CONVERSÃO DE FLORESTAS TROPICAIS EM SISTEMAS PECUÁRIOS NA AMAZÔNIA: QUAIS AS IMPLICAÇÕES NO MICROCLIMA DA REGIÃO?
DOI:
https://doi.org/10.5380/abclima.v17i0.42879Palavras-chave:
Desmatamento, pastagem, fluxos de energiaResumo
A Amazônia tem sido alvo direto da ação humana indiscriminada, que sempre resulta no avanço do desmatamento, comprometendo o equilíbrio natural desse ecossistema. O objetivo deste estudo foi elucidar as possíveis implicações das mudanças no uso da terra amazônica no clima regional. Foi analisado o comportamento da precipitação, da umidade específica do ar, do saldo de radiação e dos fluxos de energia em dois ecossistemas localizados no sudoeste da Amazônia, sendo uma área de floresta tropical e uma área de pastagem, nos anos de 1999 a 2010. As medidas foram realizadas por instrumentos instalados em torres micrometeorológicas do Programa LBA. Os dados de fluxos de energia foram obtidos pelo método de covariância de vórtices turbulentos. Os resultados apontaram uma diminuição de 17% na precipitação e de 8,3% na umidade específica do ar devido às alterações no uso da terra. O saldo de radiação da pastagem foi 5,8% (período úmido) e 19,0% (período seco) inferior ao da floresta. O fluxo de calor latente foi 9,3% (período úmido) e 32,4% (período seco) inferior na região de pastagem, enquanto o fluxo de calor sensível foi 11,5% (período úmido) e 18,7% (período seco) superior, em relação à região de floresta. Tais alterações nos aspectos microclimáticos corroboram os resultados propagados de que a atmosfera tende a ser mais seca e mais quente em decorrência de mudanças na cobertura vegetal.
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