“E o nosso sangue, ecoa e grita: PERIFERIA!”. Poesia marginal, lugar e territorialização.

Autores

  • Nilson Almino de Freitas Professor da área de Antropologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA/Sobral-CE Coordenador do Laboratório das Memórias e das Práticas Cotidianas - LABOME Coordenador do Programa de extensão Visualidades Professor do Mestrado Acadêmico em Geografia da UVA - MAG Pesquisador Associado do Pós-doutorado em Estudos Culturais do Programa Avançado de Cultura Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro. https://orcid.org/0000-0003-0324-3131
  • Vicente de Paulo Sousa Laboratório das Memórias e das Práticas Cotidianas - LABOME, da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, Sobral/CE https://orcid.org/0000-0001-7521-6576

DOI:

https://doi.org/10.5418/RA2019.1528.0003

Palavras-chave:

cena poética, Periferia, Território, Geografia cultural

Resumo


O artigo tem como objetivo abordar a periferia enquanto espaço geográfico tendo como fonte a cena poética criada pelo Slam da Quentura e Batalha do TN. Ambos movimentos são realizados sob a vertente da cultura de rua. Apoiados em literatura a discussão sobre literatura menor ajudou a entender algumas circunstâncias versadas sobre a periferia por poetas e rappers. A reflexão teórica adotada teve contribuições da História Oral, da geografia cultural, da antropologia visual e ajuda do método da videografia, com inserção efetiva no campo pautada nos moldes da pesquisa etnográfica, acompanhada com técnicas da linguagem do documentário. A cena poética e o recitar, desmistificam a periferia enquanto espaço somente de ocorrências negativas, como é constante aparecer nos meios midiáticos. Os versos revelam experiências positivas e resistências o que investem em desterritorializações, territorializações e reterritorializações expressas por esses agentes que versam sobre seus territórios específicos, chamados de periferia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nilson Almino de Freitas, Professor da área de Antropologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA/Sobral-CE Coordenador do Laboratório das Memórias e das Práticas Cotidianas - LABOME Coordenador do Programa de extensão Visualidades Professor do Mestrado Acadêmico em Geografia da UVA - MAG Pesquisador Associado do Pós-doutorado em Estudos Culturais do Programa Avançado de Cultura Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Professor da área de Antropologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA/Sobral-CECoordenador do Laboratório das Memórias e das Práticas Cotidianas - LABOMECoordenador do Programa de extensão VisualidadesProfessor do Mestrado Acadêmico em Geografia da UVA - MAGPesquisador Associado do Pós-doutorado em Estudos Culturais do Programa Avançado de Cultura Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Vicente de Paulo Sousa, Laboratório das Memórias e das Práticas Cotidianas - LABOME, da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, Sobral/CE


MESTRE em Geografia, pelo Programa de Mestrado Acadêmico em Geografia-MAG, da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA. Possui ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES SOCIAIS no ano de 2011 pela UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ-UVA. Graduação LICENCIATURA em CIÊNCIAS SOCIAIS no ano de 2009 pela UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ-UVA. Graduação BACHARELADO em CIÊNCIAS SOCIAIS no ano de 2011 pela UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ-UVA. Sociólogo/Registro: 0000397/CE. Interesse nas linhas de pesquisa: Processos Conflitivos da Vida Social, de modo específico, os temas que se debruçam em discutir sobre Sociologias da Violência e Juventudes; Preconceitos, Segregação e Estigma Social, sobretudo quando envolvem tentativas de anulação de gênero, classe social e indiferença socioespacial; Dinâmica Campo e Cidade, com foco nos estudos sobre Espaço e Território; Na geografia cultural, estudo as dinâmicas espaciais com foco em narrativas poéticas que tratam de dar notoriedade ao gueto, periferia, bairro e lugar; Processos de Trabalho, Estado e Transformações Capitalistas, em especial, nas questões sobre o Terceiro Setor, Sociedade Civil e Cidadania, com ênfase no Voluntariado e a Filantropia no contexto das sociedades contemporâneas; Sociologia da Educação, priorizando as questões temáticas usualmente abordadas no debate sobre Educação (Tecnicista) e Neoliberalismo. Pesquisador vinculado ao Laboratório das Memórias e das Práticas Cotidianas-LABOME, da UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ-UVA. Colaborador do site Agência de Notícias das Favelas

Referências

ALBERTI, V. Histórias dentro da História. In: PINSKY, C. B. Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2005.

