Padrões sinóticos associados a ocorrência de incêndios florestais na Estação Ecológica do Taim e Campos Neutrais - Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16128

Palavras-chave:

Ingles, Português

Resumo

A atmosfera influencia diretamente a ocorrência e a dinâmica das queimadas e incêndios florestais. Quando ocorrerem em regiões de preservação ambiental, o fogo favorece a perda de biodiversidade, impacta as mudanças climáticas e segurança hídrica. Este estudo identificou os padrões sinóticos favoráveis à ocorrência de fogo na Estação Ecológica do Taim e Campos Neutrais, ambos localizados no extremo sul do Brasil. Para a ocorrência de fogo na região de estudo, os déficits de umidade são mais importantes do que as altas temperaturas, diferindo do que é descrito na literatura. Três padrões sinóticos foram identificados: o primeiro apresentando anomalias negativas de temperatura e umidade, estabelecidas após a passagem de uma frente fria que tem como principal contribuição a de gerar uma estabilidade pós-frontal, associada ao deslocamento de um sistema de alta pressão. O segundo e terceiro padrões (64%) correspondem aos eventos mais intensos e duradouros, que ocorrem na presença da Zona de Convergência do Atlântico Sul e da Zona de Convergência de Umidade, e atuam na região noroeste-sudeste do Brasil. Esses sistemas favorecem o deslocamento lento de um sistema de alta pressão sobre a região de estudo, o que contribui para a intensificação de um ambiente estável, favorecendo o déficit de umidade e anomalias positivas de temperatura na região de estudo. Os resultados deste estudo fornecem uma compreensão de como a atmosfera influencia na ocorrência do fogo na região de estudo, e auxiliarão no planejamento da minimização do impacto que podem causar em uma região de preservação ambiental.

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Biografia do Autor

Ana Lucia da Silva Nascimento, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação e mestrado em Meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Atualmente é doutoranda em Meteorologia pelo programa de Pós-Graduação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Possui interesse nos temas: incêndios florestais, poluição atmosférica, climatologia e sinótica.

Mateus da Silva Teixeira, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação em Curso de Meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (2002), mestrado em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2004) e doutorado em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2009). Atualmente é professor adjunto da Faculdade de Meteorologia da Universidade Federal de Pelotas. Tem experiência com previsão de tempo, monitoramento de tempestades com Radar Meteorológico e eventos extremos de precipitação.

Marcelo Félix Alonso, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (2003) , mestrado em Meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (2006) e doutorado em meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Meteorologia, atuando principalmente na área de modelagem atmosférica - com foco na dispersão e química de poluentes. É integrante do grupo EMISA - Emissions Inventories in South America. Atualmente é professor da Faculdade de Meteorologia da Universidade Federal de Pelotas, atuando também como líder do Grupo de Estudos em Poluição Atmosférica e coordenador do Programa de Pós-graduação em Meteorologia. Possui índice H 9 na base Web of Science.

André Becker Nunes, Universidade Federal de Pelotas

Graduação em Meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) (2000), Mestrado em Meteorologia pela UFPEL (2002) na área de física da camada limite planetária e Doutorado em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2008) na área de modelagem em micrometeorologia. Participação no Grupo de Mudanças Climáticas do CCST-INPE entre 2008 e 2009. Professor de ensino superior da Faculdade de Meteorologia da UFPEL desde novembro de 2009. Membro do Programa de Pós-Graduação em Meteorologia (PPGMET) e do Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos (PPGRH). Orientações de doutorado, mestrado e iniciação científica nas áreas de climatologia, mudanças climáticas, meteorologia sinótica, agrometeorologia e micrometeorologia. Co-orientações no Programa de Pós-Graduação em Agronomia (UFPEL), no Programa de Pós-Graduação em Sensoriamento Remoto (UFRGS) e Programa de Pós-Graduação em Meteorologia (UFSM). Chefe do Departamento de Meteorologia da UFPel (2010-2014). Tutor do Grupo PET-Meteorologia (2016-2021). Professor Associado do Departamento de Meteorologia da UFPEL. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos da UFPEL desde 2022.

Nicole Cristine Laureanti, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Possui graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Paraná (2017) e mestrado em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Paraná (2020). Atualmente é doutoranda no Instituto de Pesquisas Espaciais. Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em meteorologia, atuando principalmente nos seguintes temas: interdecadal oscillations, frequency distribution, daily precipitation, south america e El Niño.

Lucijacy Pereira Javarini, Universidade Federal de Pelotas

Possui Graduação e Mestrado em Meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Atualmente é doutoranda em Meteorologia pelo programa de Pós-Graduação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). . Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Meteorologia, atuando principalmente nas áreas de qualidade do ar - com foco na dispersão e química de poluentes; Aerossóis atmosféricos; Além de pesquisas com Balanço hídrico- ferramenta de extrema importância no controle de consumo e utilização de água no solo e extremos de precipitação no Rio Grande do Sul.

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31-03-2023

Como Citar

Nascimento, A. L. da S., Teixeira, M. da S., Alonso, M. F., Nunes, A. B., Laureanti, N. C., & Javarini, L. P. (2023). Padrões sinóticos associados a ocorrência de incêndios florestais na Estação Ecológica do Taim e Campos Neutrais - Brasil. Revista Brasileira De Climatologia, 32(19), 463–493. https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16128

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Artigos