A Química nos primórdios de Belo Horizonte: Sujeitos e Instituições Pioneiras na Capital Mineira
DOI:
https://doi.org/10.30612/rehr.v20i38.19045Palavras-chave:
Química do século XIX tardio, Química numa nova cidade, início de Belo HorizonteResumo
Neste artigo são abordadas as primeiras atividades relacionadas ao desenvolvimento de uma Química empírica e suas diversas aplicações nos anos iniciais de Belo Horizonte, mencionando os seus protagonistas e instituições. Buscou-se construir uma compreensão do percurso e desenvolvimento dessas técnicas nos primórdios da cidade, que desde a sua inauguração, em 1897, já detinha o status de capital de Minas Gerais. A análise historiográfica abrange desde os tempos de Curral del Rei, arraial escolhido como a localidade para sediar a nova capital em 1893, até o ano de 1912, quando o químico alemão Alfred Schaeffer se consolidou como a principal referência da Química na cidade, dirigindo o Laboratório de Análises Químicas do Estado. Foram utilizadas as mais variadas fontes para escrever esta trajetória: os relatórios da Comissão de Estudo das Localidades para a Nova Capital e da Comissão Construtora da Nova Capital, relatórios dos primeiros prefeitos, além de anuários, almanaques e periódicos da época. Por meio das análises químicas das águas da localidade, confirmou-se sua qualidade para sediar a futura capital. Nos primeiros anos de uma Belo Horizonte recém-inaugurada, formulações farmacêuticas diversas começaram a ser produzidas, diminuindo a necessidade de importação dos produtos congêneres, o mesmo acontecendo com alimentos e materiais de higiene pessoal. A partir de 1911, com a chegada de Alfred Schaeffer e a montagem de um laboratório com equipamentos trazidos da Alemanha, começaram as análises químicas de diversas amostras, como águas minerais e de abastecimento, leite e minérios.
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