Mulheres e práticas de cura: vivências no Mocambo do Arari - Parintins, Amazonas

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.30612/rehr.v14i28.12183

Palabras clave:

Mulheres ribeirinhas. Práticas de cura. Encantados. Amazônia.

Resumen

Encantados são seres híbridos, “espiritualidade” nem totalmente do mundo dos vivos, tampouco completamente do mundo dos mortos. Este estudo debruça-se sobre práticas de cura com base nas experiências de uma moradora do Mocambo do Arari-Parintins, Amazonas, trazendo a relação entre ela e estes seres, por intermédio da história oral. Os resultados apontam para a potência da fé amalgamada pelo encontro de saberes africanos, indígenas e europeus, pensando como os saberes populares articulam-se a questões sociais, econômicas e identitárias. Destaca-se a potência da mulher como construtora da cura, do bem-estar subjetivo, por meio de práticas como a benzeção, o partejamento e recebimento de saberes ditados pelos encantados.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Josivaldo Bentes Lima Júnior, Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Mestre em História Social pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Professor de História pela Secretaria de Educação do Estado do Amazonas (SEDUC-AM). Manaus, Amazonas, Brasil.  E-mail: juninhobentes@hotmail.com. Endereço postal:R. Waldomiro Lustoza, 250 - Japiim II, Manaus - AM, 69076-830. Telefone: (092) 99283-9859.

Adan Renê Pereira da Silva, Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Docente dos cursos de Pós-Graduação da Faculdade Salesiana Dom Bosco do Amazonas. Manaus, Amazonas, Brasil.  E-mail: adansilva.1@hotmail.com.

Citas

BASTIDE, Roger. As Religiões Africanas no Brasil: contribuição a uma Sociologia das Interpretações de Civilizações. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1971.

CELESTE PINTO, Benedita. Gênero e Etnicidade: histórias e memórias de parteiras e curandeiras no norte da Amazônia. Revista Gênero na Amazônia, Belém, v. 2, n. 1 p. 201-224, 2012.

CHALHOUB, Sidney et al. Artes e Ofícios de Curar no Brasil: capítulos de História Social. Campinas: Unicamp, 2003.

CHAUÍ, Marilena. Cultura e democracia. Crítica y Emancipacíon, Revista Latinoamerica da Ciencias Sociales, Buenos Aires, Clasco, v. 1, n. 1, p. 53-76, jun. 2008. Disponível em: http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/secret/CyE/cye3S2a.pdf. Acesso em: 21 mai. 2020.

FERRETTI, Mundicarmo Maria Rocha. Encantados e Encantarias no Folclore Brasileiro. In: VI Seminário de Ações Integradas em Folclore. São Paulo, 2008.

FERRETTI, Mundicarmo Maria Rocha. Encantaria de Barba Soeira: Codó, capital da magia negra? São Paulo: Siciliano, 2001.

FERRETTI, Mundicarmo Maria Rocha. Pajelança e cultos afro brasileiros em terreiros maranhenses. Revista de Pós-Graduação em Ciências Sociais, São Luís, v. 8, n. 16, p. 1-20, 2011. Disponível em: http://www.ppgcsoc.ufma.br/index.php?option=com_content&view=article&id=511&catid=82&Itemid=114. Acesso em: 30 mai. 2020.

FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. A cidade dos encantados: pajelanças, feitiçarias e religiões afro-brasileiras na Amazônia; a constituição de um campo de estudo 1870-1950. 428f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP, 1996.

FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: NAU Editora, 2003.

GALVÃO, Eduardo. Santos e Visagens: um estudo da vida religiosa de Itá, Baixo Amazonas. 2º ed. São Paulo: Ed. Nacional de Brasília, 1976.

MAUÉS, Heraldo. A ilha encantada: medicina e xamanismo numa comunidade de pescadores. Belém: EDUFPA, 1990.

MAUÉS, Raymundo Heraldo. O Perspectivismo indígena é somente indígena? Cosmologia, religião, medicina e populações rurais na Amazônia. Mediações – Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 17 n.1, p. 33-61, jan/jun, 2012. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/2012.v17n1p33/10987. Acesso em: 30 mai. 2020.

MAUÉS, Raymundo Heraldo. Um aspecto da diversidade cultural do caboclo amazônico: a religião. Estudos Avançados, São Paulo, v. 19, n. 53, p. 256-274, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142005000100016. Acesso em: 21 mai. 2020.

MAUÉS, Raymundo Heraldo; VILLACORTA, Gisela Macambira. Pajelança e encantaria na Amazônia. In: PRANDI, Reginaldo (Org.). Encantaria brasileira: o livro dos mestres, caboclos e encantados. Rio de Janeiro: Pallas, 2005. p. 30-45.

OLIVEIRA, Elda Rizzo. O que é Benzeção. São Paulo: Brasiliense, 1985.

PORTELLI, Alessandro. O que faz a história oral diferente. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, São Paulo: PUC, v. 14, n. 1, p. 25-40, 1997. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/11233/8240. Acesso em: 21 mai. 2020.

PRANDI, Reginaldo. Encantaria Brasileira: o livro dos mestres, caboclos e encantados. Rio de Janeiro: Pallas, 2001.

SALLES, Vicente. O negro no Pará sob o regime da escravidão. Brasília: MIC/SECULT, 1988.

SAMPAIO, Patrícia. Escravos e escravidão africana na Amazônia. In: SAMPAIO, Patrícia (Org.). O fim do silêncio: a presença negra na Amazônia. Belém: Açaí/CNPq, 2011. p. 13-42.

SILVA, Adan Renê Pereira da; LIMA JÚNIOR, Josivaldo Bentes; MASCARENHAS, Suely Aparecida Nascimento. O cordão de pássaros do Mocambo do Arari: reflexões sobre gênero por intermédio da cultura popular. Revista Expressão Católica, Quixadá: Unicatólica, v. 8, n. 2, p. 92-102, 2019. Disponível em: http://publicacoesacademicas.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/rec/article/view/3426. Acesso em: 21 mai. 2020.

Publicado

15/10/2020

Cómo citar

Lima Júnior, J. B., & Silva, A. R. P. da. (2020). Mulheres e práticas de cura: vivências no Mocambo do Arari - Parintins, Amazonas. Revista Eletrônica História Em Reflexão, 14(28), 164–190. https://doi.org/10.30612/rehr.v14i28.12183