Glicose sanguínea e taxa de excreção de amônia como indicadores da atividade de enzimas exógenas em tilápias do Nilo
DOI:
https://doi.org/10.30612/agrarian.v13i50.8745Palavras-chave:
Blend enzimático. Curva glicêmica. Tilapicultura.Resumo
A curva glicêmica e a taxa de excreção de amônia são métodos utilizados para avaliar a variação da glicose e da excreção do composto nitrogenado amônia em função de alterações na quantidade de carboidratos e proteínas, respectivamente, disponíveis nas rações. No entanto, os relatos são escassos quanto a sua utilização em pesquisas relacionadas ao uso de enzimas exógenas na alimentação de peixes. Mediante o exposto, o objetivo do trabalho foi de avaliar os níveis de glicose sanguínea e a taxa de excreção de amônia como indicadores metabólitos da eficiência da atividade de enzimas exógenas em dietas para tilápias do Nilo. Desta forma, foram realizados dois experimentos onde foram testadas a composição e concentração das enzimas fitase, alfa-amilase e protease. Os tratamentos foram compostos por dieta controle (DC), que posteriormente, foi suplementada com um blend 1 contendo 100ppm fitase + 200ppm protease, um blend 2 composto por 100ppm fitase + 400ppm protease, depois o blend 3 contendo 200ppm fitase + 200ppm protease + 133ppm alfa-amilase, e o blend 4 com 200ppm fitase + 400ppm protease + 200ppm alfa-amilase. O pico da glicemia sanguínea das tilápias do Nilo ocorreu nas primeiras 4 horas pós alimentação das tilápias em todos os tratamentos avaliados. As dietas suplementadas com fitase, protease e alfa-amilase promoveram maiores níveis de glicose sanguínea, enquanto, os picos de excreção de amônia ocorreram às 2h, 4h e 8h pós alimentação, o que pode estar relacionado ao aumento da disponibilidade de proteína pela suplementação das dietas com a protease. As concentrações de glicose sanguínea e a taxa de excreção de amônia podem ser indicadores indiretos da eficiência da atividade de enzimas digestivas em tilápias do Nilo.
Downloads
Referências
BALDISSEROTTO, B. Fisiologia de peixes aplicada à piscicultura. 2 ed. Santa Maria: Editora da UFSM, 2009. 350 p.
BEDFORD, M.R.; PARTRIDGE, G.G. Enzymes in farm animal nutrition. 2. ed. Londres: CAB Internacional, 2011. 330 p.
FURUYA, W.M. Tabelas Brasileiras para a Nutrição de Tilápias. Toledo: GFM. 100p. 2010.
GARCIA, L.D.O., BRAUN, N., BECKER, A.G., LORO, V.L., BALDISSEROTTO, B. Ammonia excretion at different life stages of silver catfish. Acta Scientiarum. Animal Sciences, v. 34, n. 1, p. 15-19, 2012.
GOMES, V.D.S.; SILVA, J.H.V.; JORDÃO FILHO, J.; AMÂNCIO, A.L.L.; COSTA, F.G.P.; SARAIVA, E.P.; CAVALCANTI, C.R. Suplementação enzimática sobre o desempenho e taxa de excreção de amônia em tilápias do Nilo. Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da UNIPAR, Umuarama, v. 22, n. 1, p. 13-20, 2019.
HUANG, Z., LI, Z., XU, A., ZHENG, D., YE, Y., WANG, Z. Effects of exogenous multienzyme complex supplementation in diets on growth performance, digestive enzyme activity and non‐specific immunity of the Japanese seabass, Lateolabrax japonicus. Aquaculture Nutrition, v.26, n. 2, p. 305-315, 2020.
KOROLEFF, F. Determination of nutrients. In: GRASSHOFFK, K. Methods of seawater Analysis. Germany: Verlag Chemie Weinhein. p.117-187, 1976.
LAM, S.S.; AMBAK, M.A.; JUSOH, A.; LAW, A.T. Waste excretion of marble goby (Oxyeleotris marmorata Bleeker) fed with different diets. Aquaculture, v.274, p 49-56, 2008.
MAGRI FILHO, S.; PÁDUA, D.M.C.; ARAÚJO, J.G.; SOUTO, C.N.; ULHOA, C.J.; CYSNEIROS, C.S.S.; NASSAR, R.F.; CUNHA, J.M.S. Digestibilidade aparente de dietas contendo complexo enzimático para o tambaqui (Colossoma macropomum). Agrarian, v. 8, n. 30, p. 423-430, 2015.
MALTEZ, L.C.; STRINGHETTA, G.R.; PINTO, D.S.B.; PELLEGRIN, L.; NITZ, L.F.; FIGUEIREDO, M.R.C.; GARCIA, L.O.; BARBAS, L.A.L. Temperature and feeding on the modulation of ammonia excretion rate of piaussu Leporinus microcephalus. Biota Amazônia, v. 6, n.3, p. 77 – 83, 2016.
MÔRO, G.V. Carboidratos em dietas para o dourado Salminus brasiliensis (CUVIER, 1816). Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. 2013.
MOURA, G.S.; LANNA, E.A.T.; FILER, K.; FALKOSKI, D.L.; DONZELE, J.L.; OLIVEIRA, M.G.A.; REZENDE, S.T. Effects of enzyme complex SSF (solid state fermentation) in pellet diets for Nile tilapia. Revista Brasileira de Zootecnia. v. 41, n. 10, p. 2139-2143, 2012.
NELSON, D.L.; COX, M.M. Princípios de bioquímica de Lehninger. Porto Alegre: Artmed, 2014. 1312 p.
NRC. Nutrient Requeriment of Warm Fishes and Shellfishes. Washington, D.C. Nutrient Requeriment of domestic Animals National Academy of Science – National Research Council, 2011.
NUNES, E.S.S.; CAVERO, A.S.; MANOEL PEREIRA-FILHO, M.; ROUBACH, R. Enzimas digestivas exógenas na alimentação de juvenis de tambaqui. Pesquisa agropecuária brasileira, Brasília, v.41, n.1, p.139-143, jan. 2006.
OLIVEIRA, G.R.; LOGATO, P.V.R.; FREITAS, R.T.F.; RODRIGUES, P.B.; FIALHO, E.T.; DIODATTI, F.C. Digestibilidade de nutrientes em ração com complexo enzimático para tilápia-do-Nilo. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 36, n. 6, p. 1945-1952, 2007.
URBINATI, E.C., CARNEIRO, P.C.F. Práticas de manejo e estresse dos peixes em piscicultura. In: CYRINO, J.E.P.; URBINATI, E.C.; FRACALOSSI, D.M. et al. (Eds.) Tópicos especiais em piscicultura de água doce tropical intensiva. Jaboticabal: Sociedade Brasileira de Aquicultura e Biologia Aquática, 2004. p.171-193.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores autorizam a publicação do texto na da revista;
É reservado aos editores o direito de realizar ajustes textuais e de adequação às normas da publicação;
A Agrarian não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seus autores;
Autores garantem que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outro periódico;
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
- Após a publicação, os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online – em repositórios institucionais, página pessoal, rede social ou demais sites de divulgação científica, desde que a publicação não tenha fins comerciais.