprimoramento nas áreas de Ovinocultura e Apicultura, principalmente; foi membro da organização da Semana de Estudos Agropecuários e Florestais de Botucatu, em 2009; fez parte da comissão de formatura durante os 5 anos de graduação e atuou também, em um projeto de venda de ração para animais domésticos no ambiente universitário, para a empresa Premier. Seu estágio curricular foi feito na JBS - Friboi, em sistema de Job Rotation. Em 2012, ingressou no curso de Agronomia na Faculdade de Ciências Agronômicas - FCA/UNESP onde foi parte da comissão organizadora do Dia de Campo de Milho e Dia de Campo do Eucalipto; foi coordenadora discente do projeto de extensão Cursinho Pré- Vestibular FCA, e professora voluntária na matéria de química no mesmo projeto, sob coordenação do Prof.Dr. Saulo P.S. Guerra. Atuou na diretoria de eventos da empresa Cenagri Jr. Foi a Tokyo (TUAT - Tokyo University of Agriculture and Technology) para complementar seus estudos. Trabalhou na graduação em agronomia com ecofisiologia de plantas, cana-de-açúcar e alimentação animal, sistemas integrados de produção agropecuária, sendo membro do LECA (Laboratório de Ecofisiologia Aplicada à Agricultura), neste período foi bolsista PIBIC/REITORIA/UNESP no ano de 2013/14, e PIBIT/CNPq no ano de 2014/15, sob orientação do Prof. Dr. Marcelo de Almeida Silva. Integrou a equipe de pesquisa e desenvolvimento da empresa IHARA nos anos que se seguiram. Mestre em Agronomia: Agricultura. Atualmente, é aluna de Doutorado em Agronomia: Agricultura, com linha de pesquisa em Ecofisiologia e manejo de grandes culturas em sistemas de produção.

Hélio Grassi Filho, School of Agricultural Sciences – UNESP – Department of Forest, Soil and Environment Science

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1985), mestrado em SOLOS E NUTRIÇÃO DE PLANTAS pela Universidade de São Paulo (1991) e doutorado em SOLOS E NUTRIÇÃO MINERAL DE PLANTAS pela Universidade de São Paulo (1995). Atualmente é Professor Titular da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agronômicas, Departamento de Recursos Naturais - Ciência do Solo. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Ciência do Solo, Nutrição Mineral de Plantas, Hidroponia, Fertirrigação, Recuperação de áreas degradadas, Poluição do solo, Contaminação com Metais pesados em solos, plantas e água, Biofertilizantes, Tecnologia de Produção de Biofertilizantes, Fertilizantes Organominerais, Manejo de Resíduos de Estações de tratamento de esgoto (ETE), tanto a água residuária, a água polida, o polimento da água como o manejo do lodo de esgoto, a compostagem e os processos de alocação no meio rural e urbano. Trabalha também nos seguintes temas: nitrogênio, molibdênio, captação de N2 atmosférico, redução de nitrogênio em plantas, rizosfera, micorrizas, economia de água com resíduos orgânicos, adubação foliar com biofertilizantes e aminoácidos.

Marcelo de Almeida Silva, Univarsidade Estadual Paulista (UNESP)

School of Agricultural Sciences – UNESP – Department of Crop Production – Agriculture

Referências

Albrecht, L. P., Braccini, A. L., Scapim, C. A., Ávila, M. R., Albrecht, A. J. P., & Ricci, T. T. (2011). Bioregulators management in parts of production and performance of soybean plants. Bioscience Journal, 27(6), 865–876.

Alejandro, S., Höllet, S., Meier, B., & Peiter, E. (2020). Manganese in Plants: From Acquisition to Subcellular Allocation. Frontiers in Plant Science, 11, 300.

Araujo, J., Urbano, B., & González-Andrés, F. (2020). Comparative environmental life cycle and agronomic performance assessments of nitrogen fixing rhizobia and mineral nitrogen fertilizer applications for pulses in the Caribbean region. Journal of Cleaner Production, 267, 122065.

