Ações políticas e territoriais dos trabalhadores sem-terra no Assentamento Padre Josimo I e II na luta pela terra em Nova Rosalândia-TO

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.5418/ra2023.v19i40.16492

Mots-clés :

Movimento Sem Terra; assentamento; Padre Josimo; reforma agrária; terra

Résumé

O presente artigo busca abordar e analisar o papel do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na organização política dos trabalhos para a condução dos acampamentos e ocupações nas imediações da rodovia 153, em Nova Rosalândia (TO), que resultou na formação do Assentamento Padre Josimo I e II. Os aspectos metodológicos utilizados compreendem revisão bibliográfica sobre o tema em pauta; trabalho de campo com aplicação de questionários às famílias assentadas e, por fim, a análise dos dados coletados. Pela análise,
depreendeu-se que, no Brasil, os trabalhadores e camponeses lutam pelo acesso à terra, como forma de ter um instrumento para manter a sua existência. As políticas de reforma agrária instituídas pelo Estado não atendem às demandas sociais e políticas da população sem-terra, de modo que o MST organiza e politiza a luta pela posse da terra, representando a resistência camponesa. O afastamento do MST após a conquista da terra é aqui entendido como um movimento natural e dialético, entretanto provoca o afastamento da luta pela reforma agrária
em si, o que não é desejável. A continuidade da atuação de quem já se estabeleceu incentiva os que ainda lutam pela conquista da terra. Para tal, as orientações do MST se fazem cruciais.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur

Roberto Souza Santos, Universidade Federal de Tocantins (UFT), Campus Porto Nacional

Professor nos cursos de Graduação e Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Tocantins (UFT), Campus Porto Nacional.

Elizeu Ribeiro Lira, Universidade Federal de Tocantins (UFT), Campus Porto Nacional

Doutor em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP. P. P. SP. (2004). Pós Doutor em Desenvolvimento Territorial pelo IPPUR/UFRJ.( 2016 ) Mestre em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP. P. P. SP (1995). Especialista em Educação Brasileira/ Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Federal de Goiás UFG (1992) Graduado em Geografia pelo Centro Universitário de Brasília (1987) . Coordenador do Mestrado em Geografia da Universidade Federal do Tocantins Campus de Porto Nacional.(2011 a 2014) Coordenador do Núcleo de Estudos Urbanos, Regionais e Agrários - NURBA/ UFT. Diretor e membro do conselho editorial da Revista Produção Acadêmica (ISSN-1809-2756 - ISBN on-line, 2448-2757). Membro da equipe editorial da Revista do Laboratório de Geografia Agrária da USP (ISSN -1808-1150) Atualmente é Professor Associado II no Curso de Geografia da Universidade Federal do Tocantins Campus de Porto Nacional -TO, Professor Permanente do Mestrado em Geografia na UFT campus de Porto Nacional -TO. Músico popular e crítico literário . Possui experiência na área de Geografia humana, com ênfase em Geografia Agrária ,Urbana , Regional e do Território, atuando principalmente nos seguintes temas: a questão agrária, ensino de geografia, movimentos sociais no campo e na cidade, território e territórios indígenas, cidade, produção do espaço urbano,e comunidades tradicionais

Lucinéia Medrado de Souza, Universidade Federal de Tocantins (UFT), Campus Porto Nacional

Graduada em historia e mestre em geografia pela Universidade Federal de Tocantins

Références

BARBOSA, M. V. Assentamento padre Josimo I e II: a posse definitiva da terra e novas realidades. Monografia (Bacharelado em Geografia). Universidade Federal do Tocantins. Porto Nacional, 2009.

BEZERRA, M. S. S. Ecos e silenciamentos na luta do Padre Josimo junto aos movimentos sociais da região do Bico do Papagaio-TO na década de 1980. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, 2013.

BRASIL. Estatuto da Terra. Lei Nº 4.504, de 30 de novembro de 1964.

BRETON, B. L. A morte anunciada de Josimo. 2ª ed. São Paulo: Editora Loyola, 2000.

BRUNO, R.; MEDEIROS, L. S. Percentuais e causas das evasões nos assentamentos rurais. Brasília: INCRA/FAO, 2001, 40 p. (Projeto de Cooperação Técnica Incra/FAO).

