Tempo de adoção do sistema plantio direto e a relação com atributos do solo

Autores

  • Lineu Alberto Domit Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
  • Ricardo Shigueru Okumura Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Graziela Moraes de Cesare Barbosa Instituto Agronômico do Paraná
  • Leandro Riyuiti Higashibara Universidade Estadual de Londrina
  • Milton Dalbosco Cooperativa Agroindustrial Consolata
  • Daiane de Cinque Mariano Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Thiago Ometto Zorzenoni Universidade Estadual de Londrina
  • Maria de Fátima Guimarães Universidade Estadual de Londrina

Palavras-chave:

resistência mecânica do solo à penetração, manejo do solo, propriedade física do solo

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar alguns atributos do solo em propriedades rurais da região Oeste do Estado do Paraná com 15, 11, 8, 6 e 5 anos de adoção do sistema plantio direto. Foram avaliados os seguintes atributos: resistência mecânica do solo à penetração (RP) na camada de 0 a 0,60 m; densidade do solo nas camadas de 0-0,10, 0,10-0,20 e 0,20-0,30 m; matéria orgânica do solo nas camadas de 0-0,10, 0,10-0,20 e 0,20-0,30 m e a cobertura morta do solo. Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, e para avaliar as possíveis alterações dos atributos do solo procederam-se a análise de componentes principais nas profundidades de 0-0,10; 0,10-0,20 e 0,20-0,30 m. Todas as propriedades agrícolas apresentaram valores de RP na camada de 0-0,20 m considerados indicativos de compactação , embora os valores de densidade do solo tenham confirmado este resultado somente em duas propriedades das cinco avaliadas. Por meio da estatística multivariada constatou-se que as propriedades com adoção do sistema plantio direto em 1992/93, 1995/96 e 1998/99 apresentaram maior efeito da RP na camada de 0,20-0,30 m. O tempo de adoção do sistema de plantio direto influenciou positivamente nos atributos do solo, diminuindo o efeito da resistência mecânica do solo à penetração e densidade do solo nas propriedades com 15 e 11 anos, contudo, existe a necessidade de monitoramento das propriedades com 8 e 5 anos de adoção do plantio direto por apresentarem atributos do solo que caracterizam compactação do solo.

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lineu Alberto Domit, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Paraná (1976) e mestrado em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1989). Atualmente curso o doutorado na Universidade Estadual de Londrina. É pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, atuando na área de transferência de tecnologia. É Coordenador do projeto de transferência de tecnologia que utiliza a metodologia Treino e Visita (T&V) que capacita de forma sistêmica e continua agentes multiplicadores da Assistência Técnica.

Ricardo Shigueru Okumura, Universidade Federal Rural da Amazônia

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual de Londrina (2006), mestrado em Agronomia pela Universidade Estadual de Londrina (2009) e doutorado em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá (2012). Atualmente, é Professor Adjunto I da Universidade Federal Rural da Amazônia.

Graziela Moraes de Cesare Barbosa, Instituto Agronômico do Paraná

Possui graduação em Engenharia Agrícola pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE (1986), mestrado em Agronomia pela Universidade Estadual de Londrina (2000) e doutorado em Agronomia pela Universidade Estadual de Londrina (2005). Atualmente é pesquisadora e coordenada da área de solos do Instituto Agronômico do Paraná. Docente da disciplina de Manejo e Conservação do Solo no curso de mestrado em Agricultura Conservacionista no Instituto Agronômico do Paraná. Área de concentração em física de solos, atuando principalmente nos seguintes temas: manejo e conservação de solo, biossólidos, compactação, resíduos agroindustriais.

Leandro Riyuiti Higashibara, Universidade Estadual de Londrina

Graduado em Agronomia pela Universidade Estadual de Londrina no ano de 2007, atuando principalmente nos seguintes temas: Semeadura Direta, Conservação de Solos. Mestrado na área de Tecnologia de Aplicação de Produtos Fitossanitários no ano de 2009, trabalhando com Pulverizador de Barras e Turbo-atomizador, em programa da Pós-Graduação da Universidade Estadual de Londrina.

Milton Dalbosco, Cooperativa Agroindustrial Consolata

Possui graduação em Filosofia pela Universidade de Passo Fundo(1987) e graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade de Passo Fundo(2004). Tem experiência na área de Agronomia.

Daiane de Cinque Mariano, Universidade Federal Rural da Amazônia

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2006). Mestrado em Agronomia pela Programa de Pós-Graduação em Agronomia - UEM (2009) e Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Agronomia - UEM (2013). Professor assistente da UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO no período de 02/2012 a 12/2012, no curso de Agronomia do campus de Tangará da Serra.Tem experiência na área de Agronomia, Engenharia Agrícola e Ambiental com ênfase na aplicação de águas residuárias e Engenharia de Água e Solo.

Thiago Ometto Zorzenoni, Universidade Estadual de Londrina

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual de Londrina (2006), especialização em Investimento, Planejamento e Gestão no Complexo Agroindustrial Sucroalcooleiro pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (2010). Atualmente é Engenheiro de Vendas na DEDINI S/A Indústrias de Base. Possui experiência no desenvolvimento de projetos e produção de biodiesel.

Maria de Fátima Guimarães, Universidade Estadual de Londrina

Graduação em Ciências Agronômicas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1978), mestrado (1984) e doutorado (1988) em Solos e Nutrição de Plantas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo. Atualmente é Professor Associado C da Universidade Estadual de Londrina. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Manejo e Conservação do Solo, atuando principalmente nos seguintes temas: manejo sustentável do solo, perfil cultural, plantio direto e física do solo.

Downloads

Publicado

2014-07-04

Como Citar

Domit, L. A., Okumura, R. S., Barbosa, G. M. de C., Higashibara, L. R., Dalbosco, M., Mariano, D. de C., … Guimarães, M. de F. (2014). Tempo de adoção do sistema plantio direto e a relação com atributos do solo. Agrarian, 7(26), 560–569. Recuperado de https://ojs.ufgd.edu.br/agrarian/article/view/2743

Edição

v. 7 n. 26 (2014)

Seção

Artigo - Ciência do Solo

Licença

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

  • Autores autorizam a publicação do texto na da revista;

  • É reservado aos editores o direito de realizar ajustes textuais e de adequação às normas da publicação;

  • A Agrarian não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seus autores;

  • Autores garantem que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outro periódico;

  • Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:

  1. Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
  2. NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
  3. CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
  4. Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
  • Após a publicação, os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online – em repositórios institucionais, página pessoal, rede social ou demais sites de divulgação científica, desde que a publicação não tenha fins comerciais.