Cooperação Sul-Sul e desenvolvimento integrado como diretrizes da política externa brasileira: uma análise do plano de ação conjunta Brasil-China

Resumo

No ano de 2009, em uma visita do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, foi apresentado pelo então presidente brasileiro e o presidente da República Popular da China, Hu Jintao, o Plano de Ação Conjunta entre o governo da República Federativa do Brasil e o governo da República Popular da China, 2010-2014. Trata-se de um plano ambicioso, denso e amplo, que parte do macro para o micro, buscando fundamentar e organizar a relação entre Brasil e China no cenário internacional, focado na cooperação entre as nações e na coordenação de suas ações em temas de interesse mútuo em âmbito local, regional e global. O texto do Plano de Ação Conjunta segue as diretrizes de política externa brasileira, contudo, privilegia a relação bilateral entre Brasil e China, dentro de um cenário global político e econômico incerto. O artigo ora apresentado tem como objetivo visualizar, à luz do texto do Plano de Ação Conjunta, estratégias e ações direcionadas à cooperação entre as nações que tem como núcleo o desenvolvimento mútuo. O plano segue, na sua concepção uma proposta de cooperação Sul-Sul, de modo bilateral, onde o desenvolvimento é resultado da integração das ações políticas e econômicas das nações ordenadas de forma estratégicas.