Badawi, M. A., Seadh, S. E., & Emhimmid, W. M. A. (2020). Improvement wheat germination by using some biostimulants substances. Journal of Plant Production, 11(2), 139–144.

Banzatto, D. A., & Kronka, S. N. (2006). Experimentação agrícola. 4th ed. Jaboticabal: FUNEP.

Barker, A. V., & Pilbeam, D. J. (2015). Handbook of Plant Nutrition. Boca Raton: CRC press.

Binsfeld, J. A., Barbieri, A. P. P., Huth, C., Cabrera, I. C., & Henning, L. M. M. (2014). Use of bioactivator, biostimulant, and complex of nutrients in soybean seeds. Pesquisa Agropecuária Tropical, 44(1), 88–94.

Bossolani, J. W., Sá, M. E., Merloti, L. F., Bettiol, J. V. T., Oliveira, G. R. F., & Pereira, D. D. S. (2017). Plant biostimulant associated with a resistance inducer in the production components of the common bean. Revista Agro@mbiente On-line, 11(4), 307–314.

Castro, G. S. A., Bogiani, J. C., Silva, M. G., Gazola, E., & Rosolem, C. A. (2008). Soybean seed treatment with insecticides and biostimulant. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 43(10), 1311–1318.

Conab. (2018). A cultura do feijão. Brasília: Conab.

Conab. (2023). Acompanhamento da safra brasileira de grãos: Safra 2022/2023, junho/2023. Brasília: Conab, 10(9). 117 p.

Dörr, C. S., Koch, F., Radke, A. K., Migliorini, P., Eberhardt, P. E. R., & Vahl, L. C. (2017). Common bean seed treatment with zinc affects the physiological seed quality and the leaf content of micronutrients. Revista de Ciências Agroveterinárias, 16(4), 414–421.

Dourado Neto, D., Dario, G. J. A., Barbieri, A. P. P., & Martin, T. N. (2014). Biostimulant action on agronomic efficiency of corn and common beans. Bioscience Journal, 30(1), 371–379.

Faostat. (2021). Crops World Food and Agriculture: Statistical pocketbook. Faostat. Disponível em: <http://www.fao.org/faostat/en/#data/QC>. Acesso em: 13 jun. 2022.

Frasca, L. L. M., Nascente, A. S., Lanna, A. C., Carvalho, M. C. S., & Costa, G. G. (2020). Biostimulants in plant growth and agronomic performance of common bean super-cycle cycle. Revista Agrarian, 13(47), 27–41.

Gonçalves, N. R., Cicero, S. M., & Abud, H. F. (2017). Seedling image analysis and traditional tests to evaluate onion seed vigor. Journal of Seed Science, 39(3), 216–223.

Itroutwar, P. D., Kasivelu, G., Vasantharaja, R., Malaichamy, K., & Sevathapandian, S. K. (2020). Effects of biogenic zinc oxide nanoparticles on seed germination and seedling vigor of maize (Zea Mays). Biocatalysis and Agricultural Biotechnology, 29, 101778.

Kaya, C., Akram, N. A., & Ashraf, M. (2019). Influence of exogenously applied nitric oxide on strawberry (Fragaria × ananassa) plants grown under iron deficiency and/or saline stress. Physiologia Plantarum, 165(2), 247–263.

Kumari, S., Tzudir, L., Gohain, T., & Singh, A. P. (2023). Biostimulants in Crop Performance and Soil Health Management. Biotica Research Today, 5(2), 156–159.

Maguire, J. D. (1962). Speed of germination aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, 2(2), 176–177.

Mahawar, L., Ramasamy, K. P., Pandey, A., & Prasad, S. M. (2023). Iron deficiency in plants: an update on homeostasis and its regulation by nitric oxide and phytohormones. Plant Growth Regulation, 100(2), 283–299.

Marschner, H. 2012. Mineral nutrition of higher plants. 3rd ed. Amsterdam, Netherlands: Elsevier/Academic Press.

