Análise pluviométrica do Maciço do Pereiro/CE, Nordeste do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55761/abclima.v36i21.19150

Palavras-chave:

precipitação. Orografia. Semiárido. Nordeste.

Resumo

O Nordeste brasileiro possui regime variável de precipitação pluviométrica, condicionado por diferentes fatores climáticos. Assim, faz-se necessário compreender as características pluviométricas, tanto em escala regional quanto local, para auxiliar no ordenamento territorial. Dito isto, o presente trabalho analisou a variabilidade espacial das precipitações pluviométricas no Maciço do Pereiro/CE, entre os anos de 1980 e 2021. Para tanto, foram observados os dados diários e mensais de volume de precipitação de chuva dos municípios onde está situado o maciço e de municípios circundantes à sua área. Obteve-se a análise das precipitações de chuvas anuais, discussão da média pluviométrica histórica dos postos pluviométricos e espacialização da variação da pluviometria do Maciço do Pereiro/CE, fazendo associações de causas de ordens geográficas das precipitações e sua espacialização. No contexto analisado, infere-se que os fatores orográficos têm papel de destaque na distribuição da pluviosidade média anual. Conclui-se que o presente estudo favorece o conhecimento climático na dimensão local e espera-se que incentive o desenvolvimento de pesquisas mais específicas e robustas que abarquem a completude do maciço, e que possa orientar discussões salubres ao ordenamento territorial da área.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Diego Souza Albuquerque, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Doutorando em Geografia (PPGG/UFPB); possui mestrado em Planejamento e Dinâmicas Territoriais do Semiárido (PLANDITES/UERN, 2020) ; e Especialização em Educação Ambiental e Geografia do Semiárido (IFRN, 2021); é Graduado, modalidade Licenciatura, em Geografia (UERN, 2018). Participou do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID. É membro do Núcleo de Estudos Geoambientais e Cartográficos (NEGECART) e do Grupo de Estudos Análise Geoambiental e Estudos Integrados da Paisagem (GEAGEIP). Tem experiência na área de Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: Análise Ambiental Integrada, Uso e Ocupação da terra, Ambiente e Ordenamento Territorial e Ensino de Geografia. 

Andreza Tacyana Felix Carvalho, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Professora Adjunta do Departamento de Geografia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - Campus Avançado Pau dos Ferros (UERN-CAPF), e da Pós-graduação em Geografia (PPGeo) da UERN. Bacharel em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2008), Mestre (2013) e Doutora (2018) em Engenharia Civil na área de Recursos Hídricos e Tecnologia Ambiental pela UFPE. Atuou como Técnica em Saneamento Ambiental e Chefe do Setor de Monitoramento de Recursos Hídricos da Agência Estadual de Meio Ambiente - CPRH do estado de Pernambuco e Professora Tutora do curso de Licenciatura em Geografia do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE). Atualmente é membro do Núcleo de Estudos Geoambientais e Cartográficos (Negecart) e do Grupo de Pesquisa Espaço, Ensino e Geografia(Gepeeg), ambos da UERN e do Grupo de Recursos Hídricos (GRH) da UFPE, e possui estudos nas áreas de: (i) Hidrogeografia com ênfase em sistemas fluviais e eventos extremos de chuvas; (ii) Avaliação de Impacto hidroambiental e Saneamento ambiental (iii) Ensino de Geografia Física.

Dirce Maria Antunes Suertegaray, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Professora Emérita da UFRGS (2021).Possui Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal de Santa Maria (1972), mestrado em Geografia (Geografia Física) pela Universidade de São Paulo (1981) e doutorado em Geografia (Geografia Física) pela Universidade de São Paulo (1988). Foi professora na FIDENE, atual Unijui, entre 1973 e 1982 e na UFSM entre 1978 e 1985 . Professora titular na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atua no campo da de Geografia, com ênfase nos estudos da natureza. As temáticas na qual centra sua pesquisa são relativas aos estudo de: desertificação/ arenização, ambiente e cidade, ensino de geografia e Epistemologia da Geografia. Coordena o grupo de pesquisa Arenização/desertificação: questões ambientais CNPq. Presidente da AGB biênio 2000-2002. Coordenadora da área de Geografia CAPES 2005-2007. Professora convidada da UFRGS atua no curso e Pós-graduação em Geografia dessa instituição. Presidente da ANPEGE biênio 2016 -2017.Professora Visitante na UFPB- Departamento de Geociências- Programa de Pós Graduação em Geografia 2018-2020. Participa do corpo docente do PPGG -UFPB

Rafael Albuquerque Xavier, Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001), mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004), doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2011) e pós-doutorado em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba (2020). Atualmente é professor doutor-associado da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e Coordenador do Grupo de Estudos Geomorfológicos e Hidroecológicos de Ambientes Tropicais (GEGHAT-UEPB). Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da UEPB e professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPB. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geomorfologia, atuando principalmente nos seguintes temas: processos geomorfológicos e evolução da paisagem. Atualmente é conselheiro da União da Geomorfologia Brasileira (UGB). 

