Viabilidade técnica e econômica de bioestimulante aplicado em pós-emergência de feijão comum
DOI:
https://doi.org/10.30612/agrarian.v13i50.9753Palavras-chave:
Phaseolus vulgaris. Regulador vegetal. Auxina. Citocinina. Giberelina.Resumo
A intensificação da produção agrícola aumenta a busca por manejos que aumentem a produtividade das culturas, incluindo uso de bioestimulantes vegetais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade técnica e econômica do bioestimulante Stimulate®, aplicado nos estágios V4 ou R5 da cultura do feijão. Dois experimentos foram conduzidos em diferentes épocas (estação das águas e da seca) em Londrina, PR, no ano agrícola de 2016/17. Os tratamentos foram organizados em esquema fatorial (5x2) e consistiram em doses do bioestimulante Stimulate® (0; 500; 1.000; 1.500 e 2.000 mL ha-¹) e estágios fenológicos da cultura no momento da aplicação (V4 e R5). O rendimento de grãos e os componentes de rendimento da cultura foram avaliados e uma análise econômica foi realizada. Na estação das águas, a aplicação do bioestimulante na dose de 500 mL ha-1 apresentou os melhores resultados, resultando em produtividade 226 Kg ha-1 superior ao controle e aumento de rentabilidade em 6,22%. Na estação seca, a maior produtividade também foi alcançada com a aplicação de 500 mL ha-1, proporcionando uma produtividade 39,4% maior que o controle e um aumento de 36,4% na margem de lucro. Não foram observadas diferenças entre os estágios de aplicação para a variável rendimento de grãos. No entanto, para alguns componentes de rendimento, a aplicação em R5 resultou em melhores resultados. A estação das águas foi mais produtiva, com produtividade média de 3.630 kg ha-1, enquanto na estação seca a média foi de 1.360 kg ha-1. O uso do bioestimulante foi técnicamente e economicamente viável quando aplicado na dose de 500 mL ha-1 em ambos estádios do feijão comum (V4 ou R5) e épocas de cultivo (estação das águas e da seca).Downloads
Referências
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