Aportes históricos e etnológicos para o reconhecimento da classificação guarani de comunidades vegetais no século XVII

Autores

  • Francisco Silva Noelli Universidade Estadual de Maringá

Palavras-chave:

Guarani. Etnobiologia. Comunidades vegetais.

Resumo

Pretende-se apresentar os primeiros resultados para o estabelecimento de um modelo geral sobre a classificação Guarani de comunidades vegetais, iniciando com dados obtidos em um dicionário do século XVII, elaborado por Antonio Ruyz de Montoya no oeste do Paraná. Divididas em áreas de vegetação campestre, palustre ou silvática, bem como em zonas de transição entre elas, as comunidades eram bem discernidas e exploradas, como mostram as informações coligidas por Montoya e autores posteriores. Essas informações também são úteis para estudos de lingüística histórica e comparada no âmbito da família Tupi-guarani e do tronco Tupi, que podem evidenciar mais elementos que contribuam na definição das semelhanças e diferenças entre esses povos de origem cultural comum.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BALÉE, William. 1984. The persistence of Urubu Ka’apor culture. New York, Columbia University. (PhD tesis).

BALÉE, William. 1986a. Análise preliminar de inventário florestal e a etnobotânica Ka’apor (Maranhão). Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, botânica, 2(2):141-167. Belém.

BALÉE, William. 1986b. Etnobotânica quantitativa dos índios Tembé (Rio Gurupi, Pará). Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, botânica, 3(1):29-50. Belém.

BALÉE, William. 1989a. Nomenclatural patterns in Ka’apor ethnobotany. Journal of Ethnobiology, 9(1):1-24.

BALÉE, William. 1989b. The culture of Amazonian forests. Advances in Economic Botany, 7:1-21.

BALÉE, William & GÉLY, Anne. 1989. Managed Forest Succesion in Amazonia. Advances in Economic Botany, 7:129-158.

BALÉE, William & MOORE, Denny. 1991. Similarity and variation in plant names in five Tupi-guarani languages (Eastern Amazonia). Bulletin of the Florida Museum of Natural History, Biological Sciences, 35(4):209-262.

BERTONI, Moisés. 1927. De la medicina Guaraní. Conocimientos científicos. El cuadro nosológico y una creencia errónea. Conceptos generales. Algunos tratamientos notables. Plantas medicinales de gran uso. Puerto Bertoni, Ex Sylvis.

BERTONI, Moisés. 1940. Diccionário Botánico Latino-Guaraní y Guaraní-Latino. Asunción, Editorial Guaraní.

BINFORD, Lewis. 1980. Willow smoke and Dogs’ tails: hunter-gatherer settlement systems archaeological site formation. American Antiquity, 45(1):4-20.

BOOM, Brian M. 1989. A forest inventary in Amazonian Bolivia. Biotropica, 18:287-294.

BORDONI, Orlando. s.d. Dicionário: A língua Tupi na Geografia do Brasil. Curitiba, BANESTADO.

CADOGAN, León. 1947. Cuadro estadígrafo e las maderas utiles del Paraguay. Separata da Revista de la Sociedad Científica del Paraguay, 6(2).

CADOGAN, León. 1955. Breve contribuición al estudio de la nomenclatura Guarani en botánica. Asunción, Ministério de Agricultura y Ganadería/Servício Técnico Interamericano de Cooperación Agrícola.

CADOGAN, León. 1973. Ta-ngy puku. Aportes a la etnobotánica Guarani de algunas espécies arbóreas del Paraguay oriental. Suplemento Antropológico de la Revista del Ateneo Paraguayo, 7(1-2):7-59.

CARDOZO, Efraim. 1979. Historiografía Paraguaya, vol I. Paraguay indígena, español y jesuíta. 2 ed. México D.F., Instituto Panamericano de Geografia e História.

CASTEX, Mariano N. 1968. Vida y obra del P. José Sanchez Labrador S.J. In: José Sanchez Labrador. Peces y aves del Paraguay Natural (1767). Buenos Aires, Cia.

General Fabril Editora, S.A .

D’ORBIGNY, Alcides. 1945. Viaje a la América Meridional, vol. 1. Buenos Aires, Editorial Futuro.

DOOLEY, Robert. 1982. Vocabulário do Guarani. Vocabulário básico do Guarani contemporâneo (Dialeto Mbüa do Brasil). Brasília, Summer Institute of Linguistics.

FRIEBRIG-GERTZ, C. 1923. Guarany names of paraguayan plants and animals. Revista del Jardín Botánico y Museo de História Natural del Paraguay, 2:99-149.

FURLONG, Guillermo. 1948. Naturalistas argentinos durante la dominación hispánica. Buenos Aires, Editorial Huarpes.

GARCIA, Wilson G. 1979. O domínio das plantas medicinais entre os Kayová de Amambai: Problemática das relações entre nomenclatura e classificação. São Paulo, FFLCH-USP. (Dissertação)

GARCIA, Wilson G. 1985. Introdução ao universo botânico dos Kayová de Amambai. Descrição e análise de um sistema classificatório. São Paulo, FFLCH-USP. (Tese).

GATTI, Carlos. 1985. Enciclopédia Guarani-Castellano de ciencias naturales y conocimientos Paraguayos. Asunción, Arte Nuevo Editor.

GUASH, Antonio & ORTIZ, Diego. 1986. Diccionario Castellano-Guarani/Guarani-Castellano. 6 ed. Asunción, CEPAG.

HECHT, Susanna & POSEY, Darrell. 1990. Ingenous soil management in the Latin American Tropics: some implications for the Amazon basin. In: D. Posey & W. L. Overal (Orgs.). Ethnobiology: implications and applications Belém, SCT/PR-CNPq-

Museu Paraense Emílio Goeldi. pp.73-86.