Francisco Madson de Queiroz, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Possui graduação em Gestão Pública pela Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte (2022) e graduação em Tecnologia em Eletromecânica pelo Instituto Centro de Ensino Tecnológico (2007). Cursou Especialização em Administração Pública pela Faculdade Única de Ipatinga/MG (2018) e Especialização em Gestão Pública pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (2024). Cursou Técnico em Administração pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (2015). Atualmente é técnico administrativo nível médio da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Administração Pública. Cursa Mestrado Profissional em Administração Pública em Rede Nacional (PROFIAP) na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

Referências

ALBUQUERQUE, D. S. Uso e ocupação das áreas de nascentes do alto curso da sub-bacia hidrográfica do Rio Figueiredo, Ceará, Brasil: elementos ao ordenamento territorial de áreas semiáridas. 2020. Dissertação (Mestrado em Planejamento e Dinâmicas Territoriais no Semiárido) – Departamento de Economia, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Pau dos Ferros, RN, 2020.

ANJOS. R. S.; WANDERLEY, L. S. A.; NÓBREGA, R. S. Análise espacial da precipitação e possíveis fatores que contribuem para sua espacialização em Recife-PE. Revista Brasileira de Geografia Física, Recife, v. 13, n. 1, p. 18-34, 2020. DOI: https://doi.org/10.26848/rbgf.v13.1.p018-034.

BRITO, É. G.; SILVA, M. V. C.; CRISPIM, A. B. Climatologia. Fortaleza: EdUECE, 2015.

CORTEZ, H. S.; LIMA, G. P.; SAKAMOTO, M. S. A seca 2010-2016 e as medidas do Estado do Ceará para mitigar seus efeitos. Parc. Estrat., Brasília, DF, v. 22, n. 44, p. 83-118, Jan./Jun. 2017.

DINIZ, T. M., M.; PEREIRA, V. H. C. Climatologia do estado do Rio Grande do Norte, Brasil: sistemas atmosféricos atuantes e mapeamento de tipos de clima. Boletim Goiano de Geografia, Goiânia, GO, v. 35, n. 3, p. 488-506, 2015. DOI: https://doi.org/10.5216/bgg.v35i3.38839.

FERREIRA, A. G.; MELLO, N. G. S. Principais sistemas atmosféricos atuantes sobre a região Nordeste do Brasil e a influência dos oceanos pacífico e atlântico no clima da região. Revista Brasileira de Climatologia, Curitiba, PR, v. 1, n. 1, 2005.

FUNDAÇÃO CEARENSE DE METEOROLOGIA E RECURSOS HÍDRICOS – FUNCEME. Sistemas meteorológicos causadores de chuva na região Nordeste do Brasil. Fortaleza: FUNCEME, 2014.

HIERA, M. D.; LIMA JÚNIOR, A. F.; ZANELLA, M. E. Tendência da precipitação no estado do Ceará. Revista Brasileira de Climatologia, Curitiba, PR, n. 15, v. 24, Jan./Jun. 2019. DOI: https://doi.org/10.5380/abclima.v24i0.54207.

INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ – IPECE. Mapa de tipos climáticas do estado do Ceará. Fortaleza: IPECE, 2007.

LOPES, D.; BASTOS, F. H.; CORDEIRO, A. M.; MAIA, R. P. Geomorfologia granítica do Maciço de Uruburetama, Ceará, Brasil. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 20, n. 2, 2019. DOI: https://doi.org/10.20502/rbg.v20i2.1401.

MACIEL, A. S.; BARCELOS, B. F.; OLIVEIRA, L. A. A análise da influência da altitude na temperatura e na precipitação da mesorregião Norte de Minas – Minas Gerais. Revista Geonorte, edição especial, v. 1, n. 5, p. 250–261, 2012.

MAGINI, C.; HACKSPACHER, P. C. Geoquímica e ambiência tectônica do arco magmático de Pereiro, região NE da Província Borborema. Revista Brasileira de Geociências, v. 38, n. 2, p. 336-355, 2008.

