Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/riet <p>A RIET – Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade (ISSN - 2676-0355) é vinculada ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação e Territorialidade da Faculdade Intercultural Indígena (FAIND) da Universidade Federal da Grande Dourados. Seu escopo analítico são as reflexões de processos sociais oriundos do contexto de intensa dinâmica socioterritorial das populações do campo, das águas e das florestas em suas múltiplas dimensões (econômica, política, cultural e ambiental), sob uma perspectiva teórico-metodológica, holística, interetnica/intercultural, dialética/dialógica, multiescalar, emancipatória/contra hegemônica. </p> Federal University of Grande Dourados (UFGD) pt-BR Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET 2676-0355 <p>Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista.</p><p>Os artigos publicados passam a ser propriedade da revista.</p><p>Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:</p><p>(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.</p><p>(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <em>Licença Creative Commons Attribution </em>que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p><p>(c) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, exemplo: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</p><p>(d) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online – em repositórios institucionais, página pessoal, rede social ou demais sites de divulgação científica.</p> Resenha do livro: Lugar de Fala – Djamila Ribeiro https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/riet/article/view/14960 <p>Esta resenha traz reflexões acerca do<strong> </strong>Livro lançado em 2017 por Djamila Ribeiro, que é o primeiro da coleção “Feminismos Plurais”, intitulado “Lugar de fala”, onde a autora abrange as interseccionalidades relacionadas as desigualdades raciais e de gênero a partir do olhar de autoras negras e de sua própria experiência enquanto mulher negra e também autora. Djamila traz nos três capítulos do livro diversas discussões e reflexões, dentre elas a importância do feminismo da mulher negra, o silenciamento e a invisibilidade histórica que esta parcela da população sempre esteve instituída. Lugar de fala é uma obra advinda da militância da própria autora e das outras mulheres destacas nos textos, buscando sempre uma representatividade nos diversos espaços da sociedade, onde a mulher negra sempre esteve sub representada ou teve sua participação anulada. Buscando representações teóricas negras, possibilitando o protagonismo feminino negro em locais que antes não eram permitidos.</p> Lediane Pereira Ramos Copyright (c) 2023 Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET https://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/br/deed.pt 2023-12-28 2023-12-28 3 1 234 238 10.30612/riet.v3i1.14960 A transferência do conhecimento tradicional/tácito para o conhecimento explícito, como forma de proteção à cultura da comunidade da terra indígena mãe maria https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/riet/article/view/15355 <p>O presente artigo busca apresentar o processo de transferência de conhecimento tradicional/tácito entre o Povo Gavião que habita a Terra Indígena Mãe Maria no município de Bom Jesus do Tocantins no Sudeste do Estado do Pará. Para isto mobilizou-se conceituações da administração com intuito de ajudar a pensar as práticas indígenas, como práticas inerentes à uma organização social que busca atingir determinados objetivos. Dentre estes conceitos elencam-se o conhecimento tácito, conhecimento explícito e gerenciamento de conhecimento. Além disso, outra abordagem consiste em debater aspectos da legislação brasileira no que concerne à Propriedade Intelectual em relação aos direitos dos povos indígenas de usufruírem da proteção e, possíveis resultados inerentes à propriedade intelectual com base nos conhecimentos tradicionais. O desenvolvimento deste trabalho se deu por intermédio de uma pesquisa bibliográfica, na qual foi identificado diversas estratégias, que o Povo Gavião tem desenvolvido ao longo do tempo a fim de sistematizar, transmitir e reproduzir aos mais jovens conhecimentos referentes à sua história, língua, organização social e política. A transferência do conhecimento tácito para o explícito foi constatada na produção acadêmica ao longo dos anos, em documentários e livros de autores indígenas, onde demostram que dentro da Terra Indígena há produção e reprodução dos saberes tradicionais adequados para a proteção da cultura.