Globalización del capitalismo extrativista, recursos naturales y el neocolonialismo en África: desafíos y perspectivas para Mozambique
DOI:
https://doi.org/10.30612/el.v12i23.14816Palabras clave:
Neocolonialismo. Apropiación de la tierra y la naturaleza. Conflictos socioambientales. África. Mozambique.Resumen
El presente texto analiza el proceso de expansión del capital estrativista en África y las contradicciones de este proceso. Argumenta que la carrera por la tierra en África y por los recursos naturales está causando la concentración de la tierra en manos del capital corporativo global. Como resultado de este proceso, se produce la expropiación y expulsión de los pueblos nativos de sus tierras. Detrás del discurso de desarrollo y productivista utilizado por el capital corporativo en el contexto de su territorialización en África, el capital corporativo esconde sus raíces coloniales. Critica la pasividad de las élites africanas frente a la violencia que sus pueblos han sufrido en sus propios territorios en nombre del progreso. Constata que la ola actual de recolonización de África por el capitalismo global, en parte, es el producto de las acciones de las "élites" africanas y los procesos de gobernanza activados por ellas. Las disparidades en las fechas que se refieren a los períodos de proclamación de la independencia africana no significaron la ruptura de los lazos coloniales. No significó, ni para uno ni otro país africano, la ruptura definitiva con las prácticas coloniales. Los pueblos africanos continúan sufriendo la opresión en sus territorios y, la mayoría de las veces, sus tierras son concesionadas y entregadas al capital corporativo sin su autodeterminación. Mismo ante situaciones adversas para su reproducción social, unidas por la causa de la libertad y la autonomía, los pueblos africanos han impugnado la ola de saqueo de la tierra y los recursos naturales y este escenario es notorio en Mozambique.Descargas
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