A metodologia estatística dos eventos extremos de precipitação: uma proposta autoral para análise de episódios pluviométricos diários
DOI:
https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16323Palavras-chave:
Chuvas Extremas, Técnicas Estatísticas, Climatologia dos ExtremosResumo
Os acumulados máximos de precipitação, também denominados eventos extremos de chuva na literatura científica, geralmente possuem energia com potencial para deflagrar desastres de grande magnitude, em especial quando ocorrem em localidades habitadas por populações em situação de vulnerabilidade. Tais eventos, caracterizados por possuírem grandes desvios em relação ao estado climático moderado, costumam ser categorizados a partir do emprego de metodologias estatísticas, embora existam outras possibilidades de análise que consideram, por exemplo, sua magnitude a partir dos danos materiais e humanos que ocasionam. Embora sejam considerados episódios raros, cientistas vinculados ao Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) afirmam que os eventos extremos estão cada vez mais recorrentes e intensos, o que representa um alerta diante do contexto de crise/emergência climática observado atualmente. No intuito de avaliar, de forma objetiva e operacional, a ocorrência e intensidade de episódios pluviométricos diários considerados extremos, propõe-se aqui uma nova metodologia estatística autoral que permite categorizar episódios diários de precipitação para uma determinada localidade, considerando todo o acumulado verificado em longas séries históricas. Para validar sua utilização e avaliar sua eficácia, foram considerados registros obtidos a partir do site do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), selecionando sete cidades brasileiras representativas do território nacional e com distintos comportamentos de precipitação. Os resultados preliminares promissores possibilitaram uma análise comparativa entre as localidades sobre a recorrência e intensidade de eventos extremos diários, operacionalizando o conceito e empregando diferentes classes/níveis de intensidade, considerando-se sempre a realidade de cada localidade quanto ao comportamento da chuva.
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