“Por uma sociedade sem manicômios”: a medicalização da loucura e a trajetória da reforma psiquiátrica brasileira
DOI:
https://doi.org/10.30612/rehr.v21i39.18889Palabras clave:
Reforma Psiquiátrica, Luta antimanicomial, CAPSResumen
O presente trabalho tem o objetivo de problematizar através de uma análise historiográfica a construção dos espaços destinados ao cuidado do sujeito em sofrimento psíquico como em um primeiro momento os hospitais psiquiátricos. Para esse momento, será utilizado como suporte literário as obras do pensador contemporâneo Paulo Amarante intitulada Saúde Mental e Atenção Psicossocial (2007) a traça a trajetória da reforma psiquiátrica brasileira e terce contribuições sobre o campo da saúde mental. Ademais, o processo de luta antimanicomial foi marcado pelo tensionamento entre os movimentos antimanicomiais que defendiam um atendimento humanizado e aqueles que se colocavam contrários ao fechamento dos hospitais psiquiátricos e das antigas práticas realizadas nesses espaços, que também se constituem como espaços de poder. Na sequência, propõe-se pensar o contexto que levou a abertura dos Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) em todo Brasil através da lei 10.106 do deputado do Partido dos Trabalhadores (PT) de Minas Gerais-MG. Nessa premissa, amparados na lei, inúmeras cidades brasileiras passam a implementar os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) nas suas mais diversas modalidades (levando em consideração as demandas de cada localidade).
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