Avaliação da qualidade estrutural do solo em colheita mecanizada (harvester e forwarder) de Eucalyptus grandis
DOI:
https://doi.org/10.30612/agrarian.v13i47.8484Palavras-chave:
Colheita de madeira. Física do solo. Variabilidade Espacial.Resumo
A intensidade de tráfego de máquinas na colheita de madeira é variável ao longo do talhão (área), podendo apresentar efeitos negativos nos parâmetros físicos do solo. Neste contexto, objetivou-se avaliar a qualidade estrutural do solo na trilha de tráfego do harvester e forwarder na colheita de Eucalyptus grandis. O estudo foi realizado no Paraná, em LATOSSOLO VERMELHO Distrófico, franco-argilo-arenoso. Os parâmetros físicos avaliados foram: densidade do solo (DS), porosidade total (PT) e resistência do solo à penetração (RSP), em 0,35 kg kg-1 de umidade gravimétrica. Por meio de transectos com três repetições, os dados foram obtidos nas distâncias 25, 75, 125 e 175 m da trilha de tráfego das máquinas, que correspondeu a uma passada do harvester e, em seguida, por 20, 16, 10 e 6 passadas do forwarder, respectivamente, até a profundidade de 0,60 m do solo. Para comparar os efeitos das distâncias, os valores DS e PT, obtidos apenas na linha dos rodados, foram analisados pelo teste t-múltiplo (α = 0,05), enquanto a RSP, obtida em sete pontos transversais a trilha de tráfego, foi avaliada na seção transversal do solo por análise geoestatística, com o programa GS+. As maiores intensidades de tráfego das máquinas nas distâncias de 25 e 75 m acarretaram em maiores alterações na qualidade estrutural do solo até a profundidade de 0,60 m, ao passo que, nas demais distâncias, as alterações ocorreram até a profundidade de 0,40 m. Tais resultados indicam a necessidade de preparo de solo diferenciado onde há maior intensidade de tráfego.
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