As relações interorganizacionais em programas públicos: um estudo de caso no programa Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras – SISFRON.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/rmufgd.v10i20.13973

Palavras-chave:

Relacionamentos Interoganizacionais, Fatores Condicionantes, Gestão de Partes Interessadas

Resumo

Este trabalho teve por objetivo analisar os relacionamentos interorganizacionais e a gestão de partes interessadas do programa Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) do Exército Brasileiro. A gestão das partes interessadas em programas públicos é abordada através estudos sobre fatores condicionantes que impactam diretamente no funcionamento e consequentemente no desempenho do programa. Nessa perspectiva, foram analisados cinco fatores, necessidades, reciprocidades, eficiência, confiança e cultura organizacional. Quanto aos procedimentos metodológicos, de modo a atender ao objetivo desta pesquisa foi utilizado como instrumento de coleta de  dados o  questionário, aplicado junto a 31 agentes públicos, incluindo militares e integrantes de órgãos públicos interessados no SISFRON. Para análise dos dados foram desenvolvidos gráficos e tabelas. Ao final da análise dos resultados pôde-se concluir que existe relação entre os fatores condicionantes dos relacionamentos interorganacionais e que ainda é necessário um modelo de governança aplicável nas diversas fases do sistema, para que seja propiciada uma gestão de natureza integradora.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Pedro Artur Leite Rodriguez, Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa (IDP)

Mestre em Administração Pública pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa, IDP (2020), Pós-graduado em Direito Administrativo e Contratos na Universidade Cândido Mendes , UCAM (2017), Graduado em Ciências Militares - ênfase em Logística e Administração pela Academia Militar das Agulhas Negras (2014), Capitão Intendente do Exército Brasileiro. Atualmente é Chefe do Setor Financeiro da Comissão Regional de Obras da 11ª Região Militar. Tem experiência na área de Administração Pública, com ênfase em Finanças Públicas.

Alexander Cambraia Nascimento Vaz, Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa (IDP)

Doutorado em Ciência Política, com ênfase em Burocracia e Gestão Governamental (UFMG). Tem experiência profissional em Planejamento, Implementação e Monitoramento/Avaliação de Políticas Públicas. Atualmente é Coordenador Técnico do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Professor Titular do Mestrado Profissional em Administração Pública do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).

Referências

ALVESSON, M. Understanding organizational cultureLondon, UKSage, 2013.

ANDRADE, C. H. M. ET AL. A relação entre confiança e custos de transação em relacionamentos interorganizacionais. Revista de Administração Contemporânea, v. 15, n. 4, p. 608–630, 2011.

BABBIE, E. R. The practice of social research (Thirteenth edition). Belmont, Calif: Wadsworth Cengage Learning, 2013.

BAETA NEVES, C. E. Pesquisa social empírica: métodos e técnicas. (M. B. BAETA NEVES, C. E.; CORRÊA, Ed.) Porto Alegre, 1998.

BONNEWITZ, P. La Sociologie de P. Bourdieu. Paris:Presses Universitaires de France,1998.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1988.

BRASIL. Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998. Dispões sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios e dá outras providências. Brasília, DF, 1998.

BRASIL. Lei Complementar n° 117. Altera a Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, que dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas, para estabelecer novas atribuições subsidiárias. Brasília, DF, 2004.

BRASIL. Decreto n° 6.703 de 18 de dezembro de 2008. Aprova a Estratégia Nacional de Defesa. Brasília, DF, 2008.

BRASIL. Decreto n° 7.496 de 8 de junho de 2011. Institui o Plano Estratégico de Fronteira. Brasília, DF, 2011.

BRASIL. Exército Brasileiro. 2012. CCOMGEX. Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército. Estudo de Viabilidade Técnica e Socioeconômica, referente ao desenvolvimento e implantação do SISFRON, elaborado em novembro de 2011 e atualizado em maio de 2012.

BRASIL. Ministério da Defesa. 2017. Manual MD33-M-12 – Operações Interagências. Brasília, DF. Disponível em:<https://www.defesa.gov.br/exercicios-e-operacoes/operacoes-conjuntas-1/operaca > Acesso em: 26 de mar de 2020.

CERÁVOLO, Túlio Marcos Santos. A Integração da Atividade de Inteligência nas Operações Interagências e Conjuntas por Meio da Central de Inteligência. Rio de Janeiro: ECEME, 2014. Disponível em: https://goo.gl/842jCX. Acesso em. 8 de abril de 2020.

CHAUVET, V., CHOLLET, B., SODA, G., HUAULT, I. The contribution of network research to managerial culture and practice. European Management Journal, n. 321–334, p. 29, 2011.

