A Federalização do Museu Paraense Emílio Goeldi e sua relação com a estruturação da rede científica nacional na Amazônia na década de 1950
DOI:
https://doi.org/10.30612/rehr.v21i40.19180Palabras clave:
Rede científica. Política científica. Federalização.Resumen
O processo de federalização do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) na década de 1950 é um marco crucial para a instituição, sinalizando a reabertura de suas seções científicas e o reaparelhamento do museu. Este artigo analisa não apenas a federalização do Museu Goeldi, mas também a rede científica formada entre o Museu Nacional (MN), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA) na reconstrução institucional do MPEG. Essa rede está diretamente ligada ao desenvolvimento da política científica no Brasil nos anos 1950, um período de intensificação das pesquisas na Amazônia e de propostas de desenvolvimento econômico do Estado para a região. O artigo também examina os discursos políticos e sociais que influenciaram a federalização do museu. Para alcançar os resultados pretendidos, foi realizado um estudo bibliográfico aprofundado sobre o contexto da época, complementado pela análise de documentos, como correspondências e relatórios institucionais. Esse trabalho visou reconstruir o processo de federalização e entender a atuação dos institutos científicos na revitalização do MPEG. Conclui-se que a federalização foi marcada por articulações entre institutos de pesquisa e o Museu Nacional, desempenhando um papel fundamental na reestruturação do MPEG.
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