O Programa de Pós-Graduação em Geografia – tratamento da informação espacial da PUC - Minas (PPGG-TIE)

tradição e inovação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5418/ra2023.v19i39.17486

Palavras-chave:

Pós-Graduação, Geografia, Minas Gerais, Pontifícia Universidade Católica

Resumo

O presente estudo faz um balanço da institucionalização da ciência geográfica brasileira e um arrazoado da evolução da pós-graduação em Geografia no Brasil, buscando identificar o papel e as especificidades do Programa de Pós-Graduação em Geografia – Tratamento da Informação Espacial (PPGG-TIE) da PUC-Minas. As influências francesa e norte-americana são destacadas na composição dos primeiros departamentos e centros de pesquisa geográfica brasileiros nos anos 1930 e tiveram importantes rebatimentos no processo formativo do PPGG-TIE da PUC-Minas. Os resultados dessa reflexão apontam para o pioneirismo das peculiaridades do programa, quais sejam: foi o primeiro a ser aprovado fora do universo das IES públicas; teve a primeira turma de doutorado em Geografia do Estado de Minas Gerais; ainda hoje é o único PPG a contar com área de concentração em Análise Espacial; e se posiciona contrariamente às tiranias paradigmáticas, celebrando a diversidade das abordagens geográficas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandre Magno Alves Diniz, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)

 Possui Graduação em Publicidade e Propaganda pela PUCMinas , Mestrado em Geografia - Kansas State University (EUA), Doutorado em Geografia - Arizona State University (EUA) e Pós-Doutorado em Geografia - McGill University (Canadá). Foi pesquisador visitante na Université de Lille (França), Curtin (Austrália) e Texas State University (EUA). Atualmente é professor adjunto IV do Programa de Pós-Graduação em Geografia da PUCMinas. Tem experiência na área de Geografia Humana, atuando principalmente nos seguintes temas: Geografia do Crime e da Violência, Geografia Urbana e Geografia Regional. Coordenou o Programa de Pós-Graduação em Geografia da PUC Minas (2009-2016). Bolsista Produtividade CNPq. Pesquisador Mineiro - FAPEMIG. Membro da comissão de avaliação da Geografia na CAPES (quadriênios 2013-2016 e 2017-2020). Coordenou junto com Jupira Mendonça o núcleo RMBH do Observatório das Metrópoles (2015-2017). Coordenador de Pesquisa da PUC Minas (2020-2022). Diretor do Instituto de Ciências Humanas da PUC Minas. Membro da Câmara de Ciências Sociais Aplicadas (CSA) da FAPEMIG.

 

 

 

Ana Márcia Moreira Alvim, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1995), mestrado em Tratamento da Informação Espacial pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1998) e doutorado em Tratamento da Informação Espacial pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2009). Atualmente é professora adjunta IV da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Professora do Programa de Pós-Graduação em Geografia e da Graduação em Geografia da PUC Minas. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Humana, desenvolvendo pesquisas principalmente na área de Geografia Regional (rede urbana, movimentos migratórios e pendulares), Geografia Urbana(estrutura morfológico funcional e cidades médias), Geografia da Saúde e Geopolítica.

Paulo Fernando Braga Carvalho, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas)

Possui graduação em Matemática pela Universidade Federal de Minas Gerais (1992), especialização em Educação Matemática pela FAFI-BH, mestrado em Geografia-Tratamento da Informação Espacial pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2002), doutorado em Geografia-Tratamento da Informação Espacial pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2009), pós-doutorado em Geografia pela UFMG . Atualmente é professor e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geografia-Tratamento da Informação Espacial da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, da graduação (departamentos de Matemática e de Geografia) e da especialização em Geoprocessamento da mesma instituição. Membro do Núcleo de Inteligência Social (NIS/PUC Minas). Tem experiência e atua nas áreas de Análise Espacial, Métodos Quantitativos, Estatística Espacial e Geografia da Saúde.

 

 

 

Referências

AB’SABER, A. et al. Primórdios da Geografia. Boletim Paulista de Geografia, Campinas, n. 81, p. 9-36, 2005.

AMORIM FILHO, O. B. Entrevista com o professor Oswaldo Bueno Amorim Filho. Geosul, Florianópolis, v. 20, n. 40, 2005. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/geosul/article/view/13240. Acesso em: 9 mar. 2023.

AMORIM FILHO, O. B. A pluralidade da Geografia e a necessidade das abordagens culturais. Caderno de Geografia, Belo Horizonte, v. 16, n. 26, p. 35-58, 2006.

ANDRADE, M. C. A construção da geografia brasileira. Finisterra, Lisboa, v. 34, n. 67/68, 1999.

ANDRADE, M. C. O pensamento geográfico e a realidade brasileira. Boletim Paulista de Geografia, Campinas, n. 54, p. 5-28, 1977.

ARANHA, P. O IBGE e a consolidação da geografia universitária brasileira. Terra Brasilis, [s.l], n. 3, 2014.

BAILEY, T.; GATTREL, A. Spatial Data Analysis by Example. London: Longman, 1995.

BAUZY, F.; RIBEIRO, G. A criação e expansão dos cursos de pós-graduação em Geografia no Brasil: 1971 a 2014. Anais do XV Encontro de Geógrafo da América Latina, Havana, Cuba, 2015.

CÂMARA, G.; MONTEIRO, A. M. V.; MEDEIROS, J. S. de. Fundamentos epistemológicos da ciência da geoinformação. In: CÂMARA, G.; DAVIS, C.; MONTEIRO, A. M. V. (org.). Introdução à ciência da geoinformação. São José dos Campos: INPE, 2001. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd,2001. Acesso em: 19 mar. 2023.

