The history of Botany in Brazil in twentieth century narratives
DOI:
https://doi.org/10.30612/rehr.v20i38.19060Keywords:
botânica, História das Ciências no Brasil, Historiografia.Abstract
By reading four texts on the history of botany in Brazil, written by intellectuals renowned in their fields during the 20th century, this article has a twofold objective: to analyze the selected texts and the contexts in which they were written. Arthur Neiva, Frederico Carlos Hoehne, Fernando de Azevedo and Mario Guimarães Ferri shared a common interest for the history of sciences and produced synthesis papers in the 20th Century, focused on Brazil. The present study describes the work of each one of them, the context in which they wrote and draws parallels between the approaches of the texts produced on the history of botany in Brazil, identifying similarities in terms of the selected content and form. The divergences are equally addressed, and it is possible to identify the debates and disputes held in the name of national science, of the university, of the botanical research and the privileged place in which knowledge should be produced. The research shows that the narratives were a stage for disputes, marked by the trajectories and actions of their authors, who emphasized chronological markers, notable botanists and paths of progress according to their conceptions of science and society.
Downloads
References
AZEVEDO, F. A cultura brasileira: introdução ao estudo da cultura no Brasil. 2ª edição. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1944.
AZEVEDO, F. (org.). As Ciências no Brasil. 2ª ed, v. 1 e 2, Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1994.
BOCCHI, L. A. Between Machines, Coffee, and Dried Plants: The 1930 Agricultural Exhibition in São Paulo. Luso-Brazilian Review, v. 58, n. 2, p. 144-168, 2021.
BOCCHI, L. A.; PATACA, E. M. Frederico Carlos Hoehne e o Horto Oswaldo Cruz. Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 51, p. 350-369, 2019.
CARVALHO, M. M. C. O novo, o velho, o perigoso: relendo A cultura Brasileira. Caderno de Pesquisa, n. 71, p. 29-35, 1989.
CHAMBOULEYRON, R. (org.). As drogas do sertão e a Amazônia colonial portuguesa. Lisboa: Centro de História da Universidade de Lisboa, 2023.
COUTINHO, A. Artur Neiva. In: ABREU, A. A (org.). Dicionário histórico-biográfico brasileiro pós-1930, p. 4047-4048, 2001.
DANTES, M. A. M. Introdução. In: DANTES, M. A. M. (org.). Espaços da Ciência no Brasil:1800-1930. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2001. p.13-22.
DEAN, W. A ferro e fogo: a história da devastação da mata atlântica. São Paulo: Cia. das Letras, 1996.
DEAN, W. A Botânica e a política Imperial: a introdução e a domesticação de plantas no Brasil. Estudos Históricos, v. 4, p. 216-228, 1991.
DUARTE, E. F. A nação nos livros: a biblioteca ideal na coleção brasiliana. In: DUTRA, E. F.; MOLLIER, J. (org.). Política, nação e edição: o lugar dos impressos na construção da vida política. São Paulo: Annablume, 2006. p. 299-314.
EDLER, F. Plantas nativas do Brasil nas farmacopeias portuguesas e europeias – Séculos XVII e XVIII. In: KURY, L. B. (org). Usos e Circulação de Plantas no Brasil, Séculos XVI – XIX. Rio de Janeiro, Andrea Jakobsson Editorial, 2013. p. 96-137.
FARIA, M. F. A imagem útil. José Joaquim Freire (1760-1847) desenhador topográfico e de história natural: arte, ciência e razão de estado no final do Antigo Regime. Lisboa: Editora da Universidade Autônoma de Lisboa, 2001.
FERREIRA, L. O.; AZEVEDO, N. Sucesso e fracasso das Faculdades de Filosofia: ciência, cientistas e universidades no Brasil, 1930-1960. Locus, Revista de História, v. 18, n. 2, p. 283-310, 2013.
FERRI, M. G. A botânica em S. Paulo desde a criação de sua universidade. O Estado de S. Paulo, Edição do IV Centenário. São Paulo, p. 112-114, São Paulo, 25 jan. 1954.
FERRI, M. G. História da Botânica no Brasil. In: FERRI, M. G.; MOTOYAMA, S. (org.). História das Ciências no Brasil. São Paulo: EPU: Ed. da Universidade de São Paulo, 1979-1980. p. 33-88.
FERRI, M. G. A botânica no Brasil. In: AZEVEDO, F. (org.). As ciências no Brasil. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1994. p. 175-230.