</p> Cristiane de Menezes Vieira Bline Copyright (c) 2023 Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET https://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/br/deed.pt 2023-12-28 2023-12-28 3 1 212 233 10.30612/riet.v3i1.15355 Resistências urbanas e novas ruralidades https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/riet/article/view/15414 <p>Neste artigo apresentamos e desenvolvemos uma possibilidade de compreensão de fenômenos recentes, que temos percebido nas ações políticas de resistência urbana. Estes fenômenos expressam-se como uma metamorfose da própria luta social de resistência, que se transforma nas sociedades contemporâneas pelos formatos utilizados, mas não apenas. Modificam-se, também, os conteúdos, os objetivos e os motivos da resistência num mundo em que se vive cada vez mais concentrado em espaços urbanos, as cidades, aos quais pretende-se dar sentidos. Sobre a cidade forma-se um direito coletivo, conforme proposto por Lefebvre (2011) e por Harvey (2014). Este direito constrói-se das expectativas de uso da cidade e, nas últimas décadas, vem se transformando num direito à vida urbanizada – dado o reconhecimento de que urbano e rural se descolam dos territórios tradicionais e se transformam em espaços de relação, criação, convívio, identidade. Nesse sentido, trazemos aqui exemplos a partir do que prospectamos das ruas e dos territórios virtuais da internet para conhecermos os sujeitos que resistem e as causas de suas resistências ao sistema-mundo hegemônico. Pretendemos, assim, compreender as ações políticas de resistência que recolocam na vida urbanizada contemporânea elementos do chamado mundo rural, construindo novas ruralidades – novas significações, novos vínculos e relações com o meio ambiente, com a natureza, com a humanidade e com a comunidade. Percebemos nestas novas ruralidades uma atuação contra hegemônica que ultrapassa os paradigmas hegemônicos que classificam os sujeitos sociais a partir do status advindo do trabalho, das categorias de gênero ou das identidades étnicas.</p> Giuseppa Maria Daniel Spenillo Copyright (c) 2023 Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET https://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/br/deed.pt 2023-12-28 2023-12-28 3 1 14 32 10.30612/riet.v3i1.15414 "Educar" para territorializar e territorializar para "educar" na Amazônia paraense: estudo de caso sobre a disputa territorial e educação do campo em Moju (PA) https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/riet/article/view/12950 O presente artigo traz como abordagem principal a disputa territorial promovida através dos modelos de educação entre o campesinato e o agronegócio em Moju (PA). O conflito ocorre, sobretudo, pela apropriação, subordinação e destruição do território camponês por meio da educação implementada nas escolas do espaço agrário sob a perspectiva urbanocêntrica e do agronegócio que, por sua vez, não contemplam o desenvolvimento popular do campo. Desta forma, dialogamos com as abordagens teóricas e com autores que discorrem os referidos assuntos de Educação do Campo, Educação Rural e Território Camponês levando para a realidade da disputa territorial em curso no distrito Nova Vida. Abordamos também o significativo papel da escola desta comunidade rural dentro dessa dinâmica de territorialização e manutenção das relações territoriais da empresa. Tendo em vista que é importante introduzir uma educação que de fato represente e atenda o campesinato e as comunidades tradicionais desde e para os seus respectivos territórios, o artigo também contém as críticas no que se refere à imprescindibilidade de efetivação da Educação do Campo. Herique Heber dos Santos Reis José Sobreiro Filho Deisiane Souza Copyright (c) 2023 Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET https://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/br/deed.pt 2023-12-28 2023-12-28 3 1 33 53 10.30612/riet.v3i1.12950 Atores e Políticas Públicas: dificuldades e estratégias na execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) em Remígio – PB. https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/riet/article/view/15369 <p class="western" align="justify"><span style="font-family: Calibri, serif;"><span><span style="color: #000000;"><span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><span><span><span>Esse artigo analisa a execução da Lei 11.947/2009 no município de Remígio – PB no ano de 2017, bem como a participação dos atores envolvidos no processo das compras institucionais. A metodologia adotada foi de estudo de caso, no acompanhamento da primeira Chamada Pública para identificar as dificuldades e entender quais as estratégias definidas pelos atores sociais, identificados como “atores hábeis”. O estudo observou que, embora os atores tenham </span></span></span></span></span></span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><strong>criado</strong></span></span></span><span><span style="color: #000000;"><span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><span><span><span> estratégias para melhorar o funcionamento do PNAE, elas não foram suficientes para resolver questões burocráticas, estruturais, organizacionais devido à complexidade do Programa.