Dependência e autonomia nas políticas externa e tecnológica do Brasil, 1951-79

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/rmufgd.v9i17.10066

Palavras-chave:

Dependência tecnológica. Autonomia. Política externa.

Resumo

Este artigo examina um conjunto de políticas externas do Brasil do ponto de vista de suas conexões com as políticas tecnológicas no segundo governo Vargas (1951-4) e nos governos Kubitschek (1956-61), Jânio Quadros e João Goulart (1961-4), Costa e Silva (1967-9), Médici (1969-74) e Geisel (1974-9). A partir de uma discussão sobre os vínculos entre dependência e autonomia tecnológica nas relações centro-periferia do capitalismo mundial, investiga as convergências entre política externa e política tecnológica. A hipótese que move o trabalho é que ao longo do período 1951-79 os formuladores das políticas externa e tecnológica se tornaram crescentemente conscientes da relação entre autonomia tecnológica e desenvolvimento, e buscaram criar sinergias entre uma política e outra. A análise desses dois conjuntos de políticas permite compreender as prioridades e o real alcance e constrangimentos que uma impôs à outra.

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Biografia do Autor

Demétrio Gaspari Cirne de Toledo, Universidade Federal do ABC (UFABC)

Professor do Bacharelado em Relações Internacionais e do Programa em Pós-Graduação em Economia Política Mundial da Universidade Federal do ABC

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Publicado

2020-06-29

Como Citar

Toledo, D. G. C. de. (2020). Dependência e autonomia nas políticas externa e tecnológica do Brasil, 1951-79. Monções: Revista De Relações Internacionais Da UFGD, 9(17), 476–505. https://doi.org/10.30612/rmufgd.v9i17.10066

Edição

Seção

Artigos - Seção Miscelânea