Um Novo Estado, uma Velha Política:
A Elite Econômica e Política do Sul de Mato Grosso (sécs. XIX-XX)
DOI:
https://doi.org/10.30612/rehr.v16i32.14663Keywords:
Divisão. Mato Grosso do Sul. Política. Eleições.Abstract
O presente artigo tem por objetivo demonstrar que uma elite econômica e política, do sul de Mato Grosso uno, almejava ascender ao poder político estadual. Analisando uma bibliografia referente ao tema, observou-se que, em finais do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, aquela elite ocupava um papel coadjuvante no cenário político estadual, dominado pela elite política cuiabana. A partir da década de 1930, a elite sulista percebendo que seria difícil atingir o poder em Mato Grosso pela via eleitoral, constituiu um movimento divisionista. A principal justificativa para tanto, foi a de que a elite política nortista vivia as custas dos rendimentos do Sul. Enquanto o Estado Novo não permitiu a divisão territorial, a representatividade política entre Norte e Sul se equilibraram, e a partir da redemocratização, em 1945, o Sul supera o Norte na representatividade tanto no Legislativo quanto no Executivo. Nesse momento, a elite política sulista atingiu seu propósito de chegar ao poder, e a divisão não era mais necessária. Todavia, por interesses do governo militar, Mato Grosso foi dividido, criando-se Mato Grosso do Sul, aquela elite que outrora acusava os nortistas pelo atraso em que vivia o Sul, disputam entre si o poder no Estado nascente, mantendo as mesmas práticas.
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