HUECK, Kurt. 1972. As Florestas da América do Sul. São Paulo, Polígono.

IRVINE, Dominique. 1989. Succession management and resource distribution in an Amazonian rain forest. Advances in Economic Botany, 7:223-237.

JOHNSON, Allen. 1982. Ethnoecology and planting practices in a swidden agricultural system. In: D. Brokensha; D. Warren and D. Werner (Eds.). Indigenous knowledge systens and development. Washington D.C., University Press of America. pp.49-67.

JOHNSON, Allen. 1989. How the Machiguenga manage resources: conservation or exploitation of nature? Advances in Economic Botany, 7:213-222.

MARTÍNEZ-CROVETTO, Raul. 1968a. Notas sobre la agricultura de los índios Guaraníes de Misiones (Rep. Argentina). Etnobiológica, 10:1-11.

MARTÍNEZ-CROVETTO, Raul. 1968b. Introducción a la etnobotánica aborigen del nordeste argentino. Etnobiológica, 11:1-10.

MELIÀ, Bartomeu. 1981. El “modo de ser Guarani” en la primera documentación jesuítica (1594-1639). Revista de Antropologia, 24:1-24. São Paulo.

MELIÀ, Bartomeu. 1986. El Guaraní conquistado y reducido. Asunción, CEADUC.

MELIÀ, Bartomeu. 1987. La tierra sin mal de los Guarani. Economia y profecía. Suplemento Antropológico de Ateneo Paraguayo, 22(2):81-97.

MELIÀ, Bartomeu. 1989. A experiência religiosa Guarani. In: M. M. Marzal (Org.). O rosto índio de deus. Petrópolis, Vozes. pp.293-348.

MELIÀ, Bartomeu; GRÜNBERG, Georg & GRÜNBERG, Friedl. 1976. Los Pai-Tavyterã: etnografía Guaraní del Paraguay contemporáneo. Asunción, Seperata del Suplemento Antropológico de la Revista del Ateneo Paraguayo.

MONTOYA, Antonio. 1639. Tesoro y vocabvlário de la lengva Gvarani. Madrid.

MONTOYA, Antonio R. 1892. Conquista espiritual. Bilbao, Imprenta del Corazón de Jesús.

MÜLLER, Franz. 1928. Drogen und Medikamente der Guarani - (Mbyá, Pai und Chiripá) Indianer im östlichen Waldgebiete von Paraguay. Festschrift P. W. Schmidt Wien, s.e. pp.501-514.

NIMUENDAJÚ, Curt U. 1914. Die Sagen von der Erschaffung und Vernichtung der Welt als Grundlagen der Religion der Apapocuva-Guaraní. Zeitschrift für Ethnologie, 46:284-403.

NOELLI, Francisco S. 1993. Sem Tekoha não há Tekó (Em busca de um modelo etnoarqueológico da aldeia e da subsistência Guarani e sua aplicação a uma área de domínio no delta do Jacuí-RS), 2 vol. Porto Alegre, IFCH-PUCRS. (Dissertação).

NOELLI, Francisco S. 1994. El Guaraní agricultor. Acción. Revista Paraguaya de Reflexión y Diálogo, 144:17-20.

NOELLI, Francisco S. s.d. Classificação Guarani de solos. (texto manuscrito).

POSEY, Darrell. 1987. Manejo da floresta secundária, capoeiras, campos e cerrados (Kayapó). In: D. Ribeiro (Ed.). Suma Etnológica Brasileira, vol.1. Petrópolis, Vozes. pp.173-185.

PRANCE, William; BALÉE, William; BOOM, Brian & CARNEIRO, Robert. 1987. Quantitative ethnobotany and the case for conservation in Amazonia. Conservation Biology, 1(4):296-311.

RAMBO, Balduíno. 1956. A Fisionomia do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Selbach.

RUYER, Cláudio. 1970. Carta do Pe... In: H. Vianna (Org.). Jesuítas e Bandeirantes no Uruguai. Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional. pp.72-80.

SALICK, Jan. 1989. Ecological basis of Amuesha agriculture, peruvian upper Amazon. Advances in Economic Botany, 7:189-212.

SALICK, Jan & LUNDBERG, Mats. 1989. Variation and change in Amuesha agriculture, peruvian upper Amazon. Advances in Economic Botany, 7:199-223.

SMOLE, William J. 1989. Yanoama horticulture in the Parima highlands of Venezuela and Brazil. Advances in Economic Botany, 7:115-128.

SPONSEL, Leslie E. 1986. Amazon ecology and adaptation. Annual Review of Anthropology, 15:67-97.

STORNI, Julio. 1944. Hortus Guaraniensis:Flora. Tucumán, Univ. del Tucumán.

SUSNIK, Branislava. 1982-1983. El rol de los indígenas en la formación y en la vivencía del Paraguay, 2 vols. Asunción, Instituto Paraguayo de Estudios Nacionales.

VELLARD, Jehan. 1939. Une civilisation du miel. Les indiens Guayakis du Paraguay. Paris, Gallimard.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1987. Nimuendajú e os Guarani. In: Curt Nimuendajú Unkel. As lendas da criação e destruição do mundo como fundamento da religião dos Apapocúva-Guarani. São Paulo, HUCITC-EDUSP.

WATSON, James. 1952. Cayuá culture change: a study in acculturation and methodology. American Anthropologist, 54:(2-2):1-144. Lancaster.

Downloads

Publicado

2021-01-25

Como Citar

Noelli, F. S. (2021). Aportes históricos e etnológicos para o reconhecimento da classificação guarani de comunidades vegetais no século XVII. Fronteiras, 2(4), 275–296. Recuperado de https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/FRONTEIRAS/article/view/13373