Apresentação
DOI:
https://doi.org/10.30612/rehr.v20i38.19398Keywords:
História das ciências, Dossiê temáticoAbstract
Desde o final da década de 1980, a História das Ciências se estabeleceu como especialidade no meio acadêmico nacional, alcançando considerável institucionalização, que se constata pela sua inserção em programas strictu sensu da área de História, seja como linha de pesquisa, seja como eixo temático estruturante. Os trabalhos de Maria Amélia Dantes (2001) e Silvia Figueiroa (1997) buscaram pensar a produção científica no Brasil para além das noções de “atraso”, que resultavam de comparações com instituições de pesquisa europeias ou dos Estados Unidos, posicionadas como modelo de excelência. As autoras se alinham às modificações metodológicas nos estudos de História das Ciências ocorridas na década de 1980, que contestavam a perspectiva de que a produção de pesquisa e o cientista dispunham de uma posição isolada do contexto social, político e material de seu tempo (Pestre, 1996).
Downloads
References
BONAVENTURA, Isabella. Profissão Farmacêutica em São Paulo: prática científica, ensino e gênero (1895 - 1917). Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2020.
CHAKRABARTY, Dipesh. “O clima da história: quatro teses”. In: Sopro, n. 91, p. 4-22, 2013.
CHALHOUB, Sidney; MARQUES, Vera Regina Beltão; SAMPAIO, Gabriela dos Reis; SOBRINHO, Carlos Roberto Galvão (orgs.) Artes e Ofícios de Curar no Brasil. Campinas: Editora Unicamp, 2009.
CUETO, Marcos. PALMER, Steven. Medicina e Saúde Pública na América Latina: uma história. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2016.
DANTES, Maria Amélia. Espaços da Ciência no Brasil: 1800 - 1930. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2001.
FIGUEIRÔA, Silvia. As Ciências Geológicas no Brasil: uma história social e institucional, 1875-1934. São Paulo: HUCITEC, 1997.
FOUCAULT. Michel. As Palavras e as Coisas. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
FRANCISCO, Henrique Sugahara. Entre curativos e conflitos: o Posto Médico da Assistência Policial e a formação dos socorros de urgência na cidade de São Paulo (1911 - 1933). [Tese de Doutorado]. Universidade de São Paulo, 2022.
HARAWAY, Donna. Saberes Localizados: A questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Campinas: Cadernos Pagu, n.5, 1995.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Editora Companhia das letras, 2019.
LATOUR, Bruno. Jamais Fomos Modernos: ensaios de antropologia simétrica. São Paulo: Editora 34, 1994.
LOPES, Maria Margareth. O Brasil descobre a pesquisa científica: Os museus e as ciências naturais no século XIX. São Paulo: Hucitec, 2009.
MARINHO, Maria Gabriela; BATISTA, Ricardo dos Santos; PORTO, Paloma; NEMI, Ana; CAMPOS, Cristina de. The modernization of medical education in Brazil: Rockefeller Foundation funding and the Ribeirão Preto Medical School in a development context (1951-1964). Historia Crítica (Bogota, Colombia), n. 93, p. 53–78, 2024.
MOTA, André. Tropeços da medicina bandeirante: medicina paulista entre 1892 - 1920. Edusp, 2005.
PESTRE, Dominique. Por uma nova história social e cultural das ciências: novas definições, novos objetos, novas abordagens, Cadernos IG/Unicamp, v. 6, n. 1, 1996, p. 03-56.
RAJ, Kapil. Além do pós-colonialismo... e pós-positivismo. Circulação e a História Global da Ciência. Revista Maracanan, vol. 13, dez./2015, pp. 164-175.
SCHIEBINGER, Londa. O feminismo mudou a ciência? Bauru-SP, EDUSC, 2001.
SILVA, Márcia Regina Barros. O Laboratório e a República: saúde pública, ensino médico e produção de conhecimento em São Paulo (1891 - 1933). Rio de Janeiro: Fiocruz, 2014.
SEGATO, Rita. Crítica da colonialidade em oito ensaios: e uma antropologia por demanda. Rio de Janeiro: Bazar do tempo, 2021.
STENGERS, Isabelle. Uma outra ciência é possível: manifesto por uma desaceleração das ciências. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2023.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. O nativo relativo. Mana, v. 8, p. 113-148, 2002.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Revista Eletrônica História em Reflexão
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição: Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial: Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual: Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais: Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.