CAMARGO, J. C. G.; REIS JUNIOR, D. F. da C. Considerações a respeito da geografia neopositivista no Brasil. Geografia, Rio Claro, v. 29, n. 3, p. 355-382, 2004.

CARLOS, A. F. A. A geografia brasileira, hoje: algumas reflexões. Terra Livre, São Paulo, n. 18, 2002.

CHRISTOFOLETTI, A. As características da nova geografia. Geografia, Rio Claro, p. 3-33, 1976.

CONTI, J. B. A contribuição da Geografia da Universidade de São Paulo para a construção da Geografia Brasileira. Boletim Paulista de Geografia, Campinas, n. 100, p. 85-95, 2018.

COORDENAÇÃO de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES. Plataforma Sucupira. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/programa/listaPrograma.xhtml. Acesso em: 26 abr. 2023.

CORRÊA, R. L. A trajetória da geografia brasileira: uma breve interpretação. Terra Livre, São Paulo, v. 1, n. 34, 2010.

CORRÊA, R. L.; ROSENDAHL, Z. A geografia cultural no Brasil. Revista da ANPEGE, Goiânia, v. 2, n. 2, p. 97-102, 2005.

COSCIONI, F. J. Ellen Semple – Aspectos biográfico-intelectuais. Terra Brasilis, [s.l], n. 10, 2018.

COSTA, F. R.; ROCHA, M. M. Geografia: conceitos e paradigmas-apontamentos preliminares. Revista Geomae, Campo Mourão, v. 1, n. 2, p. 25-56, 2010.

DINIZ FILHO, L. L. A geografia crítica brasileira: reflexões sobre um debate recente. Geografia, Rio Claro, v. 28, n. 3, p. 307-321, 2003.

DINIZ, J. A. F. A propósito da pós-graduação em Geografia no Brasil. Boletim Goiano de Geografia, Goiânia, n. 15(a), p. 1-15, 1995.

FERREIRA, M. de M. Diário pessoal, autobiografia e fontes orais: a trajetória de Pierre Deffontaines. 1o Simpósio de História do Pensamento Geográfico. Unesp/Rio Claro, p.131-138, 1999.

JOHNSTON, R.; SIDAWAY, J. D. Geography and geographers: Anglo-American human geography since 1945. Abingdon: Routledge, 2015.

KOHLHEPP, G. Hilgard O’Reilly Sternberg, um pioneiro nas pesquisas das questões ambientais no Brasil. Espaço Aberto, Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, p. 7-21, 2017.

LAMEGO, M. Genius loci: duas versões da geografia quantitativa no Brasil. Terra Brasilis, [s.l], n. 5, 2015.

MACHADO, M. S. A implantação da geografia universitária no Rio de Janeiro. GEOgraphia, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, p. 123-140, 2000.

MIGUEL, N. M. D.; CORREIA, M. R. dos S. Os intelectuais no IPHAN e no IBGE na Era Vargas. Anais do V Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura. Salvador: Faculdade de Comunicação/UFBA, v. 27, 2009.

MORAES, A. C. R. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: Annablume, 2009.

MOURA, R. et al. Geografia Crítica: legado histórico ou abordagem recorrente. Revista Bibliográfica de Geografía y Ciencias Sociales, Barcelona, v. 786, 2008.

PAZERA JUNIOR, E. A contribuição francesa e anglo-saxã na formação do pensamento geográfico brasileiro. Boletim de Geografia, Maringá, v. 6, n. 1, p. 33-36, 1988.

PEREIRA, M. R. Presença cultural francesa no Brasil. Travessia, São Paulo, n. 65, p. 89-100, 2009.

ROCHA, S. A. Geografia Humanista: história, conceitos e o uso da paisagem percebida como perspectiva de estudo. Raega, Curitiba, v. 13, 2007.

SANTOS, M. Por uma Geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1978. 236 p.

SAQUET, M. A.; SILVA, S. S. da. Milton Santos: concepções de geografia, espaço e território. Geo UERJ, Rio de Janeiro, v. 2, n. 18, p. 24-42, 2008.

SCHWARTZMAN, S. Pesquisa e Pós-Graduação no Brasil: duas faces da mesma moeda?. Estudos Avançados, São Paulo, v. 36, p. 227-254, 2022.

SUERTEGARAY, D. M. A. Notas sobre Epistemologia da Geografia. Cadernos Geográficos, Florianópolis, n. 12, maio de 2005. Disponível em: efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://cadernosgeograficos.ufsc.br/files/2016/02/Cadernos-Geográficos-UFSC-Nº-12-Notas-sobre-a-Espistemologia-da-Geografia.-Maio-de-2005.pdf. Acesso em: 20 mar. 2023.

SUERTEGARAY, D. M. A. Rumos e rumores da pós-graduação e da pesquisa em Geografia no Brasil. Revista da ANPEGE, Goiânia, v. 3, n. 3, p. 11-19, 2007.

TOBLER, W. R. Automation and cartography. Geographical Review, [s.l], v. 49, n. 4, p. 526-534, 1959.

TOBLER, W. R. A computer movie simulating urban growth in the Detroit region. Economic Geography, [s.l], v. 46 (Supplement), p. 234-240, 1970.

TOBLER, W. R. On the first law of geography: a reply. Annals of the Association of American Geographers, [s.l], v. 94, n. 2, p. 304-310, 2004.

Downloads

Publicado

2023-10-05

Como Citar

Diniz, A. M. A., Alvim, A. M. M., & Carvalho, P. F. B. (2023). O Programa de Pós-Graduação em Geografia – tratamento da informação espacial da PUC - Minas (PPGG-TIE): tradição e inovação. Revista Da ANPEGE, 19(39). https://doi.org/10.5418/ra2023.v19i39.17486

Edição

Seção

Panorama da Pós-Graduação em Geografia no Brasil 2023