Uma prevenção contra sediciosos em Portugal: Felipe II, as cortes de Castela de 1583-1585 e a navegação do Tejo

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.30612/rehr.v21i40.19117

Palabras clave:

Felipe II, Cortes de Castela, Crise sucessória portuguesa (1578-1580)

Resumen

O artigo examina os ecos da ascensão de Felipe II de Castela ao trono de Portugal nas discussões ocorridas nas Cortes de Castela de 1583-1585. Considerando a crise sucessória portuguesa (1578-1580) e a rebelião do bastardo d. Antônio, o texto aborda as estratégias de Felipe II para consolidar seu domínio em Portugal e minimizar o risco de novas revoltas. O ponto central é a proposta de fazer possível a navegação do rio Tejo a partir de Toledo, apresentada nas Cortes como uma forma de integrar comercialmente Portugal e Castela mas que, na prática, também serviria como uma rota estratégica para o envio rápido de tropas em caso de insurreição em Portugal. A análise aqui proposta discute como as Cortes de Castela serviram como uma caixa de ressonância das tensões políticas dos primeiros anos do Portugal Habsburgo, refletindo o temor de novas rebeliões lusas por parte de Felipe II e dos procuradores das Cortes.

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Biografía del autor/a

Lucas Lixa Victor Neves, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do
Rio de Janeiro e investigador visitante do CHAM-Centro de Humanidades. E-mail:
lucasvitta96@gmail.com.

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Publicado

23/08/2025

Cómo citar

Neves, L. L. V. (2025). Uma prevenção contra sediciosos em Portugal: Felipe II, as cortes de Castela de 1583-1585 e a navegação do Tejo. Revista Eletrônica História Em Reflexão, 21(40), 428–446. https://doi.org/10.30612/rehr.v21i40.19117