A dinâmica de uso da terra em Terras Indígenas e Unidades de Conservação na fronteira de Antônio João-MS e Paraguai

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/rel.v14i27.16382

Palavras-chave:

Fronteira. Povos indígenas. Uso e ocupação das terras. Commodities

Resumo

A faixa de fronteira do estado de Mato Grosso do Sul com Paraguai é marcada, por um lado, por uma dinâmica fluída e porosa no que concerne às relações comerciais entre as localidades e, de outro, pela rigidez e dureza, demonstrada, por exemplo, na apropriação para o uso da terra. A ocupação desta fronteira não é exclusivamente territorial, é sucessivamente temporal, depende dos atores sociais públicos e privados, que a constroem, elaboram e dão condições para existência das dinâmicas que nela se estabelecem. Neste contexto, é possível observar que a expansão espacial econômica, sobretudo para atividade agrícola e de pecuária, atrai capital para a mudança de uso da terra, intensificando a pressão sobre áreas mais vulneráveis, como é o caso das Terras Indígenas (TIs) e Unidades de Conservação (UCs).

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Biografia do Autor

Patricia Silva Ferreira, Universidade Federal da Grande Dourados

Bacharel em Gestão Ambiental pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD/FCBA). Mestreem Geografia - Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal da Grande Dourados(UFGD/PPGG). Doutora em Geografia - Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federalda Grande Dourados (UFGD/PPGG).
Atua como professora e pesquisadora na temática ambientalrelacionada a análise espacial e modelagem ambiental em Sistemas de Informação Geográfica (SIG)

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Publicado

2023-08-16

Como Citar

Ferreira, P. S., & Aparecido da Silva, C. (2023). A dinâmica de uso da terra em Terras Indígenas e Unidades de Conservação na fronteira de Antônio João-MS e Paraguai . ENTRE-LUGAR, 14(27), 132–145. https://doi.org/10.30612/rel.v14i27.16382

Edição

Seção

Seção Temática