Caldas alternativas e fungicidas no controle da mancha-de-estenfílio do tomateiro
DOI:
https://doi.org/10.30612/agrarian.v12i43.7101Palavras-chave:
Calda bordalesa, Calda viçosa, Mancozebe, Solanum lycopersicum, Stemphylium solani.Resumo
Diante dos relatos de perdas frequentes causadas pela mancha-de-estenfílio (Stemphylium solani) no tomateiro e da necessidade de se buscar estratégias adequadas de controle nos diferentes sistemas de manejo, foi realizado o presente estudo com os objetivos de: 1) avaliar a eficiência de caldas alternativas e fungicidas no controle da doença no tomateiro e; 2) Determinar os seus efeitos sobre o acúmulo de massa seca e produção de frutos. Avaliaram-se em dois experimentos, em casa-de-vegetação e no campo, a eficiência da aplicação das caldas bordalesa, viçosa e sulfocálcica (ambas a 1%), e dos fungicidas mancozebe (750 g kg-1), tebuconazole (200 ml L-1) e oxicloreto de cobre (500 g kg-1) em dois híbridos de tomate: Dominador e Serato. No primeiro ensaio, aferiu-se o progresso da doença e calcularam-se os valores da área abaixo da curva de progresso (AACPD) e, no segundo, determinou-se a AACPD, a produção de frutos e acúmulo de massa seca nas plantas. O híbrido Dominador apresentou, independente das formulações aplicadas, menores valores de AACPD e maior produção de frutos. O mancozebe e as caldas bordalesa e viçosa, seguido de oxicloreto de cobre e tebuconazole, foram eficientes no controle da doença em ambos os ensaios. Apesar do controle da doença, estes produtos não afetaram a produção de frutos e acúmulo de massa seca pelas plantas. Conclui-se que a aplicação de mancozebe e das caldas bordalesa e viçosa é eficiente no controle da doença. Este controle, porém, é inferior ao obtido com o uso do híbrido resistente, Dominador.
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