O poder do capital turístico em territórios campestres na província de Inhambane-Moçambique

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/el.v12i23.14795

Palavras-chave:

Capital estrangeiro. Espaço rural. Poder. Território campestre.

Resumo

Como entender os impactos das políticas neoliberais, em particular, as que dão corpo à concretização de iniciativas privadas, e que se traduzem em imposições do capital em territórios dos campesinos – Comunidades Locais, na província de Inhambane? A partir desta questão, nos propomos a lançar um debate sobre os processos de territorialização do capital turístico, no contexto da implementação das políticas de desenvolvimento local no Município de Inhambane, província de Inhambane, em Moçambique. Nosso objetivo neste artigo é interpretar as transformações em curso no campo (espaço agrário). O debate parte do pressuposto de que, o turismo é um fenómeno social, que uns acham ser possível, através dele, se angariar ganhos económicos. Essa ideia valida, que no processo de promoção do turismo, se difunda e crie imaginários daquilo que se considere benefícios advindos do turismo: receitas tributárias para os governos; postos de emprego; parcerias entre os operadores turísticos com os produtores locais, fazedores de cultura, etc. O que estimula o imaginário desses benefícios económicos, e a ideia de que o turismo é o segmento económico que movimenta mais dinheiro, o setor socioeconómico que cria mais postos de trabalho, quando se compara com outros ramos de atividades económicas. O material aqui tratado foi obtido através da pesquisa bibliográfica, revisão documental e observações de campo. 

Downloads

Referências

CISTAC, Gilles e CHIZIANE, Eduardo. Turismo e Desenvolvimento Local. Universidade Eduardo Mondlane – Faculdade de Direito. Maputo, 2007.

CONSELHO MUNICIPAL DE INHAMBANE. Plano Municipal de Gestão Ambiental do Município de Inhambane, 2009.

DIRECÇÃO PROVINCIAL DO TURISMO. Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo da Província de Inhambane (2014 – 2020). Inhambane, 2014.

HANLON, Joseph. Paz sem beneficios: como o FMI bloqueia a reconstrução de Moçambique. Tradução de Maria de Lurdes Torcato. Centro de Estudos Africanos. Imprensa Universitária – UEM, 1997.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. Estatísticas do Distrito Cidade de Inhambane. Maputo, 2013.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. IV Recenseamento Geral da População e Habitação 2017: Resultados Definitivos. Moçambique: Maputo, 2019.

JAMAL, Saíde. Um olhar sobre o processo de descentralização em Moçambique - mecanismos de accountability pública: Orçamento Participativo e os Conselhos Consultivos Locais. In: XII CONLAB 1º Congresso da Associação Internacional de Ciências Sociais e Humanas em Língua Portuguesa. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, 2015.

KNAFOU, Remy. Turismo e Território: Por uma abordagem científica do turismo. In: ADYR A. B. Rodrigues (Org.). Turismo e Geografia: reflexões teóricas e enfoques regionais. 2.ed. Hucitec, São Paulo, 1999.

PIKETTY, Thomas. O Capital no século XXI. Tradução Monica Baumgarten de Bolle. 1ª ed,. Intrínseca: Rio de Janeiro, 2014.

PLOEG, Jan Douwe van der. Camponeses e imperios alimentares: lutas por autonomia e sustentabilidade na era da globalização. Tradução de Rita Pereira. Editora da UFRGS: Porto Alegre, 2008.

ROVICENE, Samuel João; MASSUANGANHANE, Israel Jacob. A terra. DINAGECA: Maputo, 2001.

SANTOS, Milton. Da Totalidade ao Lugar. Editora da Universidade de São Paulo, 2005

SOCIEDADE DE ESTUDOS DE MOÇAMBIQUE. Exploração dos Recursos Naturais. Instituto de Investigação Agronómica, 1963.

SOCIEDADE DE ESTUDOS DE MOÇAMBIQUE. Protecção e Exploração dos Recursos Naturais de Moçambique. Instituto de Investigação Científica de Moçambique, 1963.

Downloads

Publicado

2021-07-22

Como Citar

Macaringue, E., & Chaveiro, E. (2021). O poder do capital turístico em territórios campestres na província de Inhambane-Moçambique. ENTRE-LUGAR, 12(23), 248–272. https://doi.org/10.30612/el.v12i23.14795

Edição

Seção

Seção Temática