Avaliação biométrica e análise da vitamina C em frutas exóticas comercializadas em supermercados e mercados de Teresina – PI
DOI:
https://doi.org/10.30612/agrarian.v13i50.11240Palavras-chave:
Frutas Exóticas. Biométrica. Vitamina C. Acidez.Resumo
A comercialização de frutas exóticas no Brasil vem expandindo-se bastante nos últimos anos, apresentando produção de aproximadamente 40 milhões de toneladas, mantendo-se atrás, apenas da China e da Índia. Conhecer a variabilidade em termos biométricos das frutas é de grande importância, pois cada fruta possui suas características, ainda que faça parte dos mesmos grupos de espécies. O objetivo deste estudo foi avaliar os aspectos físico-químicos e o perfil biométrico em frutas exóticas comercializadas em mercados e supermercados na cidade de Teresina-PI. Para a análise deste trabalho foram selecionadas e adquiridas 18 amostras de frutas exóticas em mercados e supermercados nas regiões das zonas norte, leste e sul da cidade de Teresina-PI tais como: ameixa, ata, atemoya, bacuri, cajarana, carambola, caqui, jiló, kiwi, morango, pequi, pêssego, pitanga, pitaya, pitomba, sapoti, seriguela e umbu. Com relação ao perfil biométrico, as frutas pitaya, carambola, jiló, bacuri, atemoya e ata, sofreram variações em relação às dimensões de tamanho. Acompanhando a porcentagem de rendimento de polpa in natura, a ameixa apresentou o maior rendimento com 97,87%. Quanto ao teor de vitamina C, a pitanga mostrou-se com o maior valor, apresentando 174,34 mg/100g. Na análise de pH, a seriguela mostrou-se como a fruta mais ácida, com valor de 1,89. Sendo assim, foi possível verificar que, cada fruta exótica, possui sua variedade físico-química e biométrica. Além disso, a perda de vitamina C está atribuída a alguns fatores externos e a quantidade elevada da mesma está relacionada ao elevado estado de maturação da fruta.Downloads
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