Mulher e História: Da invisibilidade à sujeito de análise

Autores/as

  • Leandro da Silva Lunz Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

DOI:

https://doi.org/10.30612/rehr.v12i23.7829

Palabras clave:

Narrativa Histórica. Mulheres. Sujeito.

Resumen

A narrativa histórica que nos tem sido apresentada na cultura ocidental representa um modelo antropocêntrico do fazer histórico e consequentemente relegou às mulheres um papel de invisibilidade e silenciamento. A figura feminina foi construída como um modelo de submissão e impotência, sendo tratada como um objeto que deveria atuar no campus do privado. Refletir sobre os caminhos da historiografia até a consolidação de uma História das Mulheres implica em reconhecê-las como sujeitos da História e desconstruir a visão que privilegia a masculinidade como o modelo ideal a ser reverenciado. O desenvolvimento da nova história cultural aliado ao feminismo e novos paradigmas científicos contribuíram para a inserção das mulheres no estudo da História como sujeito que participou ativamente da construção histórica.

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Biografía del autor/a

Leandro da Silva Lunz, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Mestrando pelo Centro de Ciências Humanas do Programa de Pós-Graduação em História Social das Relações Políticas - UFES

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Publicado

01/10/2018

Cómo citar

Lunz, L. da S. (2018). Mulher e História: Da invisibilidade à sujeito de análise. Revista Eletrônica História Em Reflexão, 12(23), 68–83. https://doi.org/10.30612/rehr.v12i23.7829