BACHELARD, G. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

BARCELLOS, F. R. Espaço, lugar e literatura: o olhar geográfico machadiano sobre a cidade do Rio de Janeiro. Espaço e Cultura, UERJ, Rio de Janeiro, n.25, p. 41-52, jan./jun. 2009.

BOURDIEU, Pierre. “A ilusão biográfica”. in.: Amado, Janaína & Ferreira, Marieta de Morais (org.). Usos & Abusos da história oral. 3ed., Rio de Janeiro, Editora FGV, 2000.

CORRÊA, R. L. A periferia urbana. Geosul, Florianópolis, SC, v. 1, n. 2, p. 70-78, 2º semestre de 1986.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Kafka: por uma literatura menor. 1. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017.

DELEUZE, Gilles. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. v. 4. São Paulo: ed. 34, 1997.

FREITAS, N. A. de. Pesquisa Social: dilemas da “arte” de produzir o conhecimento científico. Impresso, 2006.

FUINI, L. L. Território, territorialização e territorialidade: o uso da música para a compreensão de conceitos geográficos. Terr@Plural, Ponta Grossa, v.8, n.1, p.225-249, jan./jun. 2014.

GOMES JÚNIOR, G. H.; COSTA, M. H. B. e V. da. Intertextualidade na paisagem: a cidade fílmica de Recife em Febre do Rato. GEOgraphia, Niterói, vol. 20, n. 44, set./dez., 2018.

HAESBAERT, R. Território, poesia e identidade. Espaço e Cultura, n. 3, p. 20-32, janeiro de 1997.

______. Da desterritorialização à multiterritorialização. Boletim Gaúcho de Geografia, Porto Alegre, v. 29, n. 1, p. 11-24, jan./2003.

HAESBAERT, R.; BRUCE. G. A desterritorialização na obra de Deleuze e Guattari. GEOgraphia – Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFF, Niterói, vol. 4, n. 7, p-01-15, 2002.

INÁCIO, E. da C. Sobre poesia e rap, rappers e poetas. Via Atlântica, n. 15, jun./2009.

LOZANO, J. E. A. Prática e estilo de pesquisa na história oral contemporânea. Cap. 2. In: FERREIRA, M. de M.; AMADO, J. Usos e abusos da história oral. 5ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002.

MACHADO, Carla. Pânico moral: para uma revisão do conceito. Interacções, n. 7, p. 60-80, 2004.

MALINOWSKI, B. Argonautas do Pacífico Ocidental: um relato do empreendimento e da aventura dos arquipélagos da Nova Guiné Melanésia. 2ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

OLANDA, D. A. M.; ALMEIDA, M. G. de. A geografia e a literatura: uma reflexão. Geosul, Florianópolis, v. 23, n.46, p. 7-32, jul./dez 2008.

PADOVANI, Natália Corazza. É Possível Fazer Ciências Sociais sem uma Análise Crítica das Categorias de Diferenciação? Uma Proposição Feminista. Cadernos de Estudos Sociais e Políticos. IESP/UERJ v.07, n.12, 2017.

SACK, R. D. Territorialidade humana: sua teoria e história. Cambridge: Cambridge University Press, 1986.

SIMMEL, G. Questões fundamentais da Sociologia: indivíduo e sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.

STRAW, Will. “Systems of articulation, logics of change: scenes and communities in popular music”. Cultural Studies 05 (03): 361–375, 1991.

SOUZA, G. E. R. de. Geografia, literatura e subjetividade: uma leitura sobre a cidade a partir do poema “Goiânia” de Léo Lynce. In: SUZUKI, J. C.; SILVA, A. C. Estética, poética e narrativa: entre fluidez e permanência nas artes. Porto Alegre: Imprensa Livre, 2016.

SUZUKI, J. C.; SILVA, A. C. Estética, poética e narrativa: entre fluidez e permanência nas artes. Porto Alegre: Imprensa Livre, 2016.

TUAN, Y. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: DIFEL, Difusão Editorial S/A, 1980.

______. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: DIFEL, 1983.

VAILATI, A. O documentário social. In: VAILATI, A.; GODIO, M.; RIAL, C. Antropologia visual na prática. 1. ed. Desterro/Florianópolis; Cultura e Barbárie, 2016.

Downloads

Publicado

2020-05-04

Como Citar

Freitas, N. A. de, & Sousa, V. de P. (2020). “E o nosso sangue, ecoa e grita: PERIFERIA!”. Poesia marginal, lugar e territorialização. Revista Da ANPEGE, 15(28), 54–83. https://doi.org/10.5418/RA2019.1528.0003