CRUZ, F. S. Do essencialismo ao não essencialismo: reflexões sobre a identidade cultural do MST. Revista Lua Nova, São Paulo, n. 80, p. 181-201, maio/ago. 2010.

ENGELMANN, S. I.; GIL, A. D. A questão agrária no Brasil: a política agrária do governo Lula e a relação com o MST. Revista eletrônica do CEMOP, n. 02, 2012.

BRASIL. Lei 4.504, de 30 de novembro de 1964. Dispõe sobre o Estatuto da Terra e dá outras providências. Presidência da República. República Federativa do Brasil. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4504.htm. >. Acesso em: 28 out. 2022.

FARIAS, M. de F. L. Mulheres no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). In: Anais do XXVI Simpósio Nacional de História (ANPUH). São Paulo, julho 2011. Anais. São Paulo, 2011, p. 1-17. Disponível em < http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1308085912_ARQUIVO_MARISA_LOMBA_DE_FARIAS_14.06.2011.pdf >. Acesso em 28 out. 2022.

FERNANDES, B. M, A formação do MST no Brasil. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

IOKOI, Z. M. G. Reforma agrária e movimentos sociais: diferentes alternativas na América Latina. In: OLIVEIRA, A. U.; MARQUES, M. I. M. (Org.) O campo no século XXI: território de vida, de luta e de construção da justiça social. São Paulo: Editora Casa Amarela; Editora Paz e Terra, 2004.

MARTINS, J. de S. A militarização da questão agrária no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1984.

MEDEIROS, A. Movimento dos trabalhadores rurais sem-terra - princípios, características, organização e formas de luta. Revista da Faculdade de Direito, v. 35, n. 2, p. 59-86, 2014.

MIRANDA, R. S. CUNHA, L. H. A estrutura organizacional do MST: lógica política e lógica prática. Caderno CRH, v. 26, n. 68, p. 363-375, 2013.

MIRANDA, Roberto Sousa de; CUNHA, Luis Henrique. A estrutura organizacional do MST: lógica política e lógica prática. Caderno CRH, v. 26, n. 68, p. 363-375, 2013.

RAMOS, G. I; LIRA, E. R. Padre Josimo Tavares e as relações sociais no campo: intersecções, formação política e movimentos sociais de mulheres no estado no Tocantins. Produção Acadêmica, n. 1, 2016.

SANTOS, M. dos. Raízes do MST. Revista Pegada, v. 5, n. 1 e 2, 2004.

SILVA, C. S. D. da. Dimensão política na análise dos impactos socioterritoriais de assentamento rural em Cristalândia-TO. Caminhos de Geografia, v. 14, n. 45, 2013.

SILVA, M. S. A. L. Os acampados da TO-050 e a luta pela terra. In: XXI Encontro Nacional de Geografia Agrária: Uberlândia-MG, 2012. Anais. Uberlândia-MG, 2012. P. 25-43. Disponível em: < http://www.lagea.ig.ufu.br/xx1enga/anais_enga_2012/eixos/1085_1.pdf >. Acesso em 28 de out. 2022.

SILVA, Moisés Pereira da. Padre Josimo Moraes Tavares e a atuação da Comissão Pastoral da Terra (CPT) nos conflitos agrários do Araguaia-Tocantins (1970 – 1986). Dissertação (Mestrado em História). Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás. Goiânia-GO, 2011.

SILVA, R. M. L. da. A dialética do trabalho no MST: a construção da Escola Nacional Florestan Fernandes. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade Federal Fluminense. Niterói, Rio de Janeiro, 2005.

SILVEIRA, S. M. P. da. O sujeito no MST: um estudo de caso. Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades, n. 232, p. 47-60, 2016.

VEIGA, J. E. da. O que é reforma agrária. São Paulo: Ed. Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 6ª ed., 1985.

Téléchargements

Publiée

2024-02-02

Comment citer

Santos, R. S., Ribeiro Lira, E., & Medrado de Souza, L. (2024). Ações políticas e territoriais dos trabalhadores sem-terra no Assentamento Padre Josimo I e II na luta pela terra em Nova Rosalândia-TO. Revista Da ANPEGE, 19(40). https://doi.org/10.5418/ra2023.v19i40.16492