Por uma Pedagogia feminista: possibilidades da produção de fontes digitais para o Ensino de História das mulheres

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/rehr.v14i27.12360

Palavras-chave:

História das mulheres. Pedagogia feminista. Fontes digitais.

Resumo

Este  trabalho  propõe  uma  reflexão,  através  da  perspectiva  da  História  das Mulheres, sobre a potencialidade da produção de fontes feministas, sobretudo digitais, como possibilidades  para  o  ensino  e  pesquisa  de  História.  A  partir  da  análise  da  trajetória  e  da produção realizada pelo Laboratório de Estudos de Gênero e História da Universidade Federal de Santa Catarina (LEGH/UFSC), objetivamos articular estratégias para a construção de um ensino  de  História  capaz  de  validar  a  História  das  Mulheres  e  combater  silenciamentos históricos. No decorrer das discussões, foi possível perceber a importância da insistência em uma  pedagogia  feminista  para  combater  e  tensionar  os  contínuos  silenciamentos  das mulheres, destacando sua historicidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alina dos Santos Nunes, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Mestranda em História pelo Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), bolsista FAPESC/CAPES. Graduada do curso de Bacharelado e Licenciatura em História também pela UFSC. É vinculada ao Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH/UFSC) e integra o projeto Políticas da Emoção e do Gênero nas resistências às ditaduras no Cone Sul (CNPq) coordenado pela Profª Drª Cristina Scheibe Wolff. E-mail: alinanunes2@gmail.com

Lara Lucena Zacchi, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina e graduada do curso de Bacharelado e Licenciatura em História pela Universidade Federal de Santa Catarina. É vinculada ao Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH/UFSC). Dedica-se à área dos estudos de gênero, história das mulheres e os estudos acerca da memória nos contextos das ditaduras militares do Cone Sul. E-mail: laralucenaz1@gmail.com

Referências

AHMED, Sara. La política cultural de las emociones. Trad. Cecilia Olivares Manduy. Ciudad de México: Universidad Nacional Autónoma de México, 2. ed., 2015.

AHMED, Sara. Living a Feminist Life. Durham: Duke University Press, 2017.

ALBU, Débora. Ciberfeminismo no Brasil: construindo identidades dentro dos limites da rede. Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos), Florianópolis, 2017.

ALMEIDA, Fábio Chang de. O historiador e as fontes digitais: uma visão acerca da internet como fonte primária para pesquisas. Aedos, n. 8, v.3, jan./jun. 2011.

AYERS, Edward L. The Pasts and futures of digital history. Charlottesville: University of Virginia, 1999.

BEARD, Mary. Mulheres e poder: um manifesto. São Paulo: Planeta do Brasil, 2018.

CATARINAS, Portal. Websérie “Mulheres de luta: feminismo e esquerdas no Brasil” estreia no Catarinas. Portal Catarinas. Florianópolis. Publicado em 21 de maio de 2020. Disponível em: https://catarinas.info/webserie-mulheres-de-luta-feminismo-e-esquerdas-no-brasil-estreia-no-catarinas/

COHEN, Daniel I.; ROSENZWEIG, Roy. Digital History: A Guide to Gathering, Preserving, and Presenting the Past on the Web. Filadélfia: University of Pennsylvania Press, 2006.

DAVIS, Angela; KLEIN, Naomi. Construindo movimentos: uma conversa em tempos de pandemia. Boitempo Editorial, 2020. [ebook]

DE MIGUEL, Ana y Montserrat Boix. Los géneros en la red: los ciberfeminismos. In: NATANSOHN, Graciela (coord.). Internet en código femenino. Buenos Aires: ICRJ, 2013.

FERREIRA, Carolina Branco de Castro. Feminismos Web: linhas de ação e maneiras de atuação no debate feminista contemporâneo. Cadernos Pagu (44), pp. 199-228, jan.-jun., 2015.

FREITAS, Larissa Viegas de Mello. Experiências feministas no espaço virtual: debates sobre interseccionalidade, colonialidade e branquitude em blogueiras negras e blogueiras feministas (2010-2019). Tese [Doutorado em História]. UDESC, 2020.

HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, n. 5, pp. 07-42, 1995

HARDING, Sandra. The science question in feminism. Ithaca: Cornell University Press, 1986.

hooks, bell. Ensinando a transgredir: educação como prática da liberdade. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.

IRE, Binah; SILVA, Janine Gomes da; O acervo do Laboratório de Estudos de Gênero e História - LEGH: pesquisas e histórias feministas. In: WOLFF, Cristina Scheibe; ZANDONÁ, Jair; MELO, Soraia Carolina. (Org.). Mulheres de luta: feminismo e esquerdas no Brasil (1964-1985). Curitiba: Appris, 2019, p. 384-405.

LEMOS, Marina. Ciberfeminismo: Novos discursos do feminino em redes eletrônicas. Dissertação [Mestrado em Comunicação e Semiótica]. PUC-SP, 2009.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

MACHADO, Ana Carolina. História digital em tempos de crise: as demandas do tempo imediato e suas implicações no trabalho dos historiadores. Aedos, Porto Alegre, v. 12, n. 26, ago. 2020.

MALERBA, Jurandir. Acadêmicos na berlinda ou como cada um escreve a História. Ouro Preto. n. 15, p. 27-50, ago. de 2014.

MAUAD, Ana Maria; ALMEIDA, Juniele R. de; SANTHIAGO, Ricardo (Org.). História pública no Brasil: sentidos e itinerários. São Paulo: Letra e Voz, 2016.

MELLO, Soraia Carolina de. Por que os estudos feministas são importantes? (Artigo). Café História – história feita com cliques, Brasília, seção Por quê? Publicado em 25 de fevereiro de 2019. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/por-que-os-estudos-feministas-sao-importantes/

PEDRO, Joana Maria. Relações de gênero como categoria transversal na historiografia contemporânea. Revista Topoi, Rio de Janeiro, v. 12, n. 22, p. 270-283, jan.-jun. 2011.

PEDRO, Joana. M. O feminismo de 'segunda onda': corpo, prazer e trabalho. In: PINSKY, Carla Bassanezi; PEDRO, Joana Maria. (orgs.). Nova História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2012, p. 238-259.

PEDRO, Joana Maria; WOLFF, Cristina Scheibe. Gênero, feminismos e ditaduras no Cone Sul. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2010.

PERROT, Michelle. Os excluídos da história: Operários, mulheres e prisioneiros. 7ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2017.

PERROT, Michelle. Práticas da memória feminina. Revista Brasileira de História, São Paulo, n.18, p. 9-18, 1989.

PIANTÁ, Lucas; TERRES, Pedro. Digital History Influencers: Os Limites entre a comunicação digital e a História Pública (Artigo). História da ditadura, Coluna Hiperlink: conexões históricas digitais. Publicado em 09 de junho de 2020. Disponível em: https://www.historiadaditadura.com.br/destaquecoc/digital-history/

SANTOS, Boaventura de Sousa. A cruel pedagogia do vírus. Coimbra: Edições Almedina, 2020.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, v. 20, no 2, jul./dez. 1995, pp. 71-99.

SILVA, Janine Gomes da; PEDRO, Joana Maria; WOLFF; Cristina Scheibe. Acervo de pesquisa, memórias e mulheres: o Laboratório de Estudos de Gênero e História e as ditaduras do Cone Sul. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 71, p.193-210, dez. 2018.

WOLFF, Cristina Scheibe; ZANDONÁ, Jair; MELO, Soraia Carolina. (Org.). Mulheres de luta: feminismo e esquerdas no Brasil (1964-1985). Curitiba: Appris, 2019, p. 384-405.

ZACCHI, Lara Lucena; MORATO, Marcelo Menezes. The COVID-19 pandemic in Brazil: An urge for coordinated public health policies. 2020, Preprint disponível em: https://hal.archives-ouvertes.fr/hal-02881690

Downloads

Publicado

01-06-2020

Como Citar

Nunes, A. dos S., & Zacchi, L. L. (2020). Por uma Pedagogia feminista: possibilidades da produção de fontes digitais para o Ensino de História das mulheres. Revista Eletrônica História Em Reflexão, 14(27), 231–250. https://doi.org/10.30612/rehr.v14i27.12360