O início da vida e a passagem para o mundo espiritual: a noção de corpo e pessoa nos rituais de nominação e de morte Bororo

Autores

  • Júnior José da Silva
  • Graziele Acçolini

Palavras-chave:

Bororo. Rituais de Passagem. Corpo.

Resumo

No final da década de 1970 um grupo de antropólogos chamou a atenção para o papel da corporalidade nas sociedades indígenas latino-americanas e brasileiras estabelecendo que as características adquiridas pela pessoa, ao longo do seu crescimento, não são concebidas por meio de determinação genética ou biológica, mas atributos imaginados e produzidos pela comunidade, ou seja, corpo e pessoa são moldados, esculpidos segundo as prerrogativas e estilos do grupo. Tal processo de construção se articula por meio de uma complexa linguagem simbólica em torno da decoração e exibição do corpo seja no cotidiano como, fundamentalmente, durante os vários rituais que marcam o clico da vida do indivíduo. Neste sentido, o trabalho proposto tem por objetivo fazer uma análise do processo de estetização do corpo por meio da descrição de dois rituais Bororo: o Ritual de Nominação, no qual a criança, por meio da escolha de um nome, adquire um espaço dentro da lógica social; e o Ritual Fúnebre, que evidencia a finitude do corpo e acentua os laços de reciprocidades dos grupos clânicos na busca por reordenar o desiquilíbrio proporcionado pela morte, ao ritualizar a passagem de vida física para a espiritual.

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Publicado

2016-11-18

Como Citar

Silva, J. J. da, & Acçolini, G. (2016). O início da vida e a passagem para o mundo espiritual: a noção de corpo e pessoa nos rituais de nominação e de morte Bororo. Revista Ñanduty, 4(5), 53 a 72. Recuperado de https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/nanduty/article/view/5756