“Nós Guarani Kaiowá rezamos para a terra e as sementes”: a memória ancestral pela vida frente à ofensiva do agronegócio
DOI:
https://doi.org/10.30612/rel.v14i27.16327Palavras-chave:
Covid-19, Degradação ecológica, Povos originários, Neoextrativismo, Violência de EstadoResumo
A intensificação do avanço do neoextrativismo e dos megaprojetos tem gerado um amplo processo de Estado de Exceção contínuo, sobretudo, para os povos originários. Um dos dispositivos utilizados para alavancar esses projetos é a dimensão institucional e as normativas promovidas pelo corporativismo da elite política do congresso nacional. Este artigo analisa as práticas necropolíticas do Estado brasileiro no contexto de pandemia da Covid-19, refletindo por um lado como o Estado priorizou as projetos ecocidas e genocidas vinculados ao neoextrativismo e banalizou a crise de saúde, e, por outro lado, analisamos a importância da resistência ancestral indígena em defesa da vida. Para isso, utilizamos a revisão bibliográfica narrativa, a análise de documentos-chaves dos movimentos indígenas e entrevistas construídas entre 2020 e 2022. Os caminhos pavimentados pelos povos, evidenciam importantes semeaduras e alteranativas para defendermos a sociobiodiversidade e o território como eixos imprescindiveis para enfrentarmos a crise sistêmica propagada pelas fronteiras do capital
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