MARCUZZO, F., ANDRADE, L., MELO, D. Métodos de Interpolação Matemática no Mapeamento de Chuvas do Estado do Mato Grosso. Revista Brasileira de Geografia Física, Recife, PE, v. 4, n. 4, p. 793-804, 2012.

MONTEIRO, J. B.; ZANELLA, M. E.; PINHEIRO, D. R. C. A contribuição da técnica dos quantis na identificação de extremos de chuva e de uma metodologia para detectar situações de desastre natural no semiárido cearense. Revista Geografias, v. 17, n. 2, Jul./Dez. 2021. DOI: https://doi.org/10.35699/2237-549X.2021.36790.

NERIS, A. M. Avaliação de métodos para interpolação espacial de dados de precipitação. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Sistema de Informação) – Departamento de Estatística, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE, 2019.

NOBRE, P. As origens das águas no Nordeste. In: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (Brasil), Agência Nacional das Águas - ANA. A Questão da Água no Nordeste. Brasília, DF: CGEE, 2012, p. 31-43. Disponível em: https://portal.cogerh.com.br/wp-content/uploads/pdf/agua-nordeste.pdf. Acesso em: 18 jul. 2024

PINHEIRO, J. M.; ARAÚJO, R. R. Impactos do fenômeno El Niño e La Niña no município de São Luís – Maranhão. Revista GeoUECE, v. 8, n. 15, p. 124-136, Jul./Dez. 2019.

SANTOS JUNIOR, R. R.; CARACRIST, I. Análise climática do maciço de Baturité (CE): subsídio ao planejamento e gestão ambiental. Ciência Geográfica, Bauru, v. 26, n. 4, p. 2227-2258, Jan./Dez. 2022. DOI: https://doi.org/10.57243/26755122.XXVI4024.

SANTOS, F. L. A.; NASCIMENTO, F. R. Dinâmica hidroclimática do Planalto da Ibiapaba e sua depressão periférica circunjacente: estudo de caso nos municípios de Tianguá e Ubajara, noroeste do Ceará. Revista Ra’eGa, Curitiba, PR v. 39, p. 57-75, 2017. DOI: https://doi.org/10.5380/raega.v39i0.41915.

SILVA, D. F.; COSTA, I. M.; MATEUS, A. E.; SOUSA, A. B. Previsão Climática e de Ciclos Climáticos para o Estado do Ceará. Revista Brasileira de Geografia Física, Recife, PE, v. 6, n. 4, p. 959-977, 2013.

XAVIER, A. C.; KING, C. W.; SCANLON, B. R. Daily gridded meteorological variables in Brazil (1980–2013). International Journal of Climatology, v. 36, n. 6, p. 2644–2659, 2016.

ZANELLA, M. E. Considerações sobre o clima e os recursos hídricos do semiárido nordestino. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, SP, n. 36, volume especial, p. 126-142, 2014.

ZANELLA, M. E. As características climáticas e os recursos hídricos do Estado do Ceará. In: SILVA, J. B. DANTAS, E. W.; CAVALCANTE, T. (Orgs.). Ceará: um novo olhar geográfico. 2. ed. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2005, p. 169-187.

Downloads

Publicado

10-01-2025

Como Citar

Albuquerque, D. S., Carvalho, A. T. F., Suertegaray, D. M. A., Xavier, R. A., & Queiroz, F. M. de. (2025). Análise pluviométrica do Maciço do Pereiro/CE, Nordeste do Brasil. Revista Brasileira De Climatologia, 36(21), 1–25. https://doi.org/10.55761/abclima.v36i21.19150

Edição

v. 36 (2025)

Seção

Artigos

Licença

A aprovação dos artigos implica a aceitação imediata e sem ônus de que a Revista Brasileira de Climatologia terá exclusividade na primeira publicação do artigo. Os autores continuarão, não obstante, a deter os direitos autorais. Os autores autorizam também que seus artigos sejam disponibilizados em todos os indexadores aos quais a revista está vinculada.

Os autores mantém seus direitos de publicação sem restrições

A Comissão Editorial não se responsabiliza pelos conceitos ou afirmações expressos nos trabalhos publicados, que são de inteira responsabilidade dos autores.

A Revista Brasileira de Climatologia oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o entendimento de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização do conhecimento e tende a produzir maior impacto dos artigos publicados. Os artigos publicados na revista são disponibilizados segundo a Licença Creative Commons CC-BY-NC 4.0 (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/). Segundo essa licença é permitido acessar, distribuir e reutilizar os artigos para fins não comerciais desde que citados os autores e a fonte. Ao submeter artigos à Revista Brasileira de Climatologia, os autores concordam em tornar seus textos legalmente disponíveis segundo essa licença