Interpoladores híbrido e não híbrido aplicados na distribuição espacial das chuvas na região montanhosa costeira fluminense
DOI:
https://doi.org/10.55761/abclima.v31i18.15788Palavras-chave:
Modelos de Distribuição de Chuva. Interpolação. KrigagemResumo
Apesar dos avanços no monitoramento espaço-temporal das chuvas, suas informações em regiões de topografia complexa são escassas. A interpolação espacial baseada em dados orbitais pode suprir tal escassez. Portanto, o estudo avaliou o desempenho de interpoladores híbrido e não híbrido na estimativa da chuva na Região Hidrográfica da Baía da Ilha Grande (RHBIG), situada na Serra do Mar, nos estados de RJ e SP. Dados de chuvas de estações de superfície e de estações virtuais, derivadas do produto CHIRPS, entre os anos 2004 e 2013, foram utilizados para geração de modelos pelos interpoladores Krigagem Ordinária (KO) e Krigagem Regressão (KR), tendo como variável explicativa o Modelo Digital de Elevação (MDE). Os resultados mostraram correlação (r = 0,68) entre os dados observados e do CHIRPS, com a taxa de chuva subestimada no litoral, média da diferença (di) de -10%, e superestimada no planalto (di = 9%), o que origina distribuição espacial suavizada. Em relação aos modelos de chuva, os KR, linear e logarítmico, tenderam a extrapolar os valores mínimos e máximos, e aumentar a taxa de chuva do litoral para o planalto, com média de -28% das estações do litoral. Enquanto, nos modelos da KO, o volume tende a diminuir do litoral para o planalto (di = -1,4), o que é corroborado por estudos já realizados na RHBIG com dados observados. Por fim, os modelos de ambos interpoladores, com as estações virtuais corrigidas pelos dados observados, mostram aumento da amplitude pluviométrica, o que diminui a suavização do modelo CHIRPS. Desta forma, os modelos da KO derivados de uma rede densa e regular de estações virtuais, corrigidas por dados observados, podem ser uma alternativa para utilização dos dados CHIRPS em locais de topografia complexa sem uma rede densa de estações de superfície, o que origina em modelos de maior resolução espacial e amplitude pluviométrica.
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