Uso de informes de viaje por parte del IHGRGS: forjando la identidad “única” del gaucho
DOI:
https://doi.org/10.30612/rehr.v20i38.19129Palabras clave:
Teorias Raciais, relatos de viagem, IHGRGS, IdentidadeResumen
Las teorías raciales adquirieron una gran difusión en Europa a partir del siglo XIX, cuando el término raza comenzó a utilizarse ideológicamente para distinguir a los seres humanos de forma degenerativa. Estas teorías influyeron en muchos de los viajeros naturalistas que llegaron a Brasil durante el mismo siglo, quienes escribieron relatos de viaje basados en los ideales teóricos que estaban en boga en Europa. Estos informes fueron ampliamente publicitados, corroborando la difusión de representaciones estereotipadas y racializadoras sobre las poblaciones brasileñas, especialmente en lo que respecta a los pueblos indígenas y la población negra. A raíz de la circulación del conocimiento, los informes de viajes también comenzaron a ser ampliamente utilizados en Brasil, por instituciones como el IHGB y el IHGRGS. El objetivo de este artículo es mostrar cómo estos relatos (entrelazados con teorías raciales) fueron utilizados por la historiografía clásica de Rio Grande do Sul para crear una historia e identidad únicas del estado, lo que generó consecuencias percibidas hasta el día de hoy.
Descargas
Citas
ARMANI, Carlos Henrique. A História da Historiografia no Rio Grande do Sul e a escrita do tempo da nação: um estudo de caso. Oficina do Historiador. Porto Alegre: EDIPUCRS, v. 05, n. 02, p. 193-207, 2012.
BACZKO, Bronislaw. A imaginação social. Leach, Edmund et Alii - Antropos-Homem. Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1985.
CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Memória e Sociedade. 2 ed. 1990.
FLECK, Eliane Cristina Deckmann. Olhares viajantes e imagens fundadoras (do século XVII ao XIX). Da terra de ninguém à terra de muitos. v. 01, p. 273-307.
FRANCO, Stella Maris Scatena. Relatos de viagem: reflexões sobre seu uso como fonte documental. Cultura e política nas Américas: circulação de idéias e configuração de identidades (séculos XIX e XX). Departamento de História da USP, 2009.
GARIBALDI, Giuseppe. Memórias. Buenos Aires: Biblioteca de “La Nación”, 1910.
GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão. In: Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/03 / Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, p. 39-64, 2005.
GUTFREIND, Ieda. O negro no Rio Grande do Sul: o vazio historiográfico. Estudos Ibero- Americanos. PUCRS. Jul-Dez, p. 175-187, 1990.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11 ed, Rio de Janeiro: DP&A editora, 2006.
ISABELLE, Arsène. Viagem ao Rio Grande do Sul. Tradução e notas de Dante de Laytano. 2 ed, Porto Alegre: Martins livreiro, 1983.
KURY, Lorelai. Viajantes e naturalistas do século XIX. In: Brasiliana da Biblioteca Nacional – Guia de fontes sobre o Brasil. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 2001.
LAYTANO, Dante de. Biografia e viagens de Arsène Isabelle. In: ISABELLE, Arsène. Viagem ao Rio Grande do Sul. Tradução e notas de Dante de Laytano. 2 ed, Porto Alegre: Martins livreiro, 1983.
MENEGAT, Carla; ZALLA, Jocelito. História e Memória da Revolução Farroupilha: breve genealogia do mito. Revista brasileira de História. São Paulo, v. 31, n. 62, p. 49-70, 2011.
PRADO, Maria Lígia Coelho, América latina no século XIX: tramas, telas e textos, São Paulo: Edusp; Bauru: Edusc, 1999.
RAJ, Kapil. (tradução: Juliana Freire). Além do colonialismo... e pós positivism: circulação e a história global da ciência. Revista Maracanan, n. 13, 2015.
SCHWARTZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. Companhia das Letras, 6º ed. São Paulo, 2005.
SMITH, Linda Tuhiwai. Descolonizando metodologias: pesquisas e povos indígenas. Curitiba: Editora UFPR, 2021.
SPILLER, Gustav (Org.). Papers on inter-racial problems communicated to the first Universal Races Congress. Londres: P. S. King & Son; Boston: The World’s Peace Foundation, 1911.
VARNHAGEN, Francisco Adolfo de (2016) [1849]. Memorial orgânico: uma proposta para o Brasil em meados do século XIX. Ensaios introdutórios de Arno Wehling. Brasília: FUNAG, 2016.
WOOD, Ellen Meiksins. Democracia contra o capitalismo: a renovação do materialismo histórico. Tradução: Paulo Cezar Castanheira. São Paulo: Boitempo, 2011.
ZUBARAN, Maria Angélica. O eurocentrismo do testemunho: relatos de viagem no Rio Grande do Sul do século XIX. Anos 90. Porto Alegre, n. 12, 1999.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Revista Eletrônica História em Reflexão
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição: Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial: Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual: Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais: Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.