CHAMADAS DE ARTIGOS PARA DOSSIÊS
Povos indígenas em movimentos de luta e resistência aos colonialismos (Submissões até 31 de maio de 2023)
PUEBLOS INDÍGENAS EN MOVIMIENTOS DE LUCHA Y RESISTENCIA A LOS COLONIALISMOS
Paula Faustino Sampaio (UFR / Brasil) e Rosani de Fatima Fernandes – Kaingang (UFPA / Brasil)
As estratégias de enfrentamento dos povos indígenas à negação de direitos constitucionais no Brasil, bem como o ânimo, coletivo e individual, de fazer a luta como forma de vida, indicam que não está no horizonte desses povos, assim como não está no presente e não esteve no tempo pretérito, dobrar-se com o peso das ameaças às suas vidas. Este é o foco do presente dossiê que objetiva reunir estudos interdisciplinares que, ao narrar as histórias das lutas dos povos indígenas por direitos, problematize os projetos e as práticas de exploração, e de dominação, construídos para expansão do poder colonialista, dando visibilidade às narrativas silenciadas e subalternizadas na escrita canônica e linear da história do Brasil.
É centro dessa escrita receber e divulgar os estudos de autoras(es) indígenas e de autoras(es) imersas(os) nas pesquisas sobre as trajetórias, as dinâmicas, os sentidos e os significados dos povos indígenas em seus processos de resistência étnica. São relevantes para esta proposta as reflexões teóricas e metodológicas que dedicam atenção aos silêncios, aos apagamentos e às contradições da própria produção científica na América Latina. Almejamos a produção e publicação de trabalhos que utilizam o conhecimento acadêmico ocidentalizado, em dialética com os conhecimentos dos coletivos indígenas e afrodescendentes; estudos que não temem apontar o que foi calado; análises que apontam o que se quer anunciar e denunciar no processo de construção de conhecimento sobre as lutas dos povos indígenas. Considerando os estruturantes de raça, de gênero e de concentração da propriedade privada, por meio da ótica ocidental, em interface com as concepções sobre pessoa, corpo e comunidade dos grupos étnicos, na/da história da América Latina, levantamos as seguintes inquirições: como os povos indígenas lutam por direitos e, sobretudo, por justiça? Como lutam por seus territórios? Quais territorialidades vêm construindo e vivenciando? Além disso, serão priorizados os estudos que reflitam sobre as seguintes questões: 1. Quais são os caminhos percorridos pelos grupos étnicos no âmbito dos Estados na América Latina? 2. Como as indígenas mulheres e as pessoas críticas dos enquadramentos sociais de gênero atuam e/ou atuaram na situação de danos causados pelas violações dos direitos humanos? 3. Como os grupos etários (crianças, jovens e idosas), na acepção questionadora da lógica colonial, seguem ainda atuantes nas lutas por justiça social?
Temos a intenção de conhecer narrativas que nos remetam à compreensão das trajetórias dos povos indígenas nas resistências aos colonialismos e das lutas pela vida nos territórios. São esses resultados de pesquisas concluídas, ou ainda em andamento, nos quais levam em consideração os reveses da situação de violências internas e constituintes dos Estados na parte sul dos territórios étnicos nacionalizados. Almejamos congregar estudos que narram como os coletivos raciais, e etnicamente diferenciados, enfrentaram, em diversos contextos sociais e históricos, as violências. Assim, importa conhecer tanto as relações de poder vigentes quanto descrever os meios de ir além do jogo de poder capitalista.
Sem prescindir da historicidade sobre os colonialismos, façamos, juntas(es/os), mais um dossiê acadêmico sobre histórias de lutas dos povos indígenas. Com tal perspectiva, partindo das escutas diversas, apresentemos pesquisas imersas em palavras que sinalizem os caminhos dos povos indígenas de ir além nos contextos de injustiças colonialistas. Reunamos artigos que contenham histórias críticas, teimosas e rebeldes às negações da vida indígena; histórias do ir além, apesar dos colonialismos.
