Autonomia camponesa no Baixo Parnaíba maranhense: conflitos, processos de luta e garantia territorial

Autores/as

  • Saulo Barros da Costa

Palabras clave:

Resistência camponesa. Lei do bacuri verde. Baixo Parnaíba maranhense. Territórios em disputa. Territórios comunitários.

Resumen

Este artigo diz respeito a pesquisa realizado no Baixo Parnaíba maranhense no âmbito da produção da tese de doutoramento, com foco nos processos de luta e resistência camponesa, que garantem a permanência e reprodução de sujeitos sociais, ameaçados pelo avanço da produção industrial do agronegócio. Desde dos anos de 1990, os extensos plantios de eucaliptos avançam no cerrado maranhense e mata dos cocais, com marcas sobre as recargas hídricas e dinâmica dos modos de vida de povos e comunidades tradicionais maranhenses. Este território é contestado diante os conflitos territoriais e ambientais, como explicitado nas formas e possibilidades de reprodução camponesa (PAULA ANDRADE, 2012; CPT, 2015). A resistência concreta camponesa (SCOTT, 2013) possui a dimensão da autonomia e da luta, construída historicamente e materializada em ações que promovem mudanças radicais nas estruturas do Estado e enfrentamentos diretos, a saber a empresa Suzano Papel e Celulose S. A. Como resultado, observou-se a lei do bacuri verde, aprovada no território da comunidade São Raimundo, município de Urbano Santos, Maranhão, em dezembro de 2012, com base nos princípios: extrativismo coletivo e diversificado; e luta contra o avanço dos plantios de eucalipto nos territórios de comunidades encurraladas multilateral e espacialmente. Esta lei revela a política que estes sujeitos tecem em suas práticas, demarcando seus modos de vida, em vias do avanço do capitalismo agrário, consolidando o território camponês do Baixo Parnaíba a partir das suas representações espaciais das chapadas e dos baixões, a diversidade de usos e modos de vida de sujeitos e as resistências internas pela preservação e uso do cerrado, descrevendo outra polifonia na cartografia das resistências e dos territórios comunitários.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Publicado

2015-12-22

Cómo citar

Costa, S. B. da. (2015). Autonomia camponesa no Baixo Parnaíba maranhense: conflitos, processos de luta e garantia territorial. ENTRE-LUGAR, 6(12), 133–151. Recuperado a partir de https://ojs.ufgd.edu.br/entre-lugar/article/view/5983

Número

Sección

Artículos