https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/movimentacao/issue/feed MovimentAção 2022-05-23T02:16:19+00:00 Claudio Reis movimentacao@ufgd.edu.br Open Journal Systems <p>Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal da Grande Dourados</p> <p> </p> <p align="left"><strong>Qualis:</strong><strong> </strong>- (<a title="Outros estratos" href="https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/movimentacao/about/editorialPolicies#custom-1" target="_blank" rel="noopener">Outros estratos</a>)<strong><br />Área do conhecimento:</strong><strong> </strong>Sociologia<strong><br />Ano de fundação:</strong><strong> </strong>2014<strong><br />e-ISSN:</strong><strong> </strong>2358-9205<strong><br />E-mail:</strong><strong> </strong><a href="mailto:%6d%6f%76%69%6d%65%6e%74%61%63%61%6f@%75%66%67%64.%65%64%75.%62%72">movimentacao@ufgd.edu.br</a><strong><br />Unidade:</strong><strong> </strong>PPG-Sociologia<strong><br />Prefixo DOI:</strong><strong> </strong>10.30612</p> <p align="left"><strong><a title="Indexadores" href="https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/movimentacao/indexadores" target="_blank" rel="noopener">Indexadores</a></strong></p> <p> </p> https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/movimentacao/article/view/12891 O debate ambiental e a construção de um conhecimento: paradigma moderno em questão 2021-11-30T08:45:03+00:00 Josimar Priori josimarpriori@hotmail.com O objetivo deste trabalho consiste em analisar como o debate ambiental tem produzido um novo tipo de conhecimento. Argumentamos que tal movimento cria um conjunto de categorias por meios das quais o mundo passa a ser representado, explicado e modificado. A metodologia utilizada para a realização deste artigo foi a pesquisa bibliográfica. Após análise crítica dos textos, selecionamos e analisamos os que se mostraram referências relevantes na construção do saber ambiental. Inicialmente demonstramos que este saber parte da constatação de um conjunto de crises, as quais se entrelaçam e se associam ao paradigma moderno, o qual oferece termos para a separação do homem e da natureza, investindo o primeiro na posição de senhor, dominador e explorador e segunda com objeto de exploração. O saber ambiental questionara várias das premissas modernas, entre os quais se destaca a redução da razão à sua função técnico-instrumental, os limites de um conhecimento mecanicista e linear e a ilusão de crescimento econômico ilimitado. Por fim, analisamos as bases do saber ecológico, o qual toma como justificativa a ideia de crise, se coloca como alternativa ao paradigma moderno e apresenta como premissa principal a produção de um saber capaz de compreender os fenômenos sociais, políticos, econômicos, biológicos e ambientais em suas relações. 2022-05-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2022 MovimentAção https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/movimentacao/article/view/15456 O que os marcadores apagam o fogo reacende: Diáspora e a lógica de Traduções Culturais 2021-11-26T18:04:29+00:00 João Felipe Gomes Carvalho joaofelipegomes5@gmail.com Valter Roberto Silvério diasporizando@gmail.com Carolina Nascimento de Melo melo.n.carolina@gmail.com O uso do termo marcadores sociais da diferença reinsere um debate sobre as disputas em torno da temática racial travadas pela Sociologia e Antropologia. Segundo Hofbauer (2011), tradicionalmente a Sociologia se dedicou aos debates sobre as relações raciais e a Antropologia sobre as culturas afro-brasileiras. O que se observa é que, de modo geral, as Ciências Sociais se valem do nacionalismo metodológico tanto nas interpretações quanto nas apropriações de discussões que ocorrem em movimentos transnacionais de circulação epistemológica de pensadoras negras e diaspóricas. Em termos gerais, o nacionalismo metodológico enfatiza o espaço nacional como termo privilegiado das análises. Mais que isso, tal proposta enfatiza as supostas peculiaridades do caso brasileiro (RIBEIRO, 2019). Os estudos da UNESCO realizados no Brasil nos pós 2ª Guerra Mundial exemplificam a tentativa constante das autoridades estatais e acadêmicas em demonstrarem diferenças sobre as questões raciais aqui e em outros contextos. Nos próprios estudos da UNESCO se evidenciou que, na verdade, as questões raciais do Brasil não diferiam tanto de contextos marcados por segregação e lutas anticoloniais. Todavia, o nacionalismo metodológico ao fechar as análises sociais nas fronteiras do território dificulta o entendimento dos processos diaspóricos ao mesmo tempo que possibilita uma apropriação seletiva da reflexão teórica de intelectuais da diáspora que tem contribuído sobremaneira para o entendimento do racismo contemporâneo. O artigo ao focar nas várias leituras do evento do fogo na estátua do Borga Gato em São Paulo no Brasil, a partir das similaridades do tipo de ato em várias cidades de outros Estados nacionais, reconhece a emergência de um movimento de contestação transnacional em torno dos significados da presença de estátuas e monumentos de escravizadores e colonizadores no espaço público. 