FIGUEIRÔA, S. F. M. Mundialização da ciência e respostas locais: sobre a institucionalização das ciências naturais no Brasil (de fins do século XVIII à transição ao século XX). Asclepio – Revista de Historia de la Medicina y de la Ciencia, vol. L-2: p. 107-123, 1998.
HEIZER, A. O jardim botânico de João Barbosa Rodrigues na Exposição Nacional de 1908. Revista de História e Estudos Culturais, v. 4, n. 3, p. 1-16, 2007.
HEIZER, A. Notícias sobre uma expedição: Jean Massart e a missão biológica belga ao Brasil, 1922-1923. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 15, n. 3, p. 849-864, 2008.
HOEHNE, F. C. Botanica e agricultura no Brasil no século XVI: pesquisas e contribuições. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1937.
KURY, L. Homens de ciência no Brasil: impérios coloniais e circulação de informações (1780-1810). História, ciências, saúde – Manguinhos. v. 11, p. 109-129, 2004.
KURY, L. B. (org.). Usos e Circulação de Plantas no Brasil, Séculos XVI – XIX. Rio de Janeiro, Andrea Jakobsson Editorial, 2013.
LOPES, M. M. O Brasil descobre a pesquisa científica: os museus e as ciências naturais no século XIX. São Paulo: Aderaldo & Rothschild; Brasília: Ed. UnB, 2009.
LOUREIRO, J. C. Quintais de Olinda – Uma leitura indiciária sobre sua gênese. Anais do Museu Paulista, v. 20, p. 231-281, 2012.
MENESES, J. N. C. Pátio cercado por árvores de espinho e outras frutas, sem ordem e sem simetria: o quintal em vilas e arraiais de Minas Gerais. Anais do Museu Paulista, v. 23, p. 69-92, 2015.
NEIVA, A. Esboço histórico sobre a Botânica e Zoologia no Brasil: de Gabriel Soares de Souza, 1587, a 7 de setembro de 1922. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1989.
NOGUEIRA, M. A.; NOGUEIRA, C. M. M. Bourdieu & a Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
PÁDUA, J. A. Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil escravista, 1786-1888. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
PATACA, E. M. Terra, água e ar nas viagens científicas portuguesas. Tese (Doutorado em Geociências) – Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006.
PATACA, E. M. Coleta, transporte e aclimatação de plantas no Império luso-brasileiro (1777-1822). Revista Museologia & Interdisciplinaridade. v. 5, p. 84-104, 2016.
PEREIRA, R. O. O império botânico: as políticas portuguesas para a flora da Bahia atlântica colonial (1768-1808). Tese (Doutorado em História) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2013.
SALDAÑA, J. J. Ciência e identidade cultural: História da Ciência na América Latina. In: FIGUEIRÔA, S. F. M. (org.). Um olhar sobre o passado. História das ciências na América Latina. Campinas, Ed. da UNICAMP, 2000. p. 11-32.
SANJAD, N. R. Nos Jardins de São José: uma história do Jardim Botânico do Grão Pará, 1796-1873. Dissertação (Mestrado em Geociências) – Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.
SANJAD, N. R.; PATACA, E. M.; SANTOS, R. R. N. Knowledge and Circulation of Plants: Unveiling the Participation of Amazonian Indigenous Peoples in the Construction of Eighteenth and Nineteenth Century Botany. Journal of History of Science and Technology, v. 15, p. 11-38, 2021.
SANTOS, R. R. N. “Melhores mestres...”: saberes indígenas e ciência colonial no vale Amazônico (século XVIII). Tese (Doutorado em História) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2023.
SOUZA, V. S. Artur Neiva e a ‘questão nacional’ nos anos 1910 e 1920. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, vol. 16, p. 249-264, 2009.
TOLEDO, M. R. A. Resenha de “A cultura brasileira” de Fernando de Azevedo. Revista Brasileira de Educação, n. 14, p. 165-170, 2000.
VERGARA, M. R. Ciência e modernidade no Brasil: a constituição de duas vertentes historiográficas da ciência no século XX. Revista da SBHC, v. 2, n.1, p. 22-31, 2004.
XAVIER, L. N. Retrato de corpo inteiro do Brasil: a cultura brasileira por Fernando de Azevedo. Revista da Faculdade de Educação, v. 24, n. 1, p. 70-86, 1998.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Revista Eletrônica História em Reflexão
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição: Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial: Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual: Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais: Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.