Fenômenos resultantes do resfriamento noturno nas superfícies de cimeira da Serra da Mantiqueira em julho de 2021

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55761/abclima.v31i18.15674

Palavras-chave:

Inversão térmica, Geada, Topoclima

Resumo

Os climas das áreas de montanha no Brasil tropical são ainda mal conhecidos devido à ausência de observações meteorológicas contínuas. Este é também o caso para as superfícies de cimeira na Serra da Mantiqueira. Com o objetivo de contribuir com este conhecimento, foi feito um esforço pessoal e comunitário em localidade do município mineiro de Delfim Moreira para aquisição e instalação de estações meteorológicas. Neste trabalho apresentam-se alguns resultados marcantes do monitoramento já realizado com relação a variação das temperaturas mínima e máxima do ar diárias, relacionadas também a umidade relativa do ar, no mês de julho de 2021.  Comparam-se dois pontos de monitoramento, com estação meteorológica automática Davis, distantes 1,5 km um do outro, em diferentes compartimentos do vale do Ribeirão Vermelho: o primeiro no fundo do vale, a 1711m, o segundo, no alto de uma encosta, a 1850m.  Regionalmente, na Serra da Mantiqueira, o vale se encontra numa posição de sotavento em relação aos ventos que trazem umidade no inverno (sul e sudeste).  O trabalho aponta a frequência de fortes inversões térmicas locais e também de ocorrência de geadas no fundo do vale no período, relacionadas a ação de fortes anticiclones polares que se associaram ao Anticiclone do Atlântico Sul.  Não foi encontrado nenhum estudo que registrasse tal frequência de geadas na Serra da Mantiqueira.

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Biografia do Autor

Gabriel Gorga Cardoso, Curso de Bacharelado em Geografia, Universidade Federal de Pelotas - UFPEL

Graduando em Geografia pela Universidade Federal de Pelotas - RS (UFPel), desde 2019. Possui experiência na área de Geociências, com ênfase em Climatologia. É responsável pela instalação de estações meteorológicas particulares em diferentes áreas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, por intermédio das quais, monitora e estuda o comportamento topoclimático. É integrante da equipe  do projeto "Análises espaço-temporais do clima na escala local e regional"(UFPel) responsável pelas ações nas superfícies de cimeira na Serra da Mantiqueira.

Erika Collischonn, Departamento de Geografia, Universidade Federal de Pelotas - UFPEL

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1987), mestrado (1998) e doutorado (2009) em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Desde 2019 é professora Associada da Universidade Federal de Pelotas. Anteriormente, atuou como professora na UNISC e na UCS. Coordenou projetos financiados pela FAPERGS e CNPq. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Climatologia Geográfica e Sistemas de informações Geográficas, atuando principalmente nos seguintes temas: climatologia geográfica, ensino de climatologia, geocartografia nas áreas de saúde e segurança pública. Pesquisadora vinculada ao Grupo de Pesquisa "Espaço e Saúde" (UFPR/Curitiba). Integra a equipe de professores do Laboratório de Estudos Aplicados em Geografia Física - LEAGEF/UFPEL (http://ich.ufpel.edu.br/leagef/). Atualmente exerce a função de Coordenadora Adjunta do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPEL e Participa como Conselheira Fiscal da Associação Brasileira de Climatologia - ABCLima. 

Vinícius Henrique Lucyrio de Lima , Curso de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI

Graduado em Administração (Bacharelado, 2015) pela Universidade Paulista (UNIP). Atualmente é graduando em Ciências Atmosféricas pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e desenvolve pesquisa em Meteorologia Sinótica, no estudo de ondas de frio e seus impactos socioeconómicos na região Sudeste do Brasil, sob orientação da Profª. Drª. Michelle Simões Reboita.

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Publicado

28-07-2022

Como Citar

Cardoso, G. G., Collischonn, E., & Lima , V. H. L. de . (2022). Fenômenos resultantes do resfriamento noturno nas superfícies de cimeira da Serra da Mantiqueira em julho de 2021. Revista Brasileira De Climatologia, 31(18), 128–152. https://doi.org/10.55761/abclima.v31i18.15674

Edição

Seção

Artigos