VARIABILIDADE CLIMÁTICA DA PRECIPITAÇÃO NA BACIA AMAZÔNICA BRASILEIRA

Autores

  • Eliane de Castro Coutinho
  • Edson José Paulino da Rocha
  • Aline Maria Meiguins de Lima
  • Hebe Morganne Campos Ribeiro
  • Luci Anne Cardozo Lobão Gutierrez
  • Ana Júlia Soares Barbosa
  • Gleicy Karen Abdon Alves Paes
  • Carlos José Capela Bispo
  • Paulo Amador Tavares

DOI:

https://doi.org/10.5380/abclima.v22i0.46074

Palavras-chave:

Eventos extremos, Precipitação, Climatologia.

Resumo

O objetivo geral deste estudo é avaliar a variabilidade temporal e espacial da precipitação na Bacia Amazônica brasileira, analisando a relação com eventos extremos, El Niño e La Niña, que são variações de temperatura associadas à dinâmica do Oceano Pacífico, e qual a influência a partir da intensidade dos mesmos, além da variação climatológica ao longo do período de 1982-2012. A importância desse estudo deve-se ao fato que a Região Amazônia comporta a maior florestal tropical e a maior bacia hidrográfica do mundo, suprindo as necessidades de umidade do resto do pais. Contudo o desmatamento da floresta e a ocorrência dos eventos extremos modificam o regime de precipitação. Nesse estudo foram utilizadas 224 estações pluviométricas em 8 sub-bacias, a do rio Solimões, Negro, Trombetas, Jari, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu. Os resultados mostram o semestre mais chuvoso (novembro a abril) com aproximadamente 69% de toda a precipitação anual e, portanto, no semestre mais seco (maio a outubro) com apenas 31% da precipitação anual, o que indica estações distintas e bem acentuadas. Entretanto há variações do regime de precipitação entre as sub-bacias, sendo que as maiores variações sazonais da precipitação ocorrem na bacia do Solimões e na sub-bacia do Jari, cujas amplitudes anuais são respectivamente 362,95 e 323,39 mm. Os eventos extremos de precipitação, provocados pelos fenômenos El Niño e La Niña, afetam a bacia Amazônica de forma diferenciada nas sub-bacias, como observado no evento de El Niño de forte intensidade do ano de 1983, onde em 90% das sub-bacias (Purus, Madeira, Tapajós, Xingu, Negro, Trombetas e Jari), apresentaram elevadas anomalias negativas estremas, isto é, precipitações muito abaixo do normal e a do Solimões não apresentou extremos, porém apresentou precipitação normalizada abaixo da média.

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Publicado

28-02-2021

Como Citar

Coutinho, E. de C., Rocha, E. J. P. da, Lima, A. M. M. de, Ribeiro, H. M. C., Gutierrez, L. A. C. L., Barbosa, A. J. S., … Tavares, P. A. (2021). VARIABILIDADE CLIMÁTICA DA PRECIPITAÇÃO NA BACIA AMAZÔNICA BRASILEIRA. Revista Brasileira De Climatologia, 22. https://doi.org/10.5380/abclima.v22i0.46074

Edição

Seção

Artigos