CRESWELL, J. W. .Métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2. ed. São Paulo: Artmed, 2007.

CROPPER, STEVE, MARK EBERS, CHRIS HUXHAM, P. S. R. Avaliação dos relacionamentos interorganizacionais (Bookman, Ed.)Handbook de Relações Interorganizacionais de Oxford, 2014.

DYER, J.; CHU, W. The role of trustworthiness in reducing transaction costs and improving performance: empirical evidence from the United States, Japan, an Korea. Organization Science, v. 14, n. 1, p. 57-68, 2003.

EPEX. Escritório de Projetos Estratégicos do Exército. Integrando capacidades na vigilância e na atuação em nossas fronteiras, 2020. Disponível em: <http://www.epex.eb.mil.br/index.php/sisfron> Acesso em: 20 de jun. De 2020.

LEURY, M. T. L. & FISCHER, R. M. Cultura e poder nas organizações. São Paulo, SP: Atlas, 1989.

GULATI, Ranjay & GARGIULO, Martin. Where do Interorganizational Networks come from. American Journol of Sociology, nº5, p. 473-506. Março, 1999.

LANGLEY, A. Strategies for Theorizing from Process. Academy of Management Review, p. 691–71, 1999.

LAVILLE, C.; DIONNE, L. A. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciencias humanas.Belo Horizonte:UFMG, 1999.

MOHR, JAKKI E SPEKMAN, R. No Title. Strategic Management Journal, v. 1, n. 10.1002/smj.4250150205, p. 135–152, 1994.

MORGAN, R. e HUNT, S. “The Commitment-Trust Theory of Relationship Marketing”, Journal of Marketing, Vol. 58, Nº3, July, pp. 20-38, 1994

OLIVER, C. Determinants of interorganizational relationships - integration and future- directions. v. 15, n. 2, p. 241–265, 1990.

PAIVA, Marcelo de. A Atividade de Inteligência em Ambiente Interagências no Combate aos Delitos Transnacionais na Fronteira Brasil-Colômbia. Rio de Janeiro: ECEME, 2013.

PARK, S. H.; UNGSON, G. Interfirm rivalry and managerial complexity: a conceptual framework of alliance failure. Organization Science, v. 12, p. 37–53, 2001.

PECI, A.; COSTA, F. L. Redes para Implementação de Políticas Públicas: Obstáculos e Condições de Funcionamento. XXVI Encontro Anual da Associação Nacional de Programa de Pós-Graduação. Anais.Salvador: 2002.

PMI. Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos. Guia PMBOK® 7a. ed. – EUA: Project Management Institute, 2018.

POWELL, W. W.; KOPUT, K. W.; SMITH-DOERR, L. Interorganizational Collaboration and the Locus of Innovation. Administrative Science Quarterly, v. 1, p. 41, 1996.

RAZA, S. Cooperação Interagências: Porque e como funciona um estudo de modelos organizacionais nas Relações Internacionais. BJIR, v. 1, p. 7–37, 2012.

RICHARDSON, R. H. Pesquisa social, métodos e técnicas. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

RING, P. S.; VAN DE VEN, A. H. Structuring cooperative relationships between organizations. Strategic Management Journal, Sussex, v. 13, n. 7, p. 483-498. 1992.

ROUSSEAU, D.M., SITKIN, S.B., BURT, R.S. AND CAMERER, C. Not So Different after All: A Cross-Discipline View of Trust. Academy of Management Review, 23, 393-404. http://dx.doi.org/10.5465/AMR.1998.926617, 1998.

TROMPENAARS, F. Nas ondas da cultura: como entender a diversidade cultural nos negócios. São Paulo: Educator, 1994.

VAN DE VEN, A. H.; DELBECQ, A. L.; KOENIG JR, R. Determinants of coordination modes within organizations. American Sociological Review, v. 41, p. 322–43, 1976.

VAN MAANEN, J. AND BARLEY, S. Organizational Culture: Fragments of a Theory. In: Frost, P., Moore, L., Louis, M., Lundberg, C. and Martin, J., Eds., Organizational Culture, Beverly Hills, Sage, 31-53,1985.

YIN, R. K. Estudo de caso – planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2001.

Downloads

Publicado

2021-12-15

Como Citar

Rodriguez, P. A. L., & Vaz, A. C. N. (2021). As relações interorganizacionais em programas públicos: um estudo de caso no programa Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras – SISFRON. Monções: Revista De Relações Internacionais Da UFGD, 10(20), 321–358. https://doi.org/10.30612/rmufgd.v10i20.13973

Edição

Seção

Artigos Dossiê - Fronteira e Defesa Nacional: Segurança Integrada e Ajuda Humanitária