Zeca Vaccariano: ascensão mediante banditismo social no sul do Brasil da Primeira República
DOI:
https://doi.org/10.30612/rehr.v18i35.17354Palabras clave:
Banditismo Social, Zeca Vaccariano, Mandonismo, Ferrovia, Fronteira Sul-BrasileiraResumen
Este artigo aborda a trajetória de José Antonio de Oliveira, o Zeca Vaccariano, executor do assalto ao grupo de pagadores da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, ocorrido em 24 de outubro de 1909, no interior do estado de Santa Catarina, Sul do Brasil. Teoricamente, o trabalho se orienta pela perspectiva do banditismo social, tendo como pano de fundo um contexto histórico da república velha em que um processo de modernização se articula na região sob a égide do mandonismo. Isso é desenvolvido metodologicamente apoiado em pesquisa bibliográfica e documental. Como objetivo central, o texto discute como o banditismo social representa elemento inerente à dinâmica social daquele espaço-tempo propiciando ao protagonista uma ascensão de assaltante à delegado de polícia.
Descargas
Citas
ALBERTI, Verena. Manual de História Oral. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
BLOK, A. The peasant and the brigand: Social Banditry reconsidered in: Comparative studies in Society and History. Cambridge: Cambridge University Press, v. 14, n. 4, September 1972.
BRASIL. Processo crime Zeca Vaccariano nº 1521, Campos Novos, 1918. Arquivo da Casa de Cultura de Campos Novos.
BREVES, Wenceslau de Souza. O Chapecó que eu conheci. In: Boletim do IHGSC, n.6, 1985.
CARVALHO, J. M. de. Mandonismo, Coronelismo, Clientelismo: Uma Discussão Conceitual. Dados – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v. 40, n. 2, p. 229-250, 1997.
Diário do Paraná, de Ponta Grossa, 01 de novembro de 1909; 29 de outubro de 1909.
Diário da Tarde, de Curitiba, 16 de março de 1908 a 31 de dezembro de 1908; 02 de janeiro de 1909 a 31 de dezembro de 1909; 01 de janeiro de 1910 a 31 de dezembro de 1910; 02 de janeiro de 1911.
ESPIG, Márcia Janete. Personagens do Contestado: Os turmeiros da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande (1.908 -1915). Porto Alegre. Tese (Doutorado em História). – Programa de Pós-Graduação em História Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2008.
FERRERAS, Norberto O.. Bandoleiros, cangaceiros e matreiros: revisão da historiografia sobre o Banditismo Social na América Latina. História, São Paulo, 22 (2) 211-226, 2003.
GONZÁLEZ, P. J. J.. Introducción al Bandolerismo. Revista Innovación y experiencias educativas, Madrid, n. 15, p. 1-10, 2009.
HOBSBAWM, Eric. Bandidos. 5ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2017.
KOELLN, Arno. Porto Feliz. A História de uma Colonização às Margens do Rio Uruguai. Mondaí - SC, 1980.
LEAL, Victor Nunes. Coronelismo enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1980. (2ª ed. Alfa-Omega, 1975).
MACHADO, Paulo Pinheiro. Lideranças do Contestado: A formação e Atuação das Chefias Caboclas (1912 – 1916). 1ª Ed. Campinas – SP: Editora Unicamp, 2004.
MATIELO, Ernoi Luiz. A Saga Indômita de Zeca Vaccariano: Muito Além do Assalto ao Trem Pagador. Chapecó. Dissertação (Mestrado em História). – Programa de Pós-Graduação em História Universidade Federal da Fronteira Sul, 2023.
MEIRINHO, J.. 1893-1894: história e historiografia da revolução em Santa Catarina. Florianópolis, SC: Insular, 2009.
MONTEIRO, Duglas Teixeira. Os errantes do novo século: um estudo sobre o surto milenarista do Contestado. São Paulo: Duas Cidades, 1974.
NASCIMENTO, José Antônio Moraes do. A terra em disputa: câmara municipal versus juízes comissários. História Unisinos, v. 19, n. 2, p. 229-241, maio/ago. 2015.
O Dia, de Florianópolis, 18 de fevereiro de 1917.
OLIVEIRA BRITO, Eloy de. Um pouco da Minha Vida 1888-1988. 1ª ed. Soledade, RS: Editora Sagrada Família, 2016.
PEIXOTO, Dermeval. A Campanha do Contestado. Curitiba: Fundação Cultural, 1995. 3 v. (Coleção Farol do Saber).
PEREIRA, Clarissa Josgrilberg (Org.). Jornalismo Comparado: Um Dia na Imprensa Brasileira. 1ª ed. Edifurb, 2016.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. A Revolução Federalista. São Paulo – SP: Editora Brasiliense S.A., 1983.
PRIORI, A. et al. A Revolução Federalista e o cerco da Lapa. In: PRIORI, A. et al. História do Paraná: séculos XIX e XX. Maringá, PR: Eduem, 2012. p. 23-33.
SAINT CASSIA, P.. Banditry. In: STEARNS, P. N. et al. Encyclopedia of European social history from 1350 to 2000. v. III. New York: Charles Scribner’s Sons, 2001. p. 373-382.
SÊGA, R. A.. Tempos Belicosos: a Revolução Federalista no Paraná. 2ª ed. Curitiba, PR: Instituto Memória, 2008.
SILVA, Cleto da. ACCORDO Paraná – Santa Catarina ou O Contestado diante das carabinas. Papelaria Globo – Rua 1° de Março, 15, CORITIBA, 1920.
SILVA, Cleto da. Apontamentos históricos de União da Vitória, 1769-1933. União da Vitória: Ed. do Autor, 1933.
THOMÉ, Nilson. Nilson Thomé: entrevista [ago. 2012]. Entrevistador: Ernoy Mattiello. Lages,SC: Primeiro Assalto ao Trem Pagador, 2012. 1 sonora. Entrevista concedida ao Primeiro Assalto Ao Trem Pagador - Extras.
THOMÉ, Nilson. O Assalto ao Trem Pagador: quando Pinheiro Preto entrou para a História do Brasil. Pinheiro Preto, SC: Edição do autor, 2009.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Revista Eletrônica História em Reflexão
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição: Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial: Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual: Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais: Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
