Que Bonito é esse? Disputas territoriais em terras do agro-eco-turismo
DOI:
https://doi.org/10.30612/el.v9i18.8824Palavras-chave:
Turismo. Agricultura. Pecuária. Preservação.Resumo
Este trabalho teve como objetivo analisar o processo de construção da prática do turismo em áreas de produção agropecuária tradicional do estado de Mato Grosso do Sul. O município de Bonito situado no sudoeste do estado tem em seu histórico de ocupação não indígena a produção pecuária até meados da década de 1980 como a única atividade predominante explorando principalmente os campos com pastagem nativa no entorno da Serra da Bodoquena. Após metade da década de 1980 a agricultura passou a ocupar áreas mais planas e com solos férteis e o turismo começa a valorizar os rios e cachoeiras de águas límpidas com nascentes na Serra da Bodoquena. A agricultura teve um ciclo de ascensão até metade da década de 1990, quando perde espaço para a pecuária que se tornou mais lucrativa. No entanto, em meados de 2010, volta a ocupar novas áreas pressionando áreas de nascentes e banhados. O cenário criado por este emaranhado de atividades econômicas levou a construção do agro-eco-turismo, onde os produtores rurais são também os empresários do turismo, trazendo para agenda turística e ambiental, o conservadorismo e truculência dificultando qualquer avanço na proteção ambiental. Desta forma, o “eco” fica apenas no marketing e discurso.Downloads
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