Predação e desenvolvimento de Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera, Chrysopidae) alimentado com ácaro rajado Tetranychus urticae (Koch, 1836) (Acari: Tetranychidae) oriundos de feijoeiro
Palavras-chave:
Ácaros fitófagos, controle biológico, inimigo natural, Phaseolus vulgarisResumo
O objetivo do trabalho foi avaliar a capacidade predatória e o desenvolvimento da fase larval de Chrysoperla externa tendo como presa o ácaro rajado advindo de plantas de feijoeiro. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 2 tratamentos (Tetranychus urticae e Anagasta kuehniella) com 30 repetições (larvas). Para o ensaio da capacidade predatória, as larvas foram individualizadas em placas de Petri, onde foram adicionados discos foliares da planta hospedeira infestados pela praga, contendo 30, 60 e 100 ácaros, respectivamente, para larvas de 1º, 2º e 3º ínstares de crisopídeo. Na avaliação do desenvolvimento do crisopídeo, foram adicionados discos foliares da planta hospedeira infestadas por ácaro rajado, contendo indivíduos sempre superiores à quantidade do consumo do predador. Também foi realizado o ensaio oferecendo ovos de A. kuehniella, como presa padrão. Larvas de 1º, 2º e 3º ínstar de crisopídeo consumiram em 24 horas quantidade inferior de indivíduos de ácaro rajado em relação aos ovos de A. kuehniella. A duração larval de 1º, 2º e 3º ínstar foi de 4,30; 4,33 e 9,69 dias, quando alimentadas com ácaro rajado e 3,11; 3,04 e 3,28 dias quando ofertadas ovos de A. kuehniella. Os menores índices de viabilidade foram obtidos pelas larvas de 2º e 3º ínstar de crisopídeo quando alimentadas com ácaro rajado (53% e 0%, respectivamente). O ácaro rajado alimentado de feijoeiro não é uma presa adequada para o desenvolvimento dos ínstares de C. externa já que inviabiliza o empupamento e influencia na capacidade predatória.
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