Madruga: Empresário ou vagabundo? Um tatuador ambulante na Belle-Époque carioca

Autores

  • Fernando Lucas Garcia de Souza Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

DOI:

https://doi.org/10.30612/rehr.v13i26.9165

Palavras-chave:

Tatuagem. História. Rio de Janeiro. República Velha.

Resumo

O presente artigo analisará a crônica “Os tatuadores”, presente na obra “A alma encantadora das ruas”, de João do Rio, na qual o escritor carioca descreve o mercado ambulante de tatuagens que ocorre na região portuária da cidade. O autor retrata um Rio de Janeiro diferente daquele propagandeado pelos defensores da política de modernização de Pereira Passos, revelando uma cidade na qual um sem-número de sujeitos pobres procurava sobreviver, por vezes atuando em subprofissões ou atividades desprestigiadas. Entre essas atividades estava a de tatuador ambulante. É a partir da narrativa de João do Rio sobre Madruga, uma espécie de empresário de um mercado da marcação corporal, que procuraremos analisar o espaço ocupado por esses sujeitos na sociedade carioca da Belle-Époque.

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Biografia do Autor

Fernando Lucas Garcia de Souza, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Doutorando em História pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Mestre em História pela mesma instituição (2018). Graduado em História - Licenciatura pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS / CPTL (2016).

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Publicado

11-12-2019

Como Citar

Souza, F. L. G. de. (2019). Madruga: Empresário ou vagabundo? Um tatuador ambulante na Belle-Époque carioca. Revista Eletrônica História Em Reflexão, 13(26), 42–62. https://doi.org/10.30612/rehr.v13i26.9165