2022-05-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2022 MovimentAção https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/movimentacao/article/view/15459 Direitos constitucionais para seguridade e reconhecimento do trabalho e das/os trabalhadoras/es domésticas 2021-11-30T09:13:59+00:00 Almerinda Ribeiro dos Santos almerindaufgd2008@hotmail.com Alzira Salete Menegat alziramenegat@ufgd.edu.br Márcio Mucedula Aguiar marcioaguiar@ufgd.edu.br <p>A Lei Complementar N° 150 de 01 de junho de 2015 assegura garantias de direitos às trabalhadoras e trabalhadores domésticos. Com este estudo bibliográfico objetivou-se verificar mudanças sociais que a implementação da Lei possibilitou para essa classe trabalhadora, que juridicamente, padeceu com a falta de direitos e de reconhecimento da sociedade. Observando a trajetória e evolução dos direitos trabalhistas e analisando dados da PNAD/2018 foi fundamental para reflexão sobre os itens indexados com a implementação da Lei, tecendo os deveres e obrigações nos quesitos como o contrato de trabalho, a remuneração, hora extra, trabalho noturno, férias, previdência social, dentre outros. Verificamos que mesmo havendo garantia constitucional as trabalhadoras domésticas não tinham seus direitos regulamentados, o que gerou profundos prejuízos, principalmente para as mulheres negras. Nesse sentido, conclui-se que a regulamentação da Lei é fundamental para combater as desigualdades sociais dessa categoria, além de representar um papel importante na desconstrução de um imaginário social que associa as mulheres negras à subalternidade.</p> 2022-05-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2022 MovimentAção https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/movimentacao/article/view/15476 A fluída condição dos nipo-brasileiros nas relações étnico-raciais no Brasil 2021-12-01T21:03:52+00:00 Robson Hideki Mori robson.mori@gmail.com Questionamos a posição do nipo-brasileiro nas relações étnico-raciais brasileiras e partiremos de Edward Telles (2003a; 2003b) que propõe uma classificação racial a partir da análise das relações tanto verticais (relações de poder econômico) como horizontais (relações de sociabilidade). Sugerimos a hipótese de que os nipo-brasileiros são interpretados ora como próximos aos “brancos” e ora como “não-brancos” dependendo do contexto nas relações étnico-raciais no Brasil. Na primeira condição são utilizados pela branquitude como “minoria positiva” (KEBBE; MACHADO, 2008; TSUDA, 2000) que ascendeu de forma meritocrática da condição inferiorizada de “perigo amarelo” e devem servir de exemplo para outras minorias étnico-raciais do país. Este argumento fomenta uma falsa simetria entre minorias que deslegitimaria as políticas afirmativas de cotas raciais para acesso ao ensino superior, por exemplo. Entretanto, argumentamos que essa interpretação desconsidera as múltiplas razões (imigração tutelada, capital cultural, cooperativismo) que explicam a mobilidade dos mesmos. Já na segunda condição, eles são tratados cotidianamente com discriminações entendidas como “piadas” relembrando-os da condição de racializados. Os relatos de vivência escolar coletados em 2017 demonstram situações de racismo recreativo (MOREIRA, 2020) recorrentes no ambiente escolar como o determinismo que naturaliza o bom desempenho do estudante nipo-brasileiro criando uma expectativa infundada sobre o mesmo. Entendemos que a proposta de análise exposta ressalta como as classificações raciais no contexto brasileiro são ambíguas, fluídas e pode colaborar com o debate sobre a construção de identidade nacional e crítica a suposta democracia racial presente no país. 2022-05-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2022 MovimentAção https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/movimentacao/article/view/15410 Políticas públicas de ações afirmativas na educação superior do Brasil: uma experiência sobre a cota racial na UNILA 2021-11-19T14:36:18+00:00 Ana Paula Nunes nunesanapaula@yahoo.com.br Ana Paula Olivera Silva de Fernández anap.oliveirasilva@gmail.com Neste artigo, apresentamos a primeira experiência da Banca de Validação da Autodeclaração Étnico-racial responsável por verificar pessoalmente a autodeclaração étnico-racial de candidatos que optaram por ingresso na Universidade Federal de Integração