Integração contemporânea da América Latina: teoria e prática
Palavras-chave:
Integração. América Latina. Teoria. Prática.Resumo
O objetivo deste artigo é examinar duas teorias que, no começo da década de 1990, trataram, de forma divergente, da questão da integração latino-americana: a teoria do regionalismo aberto da CEPAL e a teoria da dependência na versão de Ruy Mauro Marini. Abordam-se, ao mesmo tempo, à luz dessas teorias, experiências recentes de integração na região. O texto se divide em duas seções. Na primeira, apresenta-se a formulação cepalina da década de 1990, quando, numa adesão ao neoliberalismo predominante na época, propõe o “regionalismo aberto”, que visaria aumentar a competitividade internacional por meio da abertura comercial. Na segunda, expõe-se a teoria integracionista que, baseada na teoria marxista da dependência, foi formulada por Marini na mesma época. Nessa versão, de um lado, a dependência externa impede o processo de integração regional e, por outro, a integração avança nos momentos em que se debilitam os laços da dependência. Em ambos os casos, examina-se a relação entre as teorias e as tentativas de integração da época.Downloads
Referências
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