Tenebrosas transações
a relação orgânica entre território e acumulação sob o padrão exportador de especialização produtiva no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5418/ra2022.v18i37.16618Palavras-chave:
Território Livre de Mineração, Fronteira Mineral, Padrão de Reprodução do Capital, Especialização produtivaResumo
O setor mineral ganhou centralidade no padrão de reprodução estabelecido no Brasil neste século. Ao fazê-lo, o setor não só incrementou a produção nas regiões tradicionalmente mineradas, como dilatou seu horizonte geográfico de operação pelas novas fronteiras da mineração. O padrão exportador de especialização produtiva alargou o horizonte geográfico de atuação do setor mineral para além das áreas tradicionalmente mineradas. Esta expansão através de novas fronteiras da mineração fez da incorporação exponencial de novos territórios um dos elementos críticos do problema mineral brasileiro. As principais características deste padrão são duas já destacadas no nome atribuído: i) é um padrão marcado pela subordinação ao mercado externo; ii) setores específicos (via de regra ligado a commodities) funcionam como eixo estruturador da reprodução do capital. Tal dispersão geográfica fez eclodir a luta pelos Territórios Livres de Mineração (TLM). Neste texto, procuramos desenvolver uma abordagem materialista dos TLM enquanto estratégia de resistência ao capital mineral.
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