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></p> Rosana Fernandes de Oliveira Frutuoso Copyright (c) 2023 Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET https://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/br/deed.pt 2023-12-28 2023-12-28 3 1 54 79 10.30612/riet.v3i1.15369 A política territorial e o Fórum da Borborema: experiência e discussões https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/riet/article/view/15363 <p class="western" align="justify"><span style="font-family: Calibri, serif;"><span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span><span lang="pt-BR">Em 2003, o governo federal adota o enfoque territorial nas políticas de desenvolvimento rural, no decorrer de sua história, houveram diversos ajustes na direção de viabilizar essa política no Brasil, que hoje em dia praticamente não existe mais no país. Este trabalho, parte de minha dissertação de mestrado, apresenta um pouco da experiência do Fórum de Desenvolvimento Territorial Rural Sustentável de Borborema (Paraíba) em suas últimas atividades concretas, um território rural com um considerável capital social, com diversas organizações sociais, e com ativos atores do poder público interessados na proposta territorial, mas que enfrentou diversas dificuldades na hora de articular propostas conjuntas e de fortalecer o próprio colegiado. Recorremos à pesquisa a partir de textos, atas e relatórios das atividades do colegiado, assim como relatos de atores envolvidos com essa política na região da Borborema. Apesar de alguns bons resultados na aplicação dessa política pública, devemos pensar também nos vários aspectos que dificultaram a execução da mesma, como o conflito de interesses entre os vários atores envolvidos na política territorial e a burocracia que de certa forma impediu a concretização de alguns projetos acordados no Fórum, e principalmente, pensar na fragilidade das políticas públicas executadas no país, assim como, refletir também como e quando a ação pública poderá efetivamente tornar-se uma alternativa consistente para o campesinato brasileiro e suas organizações.</span></span></span></span></span></span></p> Rony Willams Frutuoso de Souza Rosana Fernandes de Oliveira Frutuoso Copyright (c) 2023 Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET https://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/br/deed.pt 2023-12-28 2023-12-28 3 1 80 103 10.30612/riet.v3i1.15363 Políticas públicas e assentamentos rurais: os impactos sociais dos cortes de investimento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) no Assentamento Itamarati II -MS https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/riet/article/view/15356 A referente pesquisa analisou a diminuição dos investimentos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) no assentamento Itamarati II, município de Ponta Porã -MS, entre os anos de 2015-2017. Com isso, buscamos compreender os impactos – econômicos e sociais - dessa perda de recursos nas famílias excluídas do programa, bem como naquelas que tiveram projetos aprovados parcialmente. A diminuição dos valores e o eventual enfraquecimento do PAA tem se revelado um drama na vida dos assentados da reforma agrária, tendo em vista que essa política pública é uma das principais responsáveis pelo escoamento da produção na agricultura familiar e uma porta de entrada para outros programas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e quartéis municipais, por exemplo. No que diz respeito à metodologia, realizamos uma pesquisa de campo qualitativa com os mais diversos atores que compõem o PAA em Itamarati II, aplicamos entrevistas e questionários semiestruturados. Leonice Alexandra Tessmann de Correia Copyright (c) 2023 Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET https://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/br/deed.pt 2023-12-28 2023-12-28 3 1 104 123 10.30612/riet.v3i1.15356 Reflexões sobre o saber local e o saber ocidental dominante: alternativas e destruição da biodiversidade https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/riet/article/view/15349 <p>O presente artigo é de reflexão teórica, fruto da necessidade de se debater em torno das formas de saber e suas implicações. O objetivo consiste em apresentar o saber local e suas alternativas de vida e ao desenvolvimento frente ao saber ocidental dominante, construído e reproduzido como superior aos demais saberes. Como resultado de sua prática, instala a monocultura da mente, o qual implica em limitações na sua estrutura, destruindo a biodiversidade e as comunidades locais motivando a maximização do lucro.