Lévi-Strauss e(m) comparação:

‘selvageria’ e transformação em um conjunto no chaco paraguaio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/nty.v10i15.16253

Palavras-chave:

Chaco, Ayoreo, Conjuntos, Lévi-Strauss, Selvageria

Resumo

Esse ensaio, que rende uma justa homenagem a Peter Gow, tem como objetivo explorar a intuição lévi-straussiana, a partir de uma noção de conjunto, de que o contraste proposto entre mitos e sistemas de parentesco não restringiria a aplicação da fórmula canônica apenas aos mitos. Se poder-se-ia presumir que o mito, por não se restringir a realidade de um acontecimento, daria conta das duplas torções supostas pela fórmula canônica, argumentarei que o mesmo seria possível para outros feixes de relações sociais, objetos restritos, mas não-recíprocos, que são à realidade do acontecimento. Assim, a partir de uma mirada sobre etnografia Ayoreo – um povo falante de uma língua Zamuco que habita a região do Chaco Paraguaio, com quem trabalho desde 2012 – buscarei me lançar num exercício de pensamento no qual buscarei testar a fecundidade de tal elaboração a partir de uma certa imagem de ‘selvageria’ mobilizada no contexto das relações entre os Ayoreo e coletivos vizinhos na região do Chaco Paraguaio.

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Publicado

2022-08-25

Como Citar

Grünewald , . L. . (2022). Lévi-Strauss e(m) comparação:: ‘selvageria’ e transformação em um conjunto no chaco paraguaio. Revista Ñanduty, 10(15), 74–94. https://doi.org/10.30612/nty.v10i15.16253