Eu, mulher, mãe e guerrilheira: a trajetória política de Crimeia Alice Schdmit de Almeida

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.30612/rehr.v21i40.18068

Palabras clave:

Memória, Gênero, Biografia

Resumen

No presente artigo, pretendemos analisar a trajetória política da guerrilheira participante da Guerrilha do Araguaia, Crimeia Alice Schmidt de Almeida. Faz parte de nossos objetivos compreender o que significava ser mulher e guerrilheira e quais os enfrentamentos realizados para que as mulheres pudessem alcançar igualdade de participação em relação aos homens. Ademais, estou também preocupada em entender como foi possível a continuação de sua militância pós-guerrilha dentro do movimento feminista e da União de Mulheres, da qual ela foi uma das fundadoras em 1981. Para tanto, utilizaremos os conceitos de gênero (SCOTT, 1989), memória (RICOUER, 2007) e biografia (LORIGA, 2011)

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Izabella Cardoso da Silva Campagnol, USP

Doutoranda em História Social pela Universidade de São Paulo. Graduação em História (Licenciatura e Bacharelado) pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Mestrado em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da UNIFESP

Citas

ALMEIDA, Crimeia Schmidt de. Entrevista I [mai. 2022]. Entrevistadora: Izabella Cardoso da Silva Campagnol. São Paulo, 2022. (90 minutos).

ALMEIDA, Crimeia Schmidt de. Entrevista II [jun. 2023]. Entrevistadora: Izabella Cardoso da Silva Campagnol. São Paulo, 2023. (90 minutos)

ALBERTI, Verena. Manual de história oral. 3a ed. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2013.

ARTIÈRES, P. Arquivar a própria vida. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 11, n. 21, p. 9-34, 1998.

BASTOS, Natalia. Elas por elas: trajetória de uma geração de mulheres de esquerda no Brasil – anos 1960-1980. 2007. 138 fl. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2007.

CAMPAGNOL, Izabella Cardoso da Silva. Entrevista de Crimeia Alice Schdmidt de Almeida, 23/06/2023.

CAVALCANTI JÚNIOR, Ary Albuquerque. “Para não dizer que não falei das flores”: Memórias de mulheres na resistência à ditadura civil-militar (1964-1985). 2016. 125f. Dissertação (Mestrado em História) - Programa de Pós-Graduação em História Regional e Local. Universidade do Estado da Bahia, Santo Antônio de Jesus, 2016.

CAVALCANTI JUNIOR, Ary. As Dinas do Araguaia: diferentes trajetórias de uma luta contra a Ditadura Militar. 2020. 216 f. Tese (Doutorado em História) - Campus Dourados. Universidade Federal da Grande Dourados, 2020.

DIANA, Marta. Mujeres Guerrilleras: la militância de los setenta em el testimonio de sus protagonistas femininas. 2. ed. Buenos Aires: Planeta (Espejo de la Argentina), 1997.

DOSSE, François. O desafio biográfico: escrever uma vida. São Paulo: EDUSP, 2009.

FERREIRA, Xavier Elizabeth. Mulheres, militância e memória. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996.

INSUELA, Julia Bianchi Reis. Visões das mulheres militantes na luta armada: repressão, imprensa e (auto)biografias (Brasil: 1968/1971). 2011. 219 f. Dissertação (Mestrado em História) – Campus Valonguinho, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2011.

LEVI, Primo. Se questo è un uomo, Udine: FVG, 2005.

LORIGA, Sabina. O pequeno X: da biografia à história. São Paulo: Autêntica Editora, 2011.

MORAIS, Tais; SILVA, Eumano. Operação Araguaia: os arquivos secretos da guerrilha. São Paulo: Geração Editorial, 2005.

NORA, P., & Aun Khoury, T. Y. (2012). ENTRE MEMÓRIA E HISTÓRIA: A PROBLEMÁTICA DOS LUGARES. Projeto História: Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados De História.

PEDRO, Joana Maria. Traduzindo o debate: o uso da categoria gênero na pesquisa histórica. História (São Paulo), v. 24, n. 1, p. 77-98, 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-90742005000100004

RAGO, Margareth. A aventura de contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2013. DOI: https://doi.org/10.7476/9788526814691

RAGO, Margareth. Feminizar é preciso, ou por uma cultura filógina. Revista do SEADE, São Paulo, 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-88392001000300009

RAGO, Margareth. Reinvenções de si nos feminismos da diferença”. Labrys, estudos feministas, n.14, jul./dez. 2008.

ROSA, Susel Oliveira da. Mulheres ditaduras e memórias - “Não imagine que precise ser triste para ser militante. São Paulo: Intermeios, Fapesp, 2013.

SCOTT, Joan Wallach. “Gênero: uma categoria útil de análise histórica”. Educação & Realidade. Porto Alegre, vol. 20, nº 2, jul./dez. 1995, pp. 71-99.

SOUSA, Deusa Maria de. Lágrimas e lutas: a reconstrução do mundo de familiares de desaparecidos políticos do Araguaia.' 01/12/2011 235 f. Doutorado em História. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, FLORIANÓPOLIS Biblioteca Depositária: Biblioteca Universitária UFSC.

TELES, Janaína de Almeida. Os segredos e os mitos sobre a Guerrilha do Araguaia (1972- 1974). Revista História – Unisinos, v. 18, n. 3, p. 464-480, set./dez. 2014. DOI: https://doi.org/10.4013/htu.2014.183.03

TELES, Janaína de Almeida. Feminismo e configurações de gênero na guerrilha: perspectivas comparativas no Cone Sul. (1968-1985). Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 27, n. 54, p. 19-38, 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-01882007000200003

TELES, Janaína de Almeida. Eu só queria embalar meu filho: gênero e maternidade no discurso dos movimentos de resistência contra as ditaduras no Cone Sul, América do Sul. Aedos. N. 13, vol. 5, ago/dez 2013, pp. 117-131.

WOLFF, Cristina Scheibe. Narrativas da guerrilha no feminino (Cone Sul, 1960- 1985). História Unisinos, São Leopoldo, v. 13, p. 124-130, 2009. DOI: https://doi.org/10.4013/htu.2009.132.02

Publicado

23/08/2025

Cómo citar

Campagnol, I. C. da S. (2025). Eu, mulher, mãe e guerrilheira: a trajetória política de Crimeia Alice Schdmit de Almeida. Revista Eletrônica História Em Reflexão, 21(40), 130–149. https://doi.org/10.30612/rehr.v21i40.18068