<strong> </strong>Diante desse cenário, é necessário reconhecer e resgatar os saberes locais, como solução aos problemas causados pela lógica dominante.<strong> </strong>Para isso, como metodologia utilizou-se de uma revisão bibliográfica. Foram considerados autores que abordam a temática, mas com principal recorte bibliográfico a autora Vandana Shiva que tratará a Monocultura da Mente. Os resultados e conhecimentos aqui adquiridos visa contribuir para discussões existentes acerca da temática.</p> Jaqueline Pardinho Braz Katiuscia Moreno Galhera Copyright (c) 2023 Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET https://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/br/deed.pt 2023-12-28 2023-12-28 3 1 124 136 10.30612/riet.v3i1.15349 Permanecer no campo: notas sobre juventude, gênero e sexualidade no mundo rural https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/riet/article/view/15342 <p class="Standard"><span>As últimas décadas foram marcadas pelo robustecimento dos estudos sobre gênero e juventude rural, destacando-se a transição ocorrida nos estudos de juventude: de uma perspectiva focada na saída dos jovens das áreas rurais para outra centrada na compreensão da permanência desses sujeitos nesses espaços. Como forma de contribuir para esse debate, esse texto objetiva discutir o fenômeno da permanência dos jovens no campo a partir da interconexão entre os temas juventude, gênero e sexualidade, demonstrando a importância destas questões na efetivação da permanência da juventude no campo. </span></p> Leonardo Rauta Martins Copyright (c) 2023 Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET https://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/br/deed.pt 2023-12-28 2023-12-28 3 1 137 156 10.30612/riet.v3i1.15342 Trabalhadoras rurais, vulnerabilidade social e participação: atualidade da pedagogia freireana https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/riet/article/view/15193 <p>O ensaio discute o papel da pedagogia de Paulo Freire enquanto principal base da Educação Popular presente nas lutas das trabalhadoras rurais do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares (SINTRAF), contra os processos de desigualdade/exclusão implicados a vulnerabilidade social no meio rural do município de Serrinha, Território do Sisal baiano. Ele tomou como referência autoras/es como Butto e Hora (2008), Franco (2018), Freire (1987), Nascimento (2009,2020), Vigene e Oliveira (2005), entre outras/os. O método utilizado foi a revisão bibliográfica, de base sociológica e educacional, tomando como referências uma dissertação, uma tese, um webnário, livros e artigos. Ele conclui destacando que ainda que localizada, as lutas e as conquistas das trabalhadoras rurais apontam para a relevância da pedagogia freireana base fundamental da Educação Popular, na construção de espaços contra-hegemônicos a lógica de exclusão e das vulnerabilidades decorrentes do sistema capitalista.</p> Telma Batista Nascimento Copyright (c) 2023 Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET https://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/br/deed.pt 2023-12-28 2023-12-28 3 1 157 172 10.30612/riet.v3i1.15193 Mulheres camponesas tecendo redes de apoio mútuo como autodefesa dos corpos-territórios contra a violência patriarcal no sul de Mato Grosso do Sul https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/riet/article/view/15104 A violência patriarcal produz uma guerra sistemática contra os corpos femininos e neste contexto é preciso considerar que as mulheres do campo vivem a intensificação dessas condições, nas lutas pela sua sobrevivência e pelos territórios de vida. Este é um estudo qualitativo, descritivo e reflexivo pautada na abordagem da teoria feminista e anticolonial objetivando por um lado, investigar aspectos sobre a violência patriarcal contra as mulheres em um assentamento rural em Mato Grosso do Sul. Por outro lado, buscamos conhecer as formas de acolhimento e as redes de apoio acessadas pelas mulheres para o enfrentamento e combate à violência patriarcal. Encontramos como padrão a presença da violência sexista nas suas mais diversas expressões, de forma que a principal rede de apoio encontrada por essas mulheres está entre outras companheiras do assentamento. Consideramos que a consciência e a disposição das mulheres camponesas nos despertam esperança para que lutas de libertação das mulheres