Latino-Americana (UNILA) mediante a reserva de vagas para negros no ato de inscrição no Sistema de Seleção Unificada (SISU). Nossa pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso exploratório e para coleta de dados utilizamos documentos institucionais. Para apoiar a discussão, fizemos uma reflexão sobre a questão racial no Brasil, destacando fenômenos como a diáspora africana, o genocídio da população negra e o movimento eugênico brasileiro como categorias analíticas essenciais para entender o racismo estrutural no Brasil. Além disso, relacionamos o processo de formação do ensino superior brasileiro e a importância das políticas de ações afirmativas como estratégia para enfrentar a desigualdade racial no Brasil 2022-05-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2022 MovimentAção https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/movimentacao/article/view/15451 Violência contra mulheres: superação e enfrentamento, uma realidade possível 2021-11-26T14:48:05+00:00 Ledi Ferla le_ferla@outlook.com A violência contra mulheres neste artigo é conceituada no contexto da violência de gênero e tem suas raízes profundas na construção social de dominação do masculino. Como é construção social é possível ser descontruída segundo autores pesquisados, na perspectiva de fortalecer as relações de igualdade. A Lei Maria da Penha criada em 2006, caracteriza-se como principal instrumento legal de proteção à mulher, ela tipifica as formas de violência e criminaliza a violência contra as mulheres. Descrevemos brevemente de que forma os fatores históricos determinam os comportamentos machistas e violentos dos homens em relação às mulheres, resultando em relações desiguais. Vemos como o autor Pierre Bourdieu descreve a ordem social como uma máquina simbólica que alicerça e legitima o poder masculino, fundamentando a diferença biológica dos sexos, para afirmar a dominação e a violência. Analisamos os dados coletados, a partir de entrevistas com mulheres atendidas na Delegacia Especializada de Atendimento às Mulheres vítimas de Violência, de Dourados, MS, referente aos meses de junho e julho de 2018. Por meio desses atendimentos, possível caracterizar as formas de violência sofrida, seus autores e as características das mulheres atendidas. Descrevemos os mecanismos de enfrentamento à violência contra as mulheres, utilizando como referência, a Política Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, que detalha a importância do trabalho em Rede no processo de prevenção, enfrentamento, combate e assistência às vítimas. 2022-05-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2022 MovimentAção https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/movimentacao/article/view/15135 Cidadãos em situação de rua e políticas públicas: quando a discricionariedade dos agentes públicos interfere no alcance de direitos 2021-09-10T13:42:05+00:00 Igor Souza de Abreu igorsouzadeabreu@gmail.com <p>O trabalho tem por objetivo compreender qual o impacto dos usos da discricionariedade exercidas pelo burocratas em nível de rua (BNR), que são os trabalhadores situados nos níveis mais baixos da hierarquia administrativa, sobre o trabalho entregue a um público específico com o qual interagem, os cidadãos em situação de rua. Como aponta a literatura, o impacto destes profissionais na vida dos cidadãos em situação de rua é marcada pelo imediatismo, consideramos importante, portanto, analisar como fatores pessoais, institucionais e relacionais que partem desses agentes interferem no alcance desse público específico aos seus direitos via políticas públicas. Deste modo, foi realizada a opção pela pesquisa qualitativa do tipo descritiva além da pesquisa bibliográfica. O enfoque nos cidadãos em situação de rua no trabalho é resultado da percepção de que para alcançar seus direitos sociais básicos, esses sujeitos dependem de relações com os burocratas em nível de rua, e como consequência essas relações podem ser permeadas por questões que interferem diretamente no alcance desses direitos, como os próprios valores pessoais dos agentes que lidam com suas demandas. Valores, normas sociais e preconceitos frequentemente incorporam formas de representações sociais que perduram na sociedade e que podem consubstancialmente serem incorporadas nas políticas públicas, através da atuação profissional. Como conclusão, o estudo ressalta que as representações sociais acerca dos cidadãos em situação de rua, impactam os serviços prestados pelos Burocratas em Nível de Rua e o olhar para atuação destes profissionais, pode contribuir para um novo modo de se pensar e executar políticas públicas.</p><p> </p> 2021-12-15T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2022 MovimentAção