De "comunidade" para "sociedade": memória social e luta por autonomia nos 50 anos da Revolta dos Colonos no Sudoeste do Paraná
Keywords:
Movimentos sociais do campo, Memória social, Tradição, Desenvolvimento sustentávelAbstract
O presente artigo faz uma análise da Revolta dos Colonos, ocorrida no Sudoeste do Paraná em 1957, relacionando o fato histórico com a posterior consolidação de movimentos camponeses e estruturas de representação política na região. O artigo destaca o papel da memória social e da tradição em processos de mudanças de sociedades camponesas. A análise da Revolta e de seus desdobramentos quer mostrar como a memória social permite a identidade camponesa de se recriar no tempo e espaço, possibilitando formular um projeto de desenvolvimento de relativa autonomia dentro das complexas relações do capitalismo globalizado.Downloads
References
ASSESOAR. História e memória – 1957 a 2007. Revista Cambota, Francisco Beltrão, v. 259, ano XXXIII, 2007.
ASSMANN, Jan. Das kulturelle Gedächtnis: Schrift, Erinnerung und politische Identität in frühen Hochkulturen. 3. Aufl., München, Beck Verlag, 2000.
ABRAMOVAY, Ricardo. Transformações na vida camponesa: o sudoeste paranaense. 1981. Tese (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo.
ABRAMOVAY, Ricardo. A agricultura familiar entre setor e o território. São Paulo, 2005. Disponível em: http://www.econ.fea.usp.br/abramovay/outros_trabalhos/2005/. Acesso em: jun. 2006.
ANDRADE, Manuel C. A. A questão do território no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1995.
BATTISTI, Elir. As disputas pela terra no sudoeste do Paraná: os conflitos fundiários dos anos 50 e 80 do século XX. In: CAMPO-TERRITÓRIO – Revista de Geografia Agrária, v. 1, n. 2, p. 65-91, ago. 2006.
BECK, Ulrich et al. Reflexive modernisierung: eine Kontroverse. Frankfurt/M.: Suhrkamp, 1996.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas lingüísticas: o que falar quer dizer. São Paulo: EDUSP, 1996.
BONETTI, Lindomar W. A exclusão social dos caboclos do sudoeste do Paraná. Francisco Beltrão: ASSESOAR, 1997. (Manuscrito não publicado).
CARVALHO, Horácio M. (Org.). O campesinato no século XXI: possibilidades e condicionantes do desenvolvimento do campesinato no Brasil. Curitiba, 2004. mimeo.
FERES, João B. Propriedade da terra: opressão e miséria: o meio rural na história social do Brasil. Amsterdam: CEDLA, 1990.
GIDDENS, Anthony. As consequências da Modernidade. 3.ed. São Paulo: Unesp, 1991.
GIDDENS, Anthony. Die Konstitution der Gesellschaft. Grundzüge einer Theorie der Strukturierung. 3. ed. Frankfurt/M.: Campus Verlag, 1997.
GRAZIANO DA SILVA, José. A modernização dolorosa: Estrutura agrária, fronteira agrícola e trabalhadores rurais no Brasil. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981.
GOMES, Iria Zanoni. 1957. A revolta dos posseiros. São Paulo: Criar, 1986.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2004.
LAGRAVE, Rose-Marier. Le village romane. Le Paradou: Editions Actes Sud, 1980.
LAZIER, Hermógenes. Análise histórica da posse de terra no Sudoeste Paranaense. 3. ed. Francisco Beltrão: Grafit, 1998.
LEFEBVRE, Henri. Kritik des Alltagslebens: Grundrisse einer Soziologie der Alltäglichkeit. Frankfurt/M.: Fischer Taschenbuch-Verlag, 1987.
MARSCHNER, Walter R. Die Kämpfe um MutterErde. Eine empirisch-qualitative Untersuchung über soziale Konflikte landloser Campesinos in Südbrasilien unter besonderer Berücksichtigung raum- und Handlungssoziologischer Kategorien. Disponível em: http://www.sub.uni-hamburg.de/opus/volltexte/2005/2606/. Acesso em: jun. 2007.
MARTINS, José de Souza. Os camponeses e a política no Brasil: as lutas sociais no campo e seu lugar no processo político. Petrópolis: Vozes, 1981.
MARTINS, José de Souza. A sociabilidade do homem simples: cotidiano e história na modernidade anômala. São Paulo: Hucitec, 2000.
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO. Referências para uma estratégia de desenvolvimento rural sustentável no Brasil. Brasília: Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável/NEAD, 2005.
MOSCOVICI, Serge. The phenomenon of social representations. In: FARR, Robert und; MOSCOVICI, Serge. Social Representations. Cambridge: Cambridge University Press, 1984.
MUSUMECI, Leonarda. O mito da terra liberta. São Paulo: Vértice/ANPOCS, 1988.
PUTNAM, R. Comunidade e democracia; a experiência da Itália Moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996.
SCHNEIDER, Sergio. Da Crise da sociologia rural à emergência da sociologia da agricultura: reflexões a partir da sociologia norte-americana. In: Cadernos de Ciência e Tecnologia, Brasilia: UNB, Bd. 14, n. 2, 225f, 1997.
TÖNNIES, Ferdinand. Gemeinschaft und Gesellschaft: Grundbegriffe der reinen Soziologie. 3. ed. Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1991.
VILELLA, Sergio L. Globalização e emergência de múltiplas ruralidades: reprodução social de agricultores via produtos para nichos de mercado. 1999. Tese (Doutorado) – Unicamp, Campinas.
WACHOWICZ, Ruy C. Paraná, Sudoeste: ocupação e colonização. 2. Aufl. Curitiba: Vicentina, 1987.
WANDERLEY, Maria N. B. Raízes históricas do campesinato brasileiro. In: CARVALHO, Horácio Martins de (Org.). Campesinato no Século XXI. Petrópolis: Vozes, 2005.
WAIBEL, Leo. Leo Waibel als Forscher und Planer in Brasilien: vier Beiträge aus der Forschungstätigkeit 1947 - 1950. Stuttgart: Steiner, 1984.
WOORTMANN, Klaas. “Com parente não se neguceia”: O campesinato como ordem moral. In.: Anuário Antropológico, Rio de Janeiro, n. 87, 1990.
WOORTMANN, Ellen F.; WOORTMANN, Klaas. O trabalho da terra: a lógica e a simbólica da lavoura camponesa. Brasília: UnB, 1997.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autoras e autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autoras e autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autoras e autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online, como em repositórios institucionais ou em páginas pessoais, a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).