sejam construídas, a partir da base e de apoio mútuo entre as mulheres, para assim exterminarmos da sociedade a estrutura patriarcal que violenta mulheres de todos os territórios. Luciana Pereira Higino Gislaine Carolina Monfort Laura Jane Gisloti Copyright (c) 2023 Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET https://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/br/deed.pt 2023-12-28 2023-12-28 3 1 173 192 10.30612/riet.v3i1.15104 Cultura indígena Jenipapo-Kanindé: o caso da mandioca https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/riet/article/view/15403 A etnia Jenipapo-Kanindé, que é descendente dos indígenas Payaku, possuem cerca de 328 habitantes e residem na Terra Indígena Lagoa da Encantada, localizada no território do município de Aquiraz, Ceará, Brasil. Perderam seu idioma materno e falam a língua portuguesa, com ­fortes influências dos dialetos de outras tribos do Nordeste. Quebrando o ciclo de sociedade patriarcal, a primeira mulher foi eleita por meio de votação popular de seu povo e se tornou a primeira cacique do Brasil. Abundante em terras indígenas, a mandioca possui grande rusticidade e imensa capacidade de adaptação a condições desfavoráveis de solo e clima. O tubérculo, pode ser chamado de macaxeira ou aipim, dependendo da região de consumo e representa uma das culturas mais importantes para alimentação dos índios sul-americanos. Temos como<strong> </strong>objetivo apresentar a história da cultura Jenipapo-Kanindé bem como o cultivo da mandioca, o modo de consumo e a obtenção de renda por meio da comercialização de itens produzidos pela etnia. Utilizamos como base metodológica a descrição densa de Geertz para desenvolver uma revisão narrativa de literatura de natureza qualitativa. Portanto, partimos da hipótese que a mandioca, além de fornecer recursos nutritivos de base energética para a comunidade, também continua sendo o maior gerador de obtenção de recursos por parte desta, assim como acontece na maioria das comunidades indígenas do Nordeste do Brasil. Wellington Ferreira de Freitas Filho Josemar Adelino de Farias Júnior María Esther Martinez Quinteiro Copyright (c) 2023 Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET https://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/br/deed.pt 2023-12-28 2023-12-28 3 1 193 211 10.30612/riet.v3i1.15403 A pesquisa como um “artesanato”: a sociologia pelas lentes da pesquisadora Maria Aparecida de Moraes Silva https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/riet/article/view/17833 <p>A professora e pesquisadora Maria Aparecida de Moraes Silva tem mestrado e doutorado em Sociologia pela Universidade de Paris 1, Sorbonne, na França, e graduação em Ciências <br>Sociais pela UNESP (Araraquara), na qual atuou como docente entre 1981 e 1997. Possui pós-<br>-doutorado e livre-docência pela UNESP.<br>Com fôlego e disposição em fazer ciência, nos últimos 40 anos continuou se dedicando à sociologia, especialmente à sociologia rural, contribuindo com vários programas de pós-<br>-graduação e ajudando a efetivar uma agenda de pesquisas sobre o meio rural. Desde 2007, é <br>docente no Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal de São Carlos <br>(UFSCar). <br>Tendo recebido prêmios e reconhecimentos por sua atuação, e munida de um olhar detalhista e investigativo, Maria Moraes presenteia a sociologia brasileira com um trabalho denso. <br>Assim, através de uma perspectiva interseccional, aborda questões relacionadas a gênero, raça/<br>etnia e classe social presentes nas sociedades rurais.<br>Sobre esse aspecto, o acúmulo de discussão que apresenta ajuda o leitor a compreender <br>a importância de suas pesquisas sobre a migração e exploração do trabalho nos canaviais, o trabalho e a presença da mulher no campo e as relações de poder que emanam dessas conjunturas.<br><br></p> Jeanne Mariel Brito de Moura Copyright (c) 2023 Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET https://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/br/deed.pt 2023-12-28 2023-12-28 3 1 239 250 10.30612/riet.v3i1.17833 Apresentação https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/riet/article/view/17849 <p>.</p> Jeanne Mariel Brito de Moura Rubia Elza Martins de Sousa Juliana Dourado Bueno Mariana B. Perozzi Gameiro Copyright (c) 2023 RIET https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/deed.pt-br 2023-12-28 2023-12-28 3 1 7 13 10.30612/riet.v3i1.17849 Editorial https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/riet/article/view/17851 <p>.</p> Revista Interdiciplinar em Educação e Territorialidade Copyright (c) 2023 https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/deed.pt-br 2023-12-28 2023-12-28 3 1 1 6