Encerramento das submissões: 31 de maio de 2023
Las estrategias de los pueblos indígenas para enfrentar la negación de los derechos constitucionales en Brasil, así como su determinación colectiva e individual de hacer de la lucha una forma de vida, indican que no está en el horizonte de estos pueblos, como tampoco lo está en el presente ni lo estuvo en el pasado, doblegarse bajo el peso de las amenazas a sus vidas. Este es el enfoque del presente dossier que pretende reunir estudios interdisciplinarios que, al narrar las historias de las luchas de los pueblos indígenas por los derechos, problematizan los proyectos y prácticas de explotación y dominación, construidos para la expansión del poder colonialista, dando visibilidad a las narrativas silenciadas y subalternizadas en la escritura canónica y lineal de la historia brasileña.
Es central para este escrito recibir y difundir los estudios de autores indígenas y de autores inmersos en la investigación de las trayectorias, dinámicas, sentidos y significados de los pueblos indígenas en sus procesos de resistencia étnica. Son relevantes para esta propuesta las reflexiones teóricas y metodológicas que prestan atención a los silencios, las supresiones y las contradicciones de la producción científica en América Latina. Apuntamos a la producción y publicación de trabajos que utilicen el conocimiento académico occidentalizado en dialéctica con el conocimiento de los colectivos indígenas y afrodescendientes; estudios que no teman señalar lo que ha sido silenciado; análisis que señalen lo que se quiere anunciar y denunciar en el proceso de construcción del conocimiento sobre las luchas de los pueblos indígenas. Considerando la estructuración de la raza, el género y la concentración de la propiedad privada a través de un punto de vista occidental, en interfaz con las concepciones de la persona, el cuerpo y la comunidad de los grupos étnicos en la historia de América Latina, planteamos las siguientes preguntas: ¿cómo luchan los pueblos indígenas por los derechos y, sobre todo, por la justicia? ¿Cómo luchan por sus territorios? ¿Qué territorialidades están construyendo y experimentando? Además, se priorizarán los estudios que reflexionen sobre las siguientes preguntas: 1. ¿Cuáles son las trayectorias de los grupos étnicos en el marco de los Estados en América Latina? 2. ¿Cómo actúan y/o han actuado las mujeres indígenas y las personas críticas con los marcos sociales de género en la situación de daños causados por las violaciones de los derechos humanos? 3. ¿Cómo los grupos de edad (niños, jóvenes y ancianos), en el sentido cuestionador de la lógica colonial, siguen siendo activos en las luchas por la justicia social?
Pretendemos conocer narrativas que nos lleven a comprender las trayectorias de los pueblos indígenas en su resistencia al colonialismo y sus luchas por la vida en los territorios. Estos son los resultados de los estudios de investigación terminados, o en curso, que tienen en cuenta los contratiempos de la situación de violencia interna y constitutiva del Estado en la parte sur de los territorios étnicos nacionalizados. Pretendemos reunir los estudios que narran cómo los grupos racial y étnicamente diferenciados se han enfrentado a la violencia en diferentes contextos sociales e históricos. Por ello, es importante conocer tanto las relaciones de poder imperantes como describir los medios para superar el juego de poder capitalista.
Sin prescindir de la historicidad de los colonialismos, hagamos juntos otro dossier académico sobre las historias de las luchas de los pueblos indígenas. Con tal perspectiva, a partir de las diversas escuchas, presentamos una investigación inmersa en palabras que señalan los caminos de los pueblos indígenas para superar los contextos de las injusticias colonialistas. Recogemos artículos que contienen historias críticas, obstinadas y rebeldes a las negaciones de la vida indígena; historias de ir más allá, a pesar de los colonialismos.
Recepción de propuestas de artículos: hasta 31 de mayo de 2023
Povos indígenas em movimentos de luta e resistência aos colonialismos (Submissões até 31 de maio de 2023)