Melo, L. D. F. A., Viana, J. S., Gonçalves, E. P., Melo-Junior, J. L. A., Silva, A. C., & Souto, P. C. (2018). Peanut seed yield under influence of fertilizer and biostimulant. Australian Journal of Crop Science, 12(7), 1169–1176.

Popinigis, F. (1985). Fisiologia da semente (2nd ed.). AGIPLAN.

Povero, G., Mejia, J. F., Di Tommaso, D., Piaggesi, A., & Warrior, P. (2016). A systematic approach to discover and characterize natural plant biostimulants. Frontiers in Plant Science, 7(116).

Prado, R. M. (2021). Mineral Nutrition of Tropical Plants. Switzerland: Springer Cham.

Raij, B. V., Cantarella, H., Quaggio, J. A., & Furlani, A. M. C. (1996). Recomendações de fertilização e calagem para o estado de São Paulo (2nd ed.). Instituto Agronômico de Campinas. (Technical Bulletin, 100).

Rai-Kalal, P., & Jajoo, A. (2021). Priming with zinc oxide nanoparticles improve germination and photosynthetic performance in wheat. Plant Physiology and Biochemistry, 160, 341–351.

Salhi, K., Hajlaoui, H., & Krouma, A. (2022). Genotypic differences in response of durum wheat (Triticum durum Desf.) to lime-induced iron chlorosis. Plant Direct, 6(1), e377.

Samborska-Skutnik, I. A., Kalaji, H. M., Sieczko, L., & Baba, W. (2020). Structural and functional response of photosynthetic apparatus of radish plants to iron deficiency. Photosynthetica, 58(S1), 205–213.

Santos, G. A., Nicchio, B., Borges, M. A., Gualberto, C. A. C., Pereira, H. S., & Korndörfer, G. H. (2020). Effect of biostimulants on tilling, yield, and quality component of sugarcane. Brazilian Journal of Development, 6(5), 29907–29918.

Sarah, M. M. S., Prado, R. M., Souza Júnior, J. P., Teixeira, G. C. M., Duarte, J. C. S., & Medeiros, R. L. S. (2021). Silicon supplied via foliar application and root to attenuate potassium deficiency in common bean plants. Scientific Reports, 11, 19690.

Singh, S., Singh, A., Dey, R., Mahatma, M., Reddy, K., Singh, A. K., Gangadhara, K., & Bishi, S. K. (2021). Insights into the physiological and molecular responses of plants to iron and zinc deficiency. Plant Physiology Reports, 26(4), 626–635.

Solino, A. J. S., Oliveira, J. S. B., Schmitt, M., Silva, J. B., & Schwan-Estrada, K. R. F. (2020). Common bean seed germination and seedling emergence under inoculation with biostimulators. Scientia Agraria Paranaensis, 19(2), 168–174.

Tamindžić, G., Ignjatov, M., Milošević, D., Nikolić, Z., Kravljanac, L. K., Jovičić, D., Dolijanović, Z., Savić, J. Seed priming with zinc improves field performance of maize hybrids grown on calcareous chernozem. Italian Journal of Agronomy, 16(3), 1795.

Waldron, K. J., Rutherford, J. C., Ford, D., & Robinson, N. J. (2009). Metalloproteins and metal sensing. Nature, 460(7257), 823–830.

Wijewardana, C., Reddy, K. R., Alsajri, F. A., Irby, J. T., Krutz, J., & Golden, B. (2018). Quantifying soil moisture deficit effects on soybean yield and yield component distribution patterns. Irrigation Science, 36(1), 241–255.

Downloads

Publicado

2023-09-29

Como Citar

Santos, H. L., Santos, J. O. dos, Mendes, C. R. L. G., Grassi Filho, H., & Silva, M. de A. (2023). A aplicação de bioestimulante no sulco de semeadura estimula o crescimento inicial do feijão-comum. Agrarian, 16(56), e16987. https://doi.org/10.30612/agrarian.v16i56.16987

Edição

Seção

Artigo - Agronomia

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)